quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O Miúdo da Bicicleta

Fui ver ao Cine-Teatro Avenida o filme "O miúdo da Bicicleta"

"Cyril tem apenas 11 anos, mas tem uma determinação imparável. Recusa acreditar que o pai o abandonou e faz tudo aquilo que está ao seu alcance para o encontrar. No seu caminho encontra Samantha, uma cabeleireira que o acarinha e aceita ficar com ele durante os fins-de-semana.

Mas será o amor de Samantha suficiente para acalmar a raiva que vive dentro deste rapaz?"


Retirado da agenda cultural da Câmara Municipal de Castelo Branco






De tarde tinha visto por acaso, na Internet, uma critíca desfavorável ao cinema. Então, apesar de inicialmente pensar que deveria ser um filme interessante, deixei-me influenciar por esta crítica e ia a pensar que provavelmente seria tempo perdido.
Mas não foi.
Talvez a vida real não seja tão cor-de-rosa, talvez na vida real este miúdo acabasse mal. Talvez se o filme não acabasse bem, se tornasse mais real e credível...

Mas para mim o que importa é que é um filme que é uma espécie de hino  de esperança para miúdos sem esperança.
Gostei.


                                                                              

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O Último Diálogo

Ao morrer, os olhos dizem
sempre o mesmo: - "Espera aí!
Vida, não vás tão depressa,
que ainda te não vivi..."

E a Vida passa, e a Morte
é que responde em vez dela:
- "Mas que culpa tem a vida
de não saberem vivê-la?"


Manuel Laranjeira




Dionísia
Paula Rego
                                                                         

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Paulo Bragança

A entrevista a Mísia ( que coloquei num post anterior) recordou-me a bonita voz de Paulo Bragança, que já não ouvia há algum tempo.
Um fado muito lindo, para começar bem a semana.
Boa semana!


                                                                          

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Indiferença

Bati, bati e ninguém abriu.
Eu sei que há lá gente...


                                                                            
                                                                 

Mísia no Cine-Teatro Avenida

"Senhora da Noite representa um claro retorno de Mísia - 10 anos depois de Ritual (2001) - ao fado tradicional, o terreno emocional mais íntimo da cantora. Pela primeira vez na gravação de um disco de fado, poesia escrita exclusivamente por mãos femininas: por escritoras e poetisas, como Agustina Bessa-Luís, Hélia Correia, Lídia Jorge, Florbela Espanca, Natália Correia, Manuela de Freitas, Maria do Rosário Pedreira, Rosa Lobato de Faria; por cantoras e fadistas, como é o caso de Amália Rodrigues, Amélia Muge, Adriana Calcanhotto e Aldina Duarte ou a própria Mísia. Um trabalho onde se evidencia o estatuto criativo da mulher. Reencontramos aqui a sonoridade de Misía constituída pela base tradicional do Fado (Guitarra Portuguesa, Viola de Fado e Baixo Acústico) e a cumplicidade musical do Acordeão, Violino e Piano. Este é também um trabalho que assinala 20 anos de carreira discográfica da cantora."


Retirado da agenda cultural da Câmara Municipal de Castelo Branco
                                                                                      

                                                                             




Adorei!Adorei!Adorei!
Vim com a alma lavada...
                                                                                

Mísia



sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Rico Sequeira no Museu Francisco Tavares Proença Júnior

"A Preto E Branco"

"Eu julgo que para Rico Sequeira o desenho funcionou como uma forma primeira de compreender e sobretudo de apreender o mundo.
...
Assim sendo, ocorre que a pintura entra depois, opondo à fluência a contenção, ao movimento a espera, ao fluxo desejante a experiência do prazer.
...
Disto tudo resulta uma espécie de esplendor. Uma dança que perturba e que nos deixa algo perplexos. Um fulgor que nos prende e nos suscita. Idêntico daquilo que sentimos quando no meio do caos se faz silêncio."

Retirado do catálogo da exposição













Parte II:
bandas desenhadas





A exposição estará patente ao público até ao dia 22 de Abril.
Muito interessante.

 
                                                                      

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Marcadores de livros - VI

Este, comprei-o há dias.
Catita!




                                                                             
                                                                   

Vendo A Morte:

Em tudo vejo a morte! e, assim, ao ver
que a vida já vem morta cruelmente
logo ao surgir, começo a compreender
como a vida se vive inutilmente...

