domingo, 30 de setembro de 2012

Envelhecer


Hoje de manhã, ao olhar-me no espelho, reparei:
o meu rosto não tem a idade do coração.
Rugas, cabelos brancos e algum cansaço...

Agradeci...
Que bom que os dois não têm a mesma idade!


 
Retrato de Mulher com Risca Verde
Matisse 1905
                                                                            

sábado, 29 de setembro de 2012

Outono



Velha Chuva

A chuva que caiu toda a noite lá fora
Começa a esmorecer contra a minha vidraça,
Pede-me não sei quê antes de ir-se embora.

Barquinhos de papel pela mão da criança,
A rua longa como um rio na enxurrada -
Onde foi mesmo? É melhor que durma a lembrança...

Por isso é que desde a tarde o choro perdura.
Saber como a vida é breve, que logo passa,
Põe em cada alegria um pingo de amargura.

Na correnteza vai feliz o timoneiro,
Até ver que chegou perto da água parada,
Fim da navegação no seu barco ligeiro.


Ribeiro Couto, Longe, pág.25
Edição «Livros do Brasil» Lisboa



 
Myra Landau
 
 
 
 
Conheci a poesia de Ribeiro Couto no Blogue Sobre o Risco.
O livro Longe, veio da livraria Lumière.
                                                                               

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Mônica Salmaso

 
Hoje fui ouvir Mônica Salmaso ao Cine-Teatro Avenida...
Uma bela voz.
Um espectáculo muito bom.  
Adorei!
  

 

                   

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Formas de expressão

 
"A arte nada é sem alma."  P. Bourget
 
 
                                                                                

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Museu Cargaleiro


Há dias visitei o Museu Cargaleiro, aqui em Castelo Branco.
O museu é constituído por dois edifícios - um palacete do séc.XVIII e um edifício contemporâneo perfeitamente integrado no espaço histórico que o acolheu.

Dois espaços diferentes, que comungam a mesma beleza, exterior e interior.
Um museu a visitar.


"Vou inventar uma flor
Para por no teu cabelo
Uma flor com asas de lume
Donde em vez de perfume
Saiam sons de violoncelo"
                                  J.G.F.

Retirado do quadro de Manuel Cargaleiro  Vou inventar uma flor - óleo sobre tela - 1991

                                                                                   





 
 
 
Obras de Manuel Cargaleiro
expostas no  Museu
 
 
Jarra
Faiança policromada
1960
 
 
 
Cabeça de Mulher
Faiança Esmaltada
1950
 
 
 
Ce que le vent m'a dit
Óleo sobre tela
1985
 
 
 
A Porta da Vizinha Que Nunca Conheci
Óleo sobre madeira
2009

 
Nudité du Matin
Óleo sobre tela
1967

 
Dia da Lua
Óleo sobre madeira
1973

 
S/Título
Óleo sobre tela
1966

 
S/Título
Gouache sobre papel
1965

 
Vou Inventar Uma Flor
Óleo sobre tela
1991
 
 
  
 

 
Parte da capa do catálogo
da colecção exposta no museu,
 da Faiança Ratinha
                                                                     

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Jean Gabin - Je sais

 
 Um pouco de música...
 
 
                                                                               

sábado, 15 de setembro de 2012

Para pensar...


"Pode-se enganar a todos por algum tempo;
Pode-se enganar alguns por todo o tempo;
Mas não se pode enganar a todos todo o tempo..."

Abraham Lincoln (?)




                                                                               

                                                                       

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Recordações da infância


Colecção O Falcão

Lembram-se dos velhinhos livros de quadradinhos, da colecção O Falcão?
Tantos que li!
Com este que veio da Lumière, matei saudades (boas) e voltei um bocadinho à infância.



                                                                      

Obrigada Cláudia.


sábado, 8 de setembro de 2012

Serena solidão


"Sereno?
Sim, faço por isso.
Deito a cabeça
no reverso de uma almofada...
e as lágrimas,
serenamente,
quentes, vagarosas,
rolam e caem...
Produzem um ruído surdo,
acompanhador."

[...]

