terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Infância


« O amor é um pássaro verde
                          num campo azul
      No alto
                          da madrugada »



Vítor Barroca Moreira
9 anos
in
a criança e a vida, colectânia de textos infantis, coligidos por Maria Rosa Colaço

                                                            *************

Poemas da Infância

Primeiro

Uma tarde,
o Tóino
chegou ao largo
com um vidro extraordinário.
Segurava-se
entre o polegar e o indicador,
virado para o sol,
e do outro lado
chispavam as sete cores do arco-íris!
E nós,
em volta,
esquecidos do jogo do pião!...

Manuel da Fonseca
Poemas Completos, pág.70
Forja

                                                                                 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Portados quinhentistas

     Casas Quinhentistas de Castelo Branco é um livro para nos "ensinar a amar o que conhecemos".


     « Para apreciar, valorizar, respeitar e preservar o património, qualquer que seja a sua natureza, é preciso conhecê-lo.
     A cidade de Castelo Branco, e nomeadamente , a sua Zona Histórica, guarda tesouros que ainda poucos conhecem e, também por isso, poucos valorizam. É o caso dos Portais Manuelinos e de muitas casas de aparência humilde e, à vista de um leigo, sem actrativo de maior, mas que correspondem a tipologias de interesse arquitectónico e histórico, porque a sua construção se inscreve em modelos que explicam o nascimento e crescimento das cidades medievais e quinhentistas e às formas como então se planeavam e ordenavam as urbes. »

Do livro Casas Quinhentistas de Castelo Branco - pág.7

                                                                                  
 
 
Do livro - interessantíssimo - para a rua...
 
 
 
 
Estas portas fotografei-as todas na Zona Histórica, ontem.
Não sei se alguma estará incluída nesta classificação, mas são todas igualmente bonitas!
 










 
 
 

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Uma manhã de domingo soalheiro, para dar um passeio na cidade!

                                               
 
Um sol ainda tímido, num céu com nuvens



 
A beleza da calçada portuguesa

 
Alguma cor num Inverno cinzento

 
Visita ao Museu Cargaleiro

 
Auto-retrato :)

 
Reflexos


 
Descendo...

 
...subindo
e lá em cima o castelo

 

 
Passado e presente
 
 

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Tenho uma saudade tão braba


Tenho uma saudade tão braba
Da ilha onde já não moro,
Que em velho só bebo a baba
Do pouco pranto que choro.

Os meus parentes, com dó,
Bem que me querem levar,
Mas talvez que nem meu pó
Mereça a Deus lá ficar.

Enfim, só Nosso Senhor
Há-de decidir se posso
Morrer lá com esta dor,
A meio de um Padre Nosso.

Quando se diz «Seja feita»
Eu sentirei na garganta
A mão da Morte, direita
A este peito, que ainda canta.

Vitorino Nemésio

(Retirado da revista Ler de Fevereiro de 2014)

                                                                                    
 
Myra Landau
 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Pardais na eira


     Na Eira dos Pardais, é um livro de contos de Maria José Carvalho Areal, que fala de pessoas simples, mas com um coração de poeta.
     Fala da vontade de ser feliz e da vida que às vezes impede de o ser.
     Fala de pessoas que ontem como hoje têm os mesmos anseios, os mesmos medos e a mesma vontade de viver.
     Gostei muito de ler estes contos, duma autora que não conhecia e que pude conhecer através da Livraria Lumière!
                                                                       


     "Era um jovem sem asas para voar por ser pobre, mas a sua imaginação, vontade e querer, faziam dele uma autêntica águia em pleno e constante voo. [...]
     A única alternativa era viver um dia de cada vez e fazer do pouco muito e do nada alguma coisa." (pág.30)