Debalde (como um náufrago que sente,
vendo a morte, mais fúria de viver)
estendo os olhos mais avidamente
e as mãos prà vida...e ponho-me a morrer.

A morte! sempre a morte! em tudo a vejo
tudo ma lembra! e invade-me o desejo
de viver toda a vida que perdi...

E não me assusta a morte! Só me assusta
ter tido tanta fé na vida injusta
...e não saber sequer pra que a vivi!


Manuel Laranjeira



A Porta para a Liberdade
René Magritte
                                                                                        
                                                                         

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Amanhecer, no Inverno

Recebi estas fotos por mail.
Não sei quem é o autor.

Foram tiradas (segundo me disseram) há uma ou duas semanas, na zona da Rotunda Europa, aqui em Castelo Branco.
Gostava de ter sido eu a tirá-las...





                                                                     

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

À procura de um sonho

Se eu pudesse, comprava uma casa na praia.

Perto do mar.
Para o poder ver da minha janela, ou tranquilamente sentada à porta, desfrutando do azul das águas e do grito estridente das gaivotas.

De preferência, uma casa rasteira, que no Inverno teria sempre a lareira acesa e no Verão, portas e janelas abertas.

Nela caberiam, como diz a Elis Regina, os meus livros, os meus discos e os meus amigos.
Seria uma casa onde haveria sempre um lugar para aqueles que amo.

As paredes estariam cheias de quadros.
Pintados pelos amigos.
Ou pelos sobrinhos  (já tenho alguns)...
Ou até por mim... que hei-de ganhar-lhe algum jeito.

Teria também muitas fotografias e todas as coisas de que gosto.
Todas as minhas coisas.

A cadeira de baloiço, as caixinhas de música, as bonecas, as miniaturas, a loiça com flores, a velha mesa que veio da aldeia e que me deu tanto gosto restaurar... a...o...as...os...

...os meus objectos e móveis que me dizem tanto, porque cada um tem a sua história.

Se eu pudesse, teria esta casa feita de simplicidade, onde a certeza de pertencer a um lugar, a um mundo, sem tempo, sem pressa, sem complicações, seria uma constante.


Sabem onde se vendem sonhos?





segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Prefácio Lírico Para Uma Balada

Nas cinzas, dum grande amor
ainda existe calor
que a noss'alma se aqueça...

E a gente põe-se a dizer:
- "Vida, não vás tão depressa,
deixa-me ainda aquecer!"

Daquele amor que passou,
alguma coisa ficou,
...alguma coisa que vive:

ficou-me isto... - est'hora de arte,
que é a essência, a melhor parte
daquele amor que lhe tive...

Oh balada amarga e triste,
feita de gozo e de dor,
és o calor que inda existe

...nas cinzas daquele amor.


Manuel Laranjeira




Gauguin
                                                                              

domingo, 19 de fevereiro de 2012

O nascer do sol ...

Há poucos dias...


Afasto o cortinado
abro a janela
e vejo nascer o sol.






Chega devagarinho.
Traz a luz, o calor e a vida.
E eu posso vê-lo.

                                                                            

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Fragilidade



Frágil
Como as palavras
Ditas
Sem sentido
Que o vento leva
E
O tempo apaga.

Frágil
Como o sentimento
Jurado em vão
Quando os gestos
Já não dizem nada
E o silêncio
É tudo o que ficou.

Frágil
Como o poema
Que as lágrimas ditaram
E tardam em secar.

Frágil
Como o amor.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Quem sou

"Sou um pouco de todos que conheci,
um pouco dos lugares que fui,
um pouco das saudades que deixei,
sou muito das coisas que gostei.
Entre umas e outras errei,
entre muitas e outras conquistei."


                                  Ramon Hasman

                                                                          


Luís Herberto
                                                                     

Charlie Chaplin - Um pensamento VIII

"Look up to the sky.
You'll never
find rainbows
if you're
looking down."

                 Charlie Chaplin



Retirada da Net
                                                                             

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Aceitação

É mais fácil pousar o ouvido nas nuvens
e sentir passar as estrelas
do que prendê-lo à terra e alcançar o rumor dos teus passos.

É mais fácil, também, debruçar os olhos no oceano
e assistir, lá no fundo, ao nascimento mudo das formas,
que desejar que apareças, criando com teu simples gesto
o sinal de uma eterna esperança.

Não me interessam mais nem as estrelas, nem as formas do mar,
nem tu.

Desenrolei de dentro do tempo a minha canção:
não tenho inveja às cigarras: também vou morrer de cantar.