Um dia e outro dia...Outono havias de vir, pág.88
Irene Lisboa
Editorial Presença



 
Odalisca, 1923
Matisse
                                                                             

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Começa Uma Vida - Irene Lisboa


Começa uma vida de Irene Lisboa ( João Falco )

Gostei muito deste livro de Irene Lisboa, em que a autora fala da sua infância, difícil e solitária.
Um livro muito belo, enriquecido com  desenhos de Maria Keil  Amaral.

"É um livro de cunho autobiográfico que reconstrói os primeiros anos de vida da autora (...). Seguimos os seus primeiros passos na escola, conhecemos os seus professores, familiares ou as figuras dominantes dessa época, que marcaram de algum modo a sua vida.
A obra tem um profundo eco intimista e através de uma história pessoal, mostra um exemplo de uma realidade portuguesa do começo do século XX, caracterizada pela decadência dos terratenentes e da burguesia hipócrita promovida pelo dinheiro a custo dos mais fracos." ( Retirado da Wikipédia )


 
 
 
 
"Nada disto obstou, nem podia obstar a que a doce Megila tivesse sido um fiel consôlo da minha meninice e depois disso uma lembrança terna. Nunca cheguei a ser dona da sua bela cómoda de pau prêto, do seu guarda-vestidos nem das suas jóias. Mas ficou-me a memória do seu pobre amor e do seu lugar ao pé de mim. Nisto de vidas, em que cada coisa tem sempre o seu lugar, já não é muito pouco." ( pág.27)
 
 
 
 
"Cada um de nós faz a história das pessoas e dos lugares a seu modo!" ( pág.35)
 
 
 
 
" Aquêle quinto andar parecia-me tão claro e tão alegre! O nosso segundo, em baixo, para o lado de trás sobretudo, era como um poço. Há certos acidentes físicos, como haver sol e não haver sol, ser dia e ser noite, que eu associo perfeitamente a quaisquer outros e que fico lembrando por muito tempo. Aquêle quinto andar para mim era uma representação do sol, do brilho da luz." ( pág. 41)
 
 
 
 
 
"Se eu hoje pintasse e não escrevesse (a literatura parece-me uma arte muito menos simbólica que a pintura), como representaria esta espécie de nebulosas mentais em que mais ou menos vivemos?
[...]
Que poder do espírito é êste que conserva umas impressões e elimina outras? E que as conserva sob formas que não são puramente sensoriais nem raciocinadas?
[...]
Parece-me que a linguagem se inclina abusivamente para a lógica e para a justificação. Que a falar nos recompomos e nos enfeitamos demais...Em suma, pintadas, tornadas plásticas, talvez que as nossas impressões e memórias resultassem mais sóbrias e mais nítidas que descritas." ( págs. 56/57 )
 
 
 
 
"Êste período da minha existência, que para mim tão decisivo foi, é que eu estimava saber bem descrever. Não o saberei! Ultrapassa-me, excede-me o entendimento naquilo que teve de misterioso e extraordinàriamente minaz. Eu era um ser indefeso e infantil; pouco sabia ver, só sabia sentir." (pág.134 )
 
 
 
 
 
( Nas citações retiradas do livro, manteve-se a ortografia utilizada nessa edição.)
 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Marcadores - XVI


E mais uns que me ofereceram há pouco tempo...





                                                                          

domingo, 2 de setembro de 2012

Marcadores de livros - XV


Alguns, dos últimos que ganhei.




                                                                         
                                                                                                                                                       

sábado, 1 de setembro de 2012

Problema resolvido! (Penso...) Muito obrigada!


Agradeço as informações que me deram sobre como resolver o problema da falta de espaço para colocar imagens no blogue. Foi a partir delas que chegámos à resolução do problema.

Parece que está resolvido e tinha a ver com as imagens digitalizadas, que segundo a minha sobrinha (a "técnica" que me socorreu desta vez...) são ficheiros que ocupam muito espaço. Aprendi a redimensioná-las e parece que o problema está resolvido. Não sei se provisoriamente ou se definitivamente.
.
Vamos ver...


Aprendi mais alguma coisa e agradeço muito, todas as sugestões que simpaticamente me deixaram.

MUITO OBRIGADA!



                                                                          

Aurea em Castelo Branco

 
Aurea.
Vai estar em Castelo Branco, no Cine-Teatro Avenida, no próximo dia 9 de Setembro.