Recebi este texto por mail, ao qual se acrescentava no final a respectiva
Moral da História, que retirei.
Achei um texto curioso.
O HOMEM QUE NÃO SE IRRITAVA
|
« Havia um homem que não se
irritava e não discutia com ninguém. Sempre encontrava saída cordial,
não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas. Morava em
modesta pensão, onde era admirado e querido.
Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à
irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um
jantar.
Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável
por atender a mesa reservada para a ocasião. Assim que iniciou o
jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, de que o homem
gostava muito.
A garçonete chegou próximo a ele, pela esquerda, e ele, prontamente,
levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa.
Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi
embora para outra mesa.
Ele esperou calmamente, e em
silêncio, que ela voltasse. Quando ela se aproximou outra vez, agora
pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na
direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o.
Após servir todos os demais, passou rente a ele, acintosamente, com a
sopeira fumegante, exalando saboroso aroma, como quem havia concluído
a tarefa, e retornou à cozinha.
Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos observavam
discretamente, para ver a reação dele.
Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo
impaciência, e lhe disse:
|
|
|
|
|
- O que o senhor deseja?
Ao que ele respondeu, naturalmente:
- A senhora não me serviu a sopa.
Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo- o:
- Servi, sim, senhor!
Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por
alguns segundos... Todos pensaram que ele iria brigar...
Suspense e silêncio total.
Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranquilamente:
- A senhorita serviu, sim, mas eu aceito um pouco
mais! »
Adélio Sarro
(Retirado da Net)
Como gostaria de ser assim, tão cordata e sem nunca me irritar. :)))
ResponderEliminarTão gira esta ideia.
Do pintor gosto bastante e a tua escolha é sublime.
Beijinho. :))
Olá Ana, gosto de te ver de regresso!
EliminarEu também gostava de ser assim tão calma, e nunca me zangar, mas ainda tenho muito que caminhar para chegar a esse estádio!
Um beijinho e bom domingo!
A frase "- O que o senhor deseja?", denuncia a proveniência brasileira da história, que é bem interessante.
ResponderEliminarBoa noite!
Foi uma amiga brasileira que me mandou o mail. Ainda pensei "arranjá-lo", mas depois apenas coloquei aspas e deixei-o ficar como recebi.
EliminarGostei da história, que revela uma forma de agir, inteligente.
Desejo-lhe um bom domingo!
Presença de espírito, como se costuma dizer. Normalmente, só nos lembramos que poderíamos ter tido reações destas depois de passadas as situações.
ResponderEliminarBom dia!
É verdade! E depois fica-se mais arreliada! Eu fico!
EliminarMas realmente discutir, brigar...não leva a nada.
Bom domingo, MR!
Eu tenho uma admiração enorme pelos orientais porque conseguem ser assim. Eu vou tentando, mas é bem difícil... E na mentalidade tacanha que nos rodeia, ser assim é muitas vezes ser considerado ingénuo,ou parvo.
ResponderEliminarMas na realidade, ser assim é a melhor maneira de preservar a saúde mental e mesmo física.
Beijinho,Isabel
Concordo contigo, Manuel.
EliminarNós somos um povo com a "cultura do chico-espertismo" que não leva desaforos para casa. E proceder doutra maneira é burrice.
Eu prefiro ser doutra maneira. Gostava de chegar a esta forma de ser do "Homem que nunca se irritava", mas não é fácil.
Foi uma agradável surpresa ver-te por aqui. Obrigada pela visita.
Um beijinho e boa semana.
Se te hei-de ser sincera, as pessoas que vão de perfeitas assustam-me um pouco, sinto-me mais cómoda com as que mostram os seus sentimentos.
ResponderEliminarGostei do quadro.
Beijinho
Tu és engraçada, Maria!
EliminarEu creio que aqui não é propriamente perfeição, mas uma maneira de encarar a vida. Claro que é só uma história, mas eu gostava de conseguir ter esta calma.
Quando falas que te assustam as pessoas perfeitas e que preferes que mostrem os seus sentimentos, parece-me que falas não de perfeição, mas de dissimulação. Quando as pessoas não mostram o que são, para aparentar perfeição, isso é falsidade, dissimulação. No caso da história o homem é assim e pronto! Mostra o que é!
Bem, parece-me que é assim...
Também gosto muito do quadro. Vi este pintor há pouco tempo num blogue conhecido, o Searas de Versos.
Um beijinho grande, Maria!
Também não sei se conseguia ter esta calma... Dependia da disposição...
ResponderEliminarPoderia brincar com a situação, ou não!!
Mas que esta pessoa era muito fiel à sua maneira de ser, era!!
Não sou tão previsível assim!!
Adélio Sarro é genial...
Um beijinho.:))
Eu estava a ler o texto e esperava um fim diferente. Pensei que ia terminar de forma trágica, que o homem se "passava" e agredia a rapariga, pelo menos verbalmente...afinal teve este fim inesperado e foi por isso que gostei do texto.
EliminarBem, há por aí umas pessoas que se passam e depois têm que pedir desculpa porque nem sequer tinham razão! Bolas! Agora já penso duas vezes (ou três) antes de refilar!
Aposto que está a rir!
Um beijinho grande.
(Eu acho que a Cláudia não se zangava!)
Adivinhou!
ResponderEliminarEstou a sorrir e até já sabe porquê!!:))
Quanto a não me zangar, sinceramente não sei...
Dependia muito da ocasião!
Um beijinho.:))
Ria, ria!... :(
EliminarEnfim...adiante!
Beijinhos :)
É uma história muito engraçada! Este homem que nunca se irritava só ganhava com isso, pois sabia controlar as suas emoções preservando assim a sua saúde física e mental. Os outros que o testaram puderam verificar que afinal aquele homem era o mais verdadeiro de todos eles. Era assim em todas as situações e não enganava ninguém. Gostei da história e também gostava de ser mais calminha.
ResponderEliminarUm beijinho
Parece-me que nem seria bem o controlar as emoções, mas que o homem era assim! Controlar, implica algum esforço e contrariar a nossa natureza, mas ele tinha aquela natureza. Parece-me...
EliminarEu gostava de conseguir chegar a essa forma de ser. Às vezes sou um bocado refilona, embora com a idade, se aprenda bastante a calma. Detesto discussões.
Um beijinho, Maria Eduardo!