     "Os dias foram correndo nesta aprendizagem, no conhecimento das gentes e dos espaços que a rodeavam. Havia um certo encantamento que não estava de todo, previsto no seu imaginário, Afinal, não era assim tão difícil ensinar a ler, escrever e contar, nem tão penosa a saudade da ausência e da lonjura da família. Ia superando estes e outros constrangimentos com alguma arte." (pág.61)

     "-Ufa!... A vida dá cada volta! E que volta!..." (pág.63)

     "Saí a correr. Tinha medo que a guerra fosse ali perto e que me encontrasse pelo caminho. E tinha medo também, porque a minha mãe já estaria preocupada, pois a minha casa ainda ficava longe e o sol já tinha abraçado a noite.
     Naquela noite sonhei com a guerra." (pág.75)

"As pessoas precisam de tempo para entenderem o coração..." (pág.97)


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Inverno

                                                                        
 

Ando adiando a vida
Esperando nem sei o quê
Vou morrendo de saudade
Ninguém sabe, ninguém vê...
 

Nem tudo são rosas na vida de uma professora!


Na sexta-feira uma aluna levou-me uma rosa, muito bonita .
                                       
 *************

Hoje, um aluno (dos mais infantis, dos mais traquinas, daqueles que entraram com cinco anos) de manhã chegou ao pé de mim e deu-me outra, com o pezinho embrulhado em prata e disse:

- Toma professora, é para ti!

Agradeci, muito contente e coloquei a rosa em local seguro.

Depois de almoço, chega-se novamente  ao pé de mim e diz-me:
- Professora podes dar-me a rosa, outra vez?
- Dar-te a rosa outra vez?!! Ora essa, então não era para mim?
- Não...
- Então é para quem?!...
- É para a animadora...
- Ai é? Então toma lá (disse eu a fingir-me muito aborrecida) ...olha,  "quem dá e tira p'ró Inferno gira!"

Diz logo um mais atento « O que é isso...p'ró Inferno gira?»...

E continua o meu "troca-tintas":

- Ó professora, a minha mãe é que disse que era para a animadora... ( mentira!!...a desculpar-se, para eu não ficar aborrecida, por ele ter mudado de ideias).
- Está bem, então leva lá a rosa que eu também já não a quero...então dás-ma, depois tiras-ma...

(Aqui, os coleguitas apoiam-me...)

- Pronto professora, então deixa estar...é para ti... (assim muito a fazer frete, mas sem outra alternativa)...
- Não, não, muito obrigada, eu agora já não a quero, se não era para mim, não era! - respondi.

E ele, um pouco constrangido, mas visivelmente aliviado, lá foi buscar a rosa, que afinal era para outra!


( Foi uma risota, quando eu e a animadora conversámos sobre o episódio! )


domingo, 16 de fevereiro de 2014

Uma lição a reter...


Mais um Recebido por mail.
Na segunda-feira passada uma colega levou esta ideia para a escola . Fiz com os meus alunos (excepto a parte de pedir desculpa à folha; também não falei em "bullying" )  e agora a Folha amachucada está sempre presente. Com crianças tão pequenas, não se pretende que nunca briguem, até porque isso faz parte do crescimento... as zangas, as pequenas brigas...mas da mesma forma natural como brigam, também sabem pedir desculpa e não são rancorosas.
Este é apenas mais um exercício (interessante) de Educação Cívica  porque nunca é demais insistir e fazer perceber que  A minha liberdade acaba onde começa a dos outros  e   Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti.

Ontem recebi por mail; aqui fica!
(O texto está conforme recebi. Copiei e colei.
A Mafalda, fui eu que acrescentei!)

                                                                            
                                                                                                                     
                                                                  
« Professora usa método pedagógico para explicar o que é BULLING aos alunos

BULLYING

Uma professora quis ensinar à sua turma os efeitos do bullying.

Pediu-lhes para seguirem as seguintes instruções. Deu a todos os alunos uma folha de papel e disse-lhes para amachucarem, e para deitarem para o chão e para pisarem.