Cecília Meireles



"Nevermore" ou Nu da Pariura Deitada
Paul Gauguin
                                                                                

O Voo da Coruja

Recebi por mail.
A perfeição da natureza.
A presa que a coruja vai apanhar está segura na câmara...

                                                                             

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Maria Bethânia - Último Desejo


Último Desejo

Nosso amor que eu não esqueço
E que teve o seu começo numa festa de São João
Morre hoje sem foguete, sem retrato e sem bilhete
Sem luar, sem violão
Perto de você me calo
Tudo penso e nada falo, tenho medo de chorar
Nunca mais quero o seu beijo
Mas meu último desejo você não pode negar
Se alguma pessoa amiga pedir que você lhe diga
Se você me quer ou não
Diga que você me adora, que você lamenta e chora
A nossa separação
E às pessoas que eu detesto
Diga sempre que eu não presto, que o meu lar é o botequim
E que eu arruinei tua vida
Que eu não mereço a comida
Que você pagou para mim.



Marcadores de Livros - V

Estes vieram há pouco de Lyon





                                                                            

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Uma descoberta - Maria Dolores Pradera

Maria, fiquei fã da Maria Dolores Pradera.
Gosto!

                                                                     


                                                                                 

14 de Fevereiro - Dia dos Namorados

Neste dia dos namorados, ofereço este post a todos os casais que se amam verdadeiramente.
Independentemente da idade.




                                                                     

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A mesma canção para duas vozes diferentes

Uma música para começar bem a semana.





                                                                          

domingo, 12 de fevereiro de 2012

The Gift no Cine-Teatro Avenida

Foi ontem.
Conheço pouco os The Gift, não é o meu tipo de música preferida. Fui ver porque foi uma oportunidade de os ver em palco, ao vivo, numa sala que tem sempre excelentes espectáculos. E porque sei que os The Gift são uma boa banda.
Fui ver e gostei.
Sala cheia.
Duas partes,  a primeira com músicas do novo disco Primavera, e a segunda, mais colorida, movimentada e "explosiva", com músicas do Explode.
Dei o tempo por bem empregue.



                                                                              

"Canções inspiradas na primavera, escritas no verão, gravadas no outono e ouvidas em pleno inverno...

Era isto. Canções simples, inspiradas em melodias que a mão direita insiste em tocar no piano. A mão esquerda segurava o banco ou o copo de água fria que combatia o calor de fora ou pegava na filha que ainda bebé inspirava a mão direita...Esquerda. Direita. Harmonia. Melodia...Coisas simples que ditas de uma forma ainda mais simples se possam traduzir de várias maneiras. Cada um tem a sua primavera. Um sítio onde se descobrem segredos, ínfimas histórias de cada um de nós. Primavera é um hino ao nosso, coisas nossas, suas. Canções que sempre aqui estiveram a percorrer as minhas duas mãos. Direita. Esquerda. 14 mãos. Sete pessoas, sete histórias de vida, sete personalidades artísticas. Primavera é junção. Vozes. Uma só voz, calma, sussurrada, descontraída, naturalmente emotiva. Primavera é cantada ao ouvido. Em palco Primavera e Explode são mil cores possíveis, a história é a nossa. Posso contudo adiantar que depois deste palco será também vossa."

Nuno Gonçalves - the gift
Retirado da agenda cultural da Câmara Municipal de Castelo Branco


                                                                                 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Livros Miniatura

Ana, este gostavamos de ter!...




"Este minimanuscrito data de 1830 e, como se percebe na imagem, foi escrito pela romancista inglesa Charlotte Brontë, autora de Jane Eyre. Uma preciosidade adquirida por mais de 800 mil euros pelo Musée des Lettres et Manuscrits de Paris. São quatro mil palavras escritas em 19 páginas da Young Men's Magazine, a última de uma série de três revistas escritas à mão por Brontë e pelo irmão, Branwell, durante a sua adolescência, e que incluíam artigos, histórias e cartas. Tudo em miniatura."


Retirado da  Revista Caras nº861 de 11 de Fevereiro de 2012

                                                                               

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Silêncio


Antes que a cidade acorde...

La Silla Vacía - I



Es fácil criticar a los demás
y hacerlos sentir despreciables.
Cualquiera puede hacerlo.
Pero lo difícil, aquello que requiere esfuerzo
y conocimiento,
es rescatarlos y hacerlos
sentir bien.


Rabí Nachman de Breslau
( Um nome que descobri  no blogue O Falcão de Jade)



Antigo Edificio dos CTT em CB

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Criatividade

Mais uma coisa interessante que recebi por mail.
Contar uma história, desenhando em areia sobre vidro.



                                                                       

Uma Separação - Cinema no Cine-Teatro Avenida

Mais uma semana de cinema em dose dupla.
Mas o filme de hoje ( ou ontem? Dia 7) valeu a pena.
Achei muito interessante.

Uma separação, de Asghar Farhadi.
" Quando a sua esposa sai de casa, Nader contrata uma jovem mulher para tomar conta do seu pai doente. O que ele não sabia é que a nova empregada não só está grávida, como trabalha também sem a permissão do marido.

Pouco tempo depois, Nader vê-se envolvido numa teia de mentiras, manipulação e confrontos públicos"

(Retirado da agenda cultural da Câmara Municipal de Castelo Branco)


Curiosamente, no filme uma das personagens que interfere passivamente no desenrolar da história, tem a doença de Alzheimer, sobre a qual referi, no blogue, o livro Ainda Alice.


                                                                                        

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?

Cecília Meireles




James McNeill Whistler
Combinação em Cinzento e Negro

                                                                                        

Ainda Alice - a doença de Alzheimer

Um post, num dos blogues que visito, lembrou-me um livro que li há algum tempo e que é baseado numa história verdadeira, escrito por uma jornalista que viveu de perto a doença da avó : Alzheimer.
É um livro que ajuda a entender um pouco melhor a doença, e aqueles que a têm.


"Ainda Alice é a narrativa trágica, dolorosa, de uma descida ao abismo. É o retrato de uma mulher indomável, em luta contra as traições da mente, tenazmente agarrada à ideia de si mesma, à memória de uma vida, à memória de um amor imenso."(retirado da contracapa do livro)

     Ainda Alice, Lisa Genova




"Uma obra-prima.
O melhor romance que já li sobre a longa caminhada que é a Doença de Alzheimer."

Mark Warner, Alzheimer's Daily News
  

Os Marretas

Fui ver Os Marretas.
Esperava um filme divertido, mas fiquei desiludida.
Vê-se, mas não é nada de especial.
Talvez porque os Velhinhos Marretas deixaram saudades e ía com algumas expectativas. O filme não correspondeu.
Que pena!


                                                                               

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Nem sempre o que parece é...


Chuva?...


Frase do dia

Esta "Frase do dia" chegou-me por mail.


"Depois de ter visto a última factura da EDP, passou-me o medo de infância, do escuro.
Agora tenho medo é da luz."

Pois...eu também!



Retirada da Net
                                                                              

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Gesto

Dia 15 de Fevereiro no Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco, será apresentado o filme Gesto.

"Gesto é muito mais do que um filme documentário.
É um espaço de diálogo, de troca de saberes entre as comunidades surda e ouvinte.
Um lugar cinematográfico para todas as pessoas em geral, e para profissionais do cinema e da igualdade em particular."





" A Zufilmes produziu em 2011 uma obra cinematográfica pioneira a nível mundial: «Gesto» é um filme documentário que nos guia numa surpreendente viagem ao universo da comunidade surda. Um universo rico e silencioso, diferente e pleno de diversidade. Uma história de amor e superação, indiferente a barreiras e preconceitos.

Num contexto internacional em que é prioritária a integração social de todas as pessoas, a Zufilmes assume a sua quota de responsabilidade neste esforço de inclusão, e toma a seu cargo a iniciativa de levar «Gesto» ao mais vasto leque de públicos, em todo o país e além fronteiras. Porque este é um filme que valoriza a diferença, sensibiliza para um mundo até agora distante, e se deixa partilhar , igualmente, com comunidades surdas e ouvintes. É um filme que harmoniza duas línguas diferentes - o Português e a Linguagem Gestual Portuguesa."

Retirado de documentação promocional ao filme.

                                                                                                                                                            
                                                                         


Uma forma de expressão


"Na Primavera as flores nascem e o Inverno tem um olhar de surpresa."

Beatriz (?)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

China - Mauro Cerqueira

Já fui ver a exposição há algum tempo, mas segundo o catálogo que tenho na minha posse, esta  continuará patente ao público até dia 26 de Fevereiro.
Também no Antigo Edifício dos CTT em Castelo Branco.

Postais do Porto
Tinta-da-china e colagem sobre papel.