Resumindo, podiam estragar a folha o mais possível mas não rasga-la.
As crianças estavam entusiasmadas e fizeram o seu melhor para amachucarem a folha, tanto quanto possível.

A seguir a professora pediu-lhes para apanharem a folha e abri-la novamente com cuidado, para não rasgarem a mesma. Deviam de endireitar a folha com muito cuidado o mais possível. A senhora chamou-lhes atenção para observarem como a sua folha estava suja e cheia de marcas. Depois pediu-lhes para as crianças pedirem desculpa ao papel em voz alta, enquanto o endireitavam. Eles mostravam o seu arrependimento e passavam as mãos para alisarem o papel, mas a folha não voltava ao seu estado original.

Os vincos estavam bem marcados.

A professora pediu para que olhassem bem para os vincos e marcas no papel. E chamou-lhes atenção para o facto que estas marcas NUNCA mais iriam desaparecer, mesmo que tentassem repara-las.

“É isto que acontece com as crianças que são “gozadas” por outras crianças”, afirmou a professora.

Podes dizer: Desculpa, podes tentar mostrar o teu arrependimento, mas as marcas, essas ficam para sempre.

Os vincos e marcas no papel não desapareceram, mas as caras das crianças deram para perceber que a mensagem da professora foi recebida. »


                                                                                  


sábado, 15 de fevereiro de 2014

Quanto vale um "Bom dia" ?


Recebi esta pequena história por mail...
( Embora me pareça que há algumas incorrecções no texto, não mudei nada, pois foi assim que o recebi.)

                                                                              
 
Golconda
René Magritte

SAUDAR OS OUTROS!!!!


Juan trabalhava numa fábrica de distribuição de carne. Um dia, quando
terminou o seu horário de trabalho, foi a um dos frigoríficos para
inspeccionar algo, mas num momento de azar a porta fechou-se e ele
ficou trancado lá dentro.

Ainda que tenha gritado e batido na porta com todas as suas forças
jamais, o poderiam ouvir. A maioria dos trabalhadores estava já em
casa e no exterior da arca frigorífico era impossível ouvir o que
estava acontecendo lá dentro....

Cinco horas mais tarde, quando Juan já se encontrava à beira da morte,
alguém abriu a porta. Era o segurança da fábrica e este salvou a vida
de Juan.

Juan perguntou ao segurança como foi possível ele passar e abrir a
porta, se isso não fazia parte da sua rotina de trabalho, e ele
explicou:
“Eu trabalho nesta fábrica há 35 anos, centenas de trabalhadores
entram e saem a cada dia, mas você é o único que me cumprimenta pela
manhã e se despede de mim à noite. Os restantes me tratam como se eu
fosse invisível. Hoje, como todos os dias, você me disse seu simples
‘olá’ na entrada, mas nunca ouvi o ‘até amanhã’. Espero o seu ‘olá’ e
‘até amanhã’ todos os dias. Para você eu sou alguém. Ao não ouvir a
sua despedida, eu sabia que algo tinha acontecido… Procurei e
encontrei!”

Quero deixar esta reflexão: sejam humildes e amem o próximo. A vida é
curta de mais e temos um impacto que não conseguimos sequer imaginar
sobre as pessoas com que nos cruzamos.
 
 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Cinema

 Vamos ao cinema?
                                                                            
 
 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Vida de gato...


   Quem está ai?...

                                                                           



  

Exposição

                                                                           
 
É uma exposição interactiva. Para todos, mas principalmente para as escolas.
O mundo, fascinante ( ou não ) dos insectos!
 Como o saber não ocupa lugar, fui dar uma espreitadela; até para confirmar se seria adequada aos meus pequenos alunos, tendo em conta a faixa etária.
É interessante!
 
Alguns registos fotográficos...
 
 








 
 
 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Marcadores - XLIII


 Mais uns, que eu acho muito bonitos!
                                                                             



 
Frente...

 
...e verso (conjunto de três marcadores)