quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Decisão de Risco (e uma triste decisão!)


     Decisão de Risco, foi o filme que fui ontem ver ao Fórum. E fui surpreendida pela notícia, pela triste notícia de que as quatro salas de cinema iam fechar. As quatro, de Castelo Branco, e também as da Covilhã (não sei quantas são ).
     Ontem foi o último dia em que tivemos cinema, aqui na cidade.
     Andámos uns bons anos para trás no tempo. Umas duas décadas. Voltámos ao tempo em que a cidade não tinha cinema. Agora não só não temos salas de cinema na cidade, como no distrito.
     Deixámos de ter cinema com regularidade e passamos apenas (por enquanto) a ter sessões especiais no Cine-Teatro.
     Fiquei triste!
     Por tudo o que este encerramento representa: um retrocesso no tempo, uma imagem de um país a desmoronar-se, a envelhecer. Sem possibilidades de emprego, sem economia, sem vida!
     Sou uma optimista, mas a cada novo retrocesso, começo a perguntar-me:
     - Haverá ainda tempo para parar?...
     Não sei...
     Decisão de Risco, foi o último cinema que vi nas salas de cinema do Fórum, nas salas de cinema da cidade.


 
 
     Sobre o filme:
 
     Gostei do filme que conta a história de um piloto de aviões comerciais, que após ter salvo  uma centena de pessoas, ao fazer uma aterragem de emergência, que, aparentemente, mais ninguém conseguiria fazer, se vê confrontado com a acusação de álcool no sangue.
     É um filme que aborda  a questão da dependência - álcool, droga, tabaco - num registo mais ou menos ligeiro. Como já ouvi dizer "É um filme de domingo à tarde".
     Gostei bastante.
                                                                           

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Flamenco

   
Com Carlos Montoya                                                            

                                                                         

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Solidão!


« O que poderá ter para mim ainda um sentido? »


 
 
     "A sua solidão era-lhe cara, aliás não se sentia só, sentia-se sempre acompanhada de um Deus em que não acreditava." (pág.24)
 
     "De estrela em estrela, de planeta em planeta...
     Mas, o universo era infinito! Poderia alguém imaginar uma parede ou um refúgio que constituísse o fim do universo." (pág.36)
 
 
Graça Pina de Morais, A Mulher do Chapéu de Palha
Antígona
                                                                                      

sábado, 26 de janeiro de 2013

Renovação


Provérbio

O que vier com alma nova, fique.
Deite a sua raiz,
Cresça, floresça, frutifique,
E morra se outra seiva o contradiz.


Poesia Completa I, Miguel Torga, pág.199
Círculo de Leitores
 
 
 
Myra Landau
                                                               

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Marcadores - XXIV


Lindos!
                                                                        



                                                                                       

Obrigada!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Um post para a Ana!

 
PARABÉNS!
 
 
Poema
 
A vida é feita de instantes
Em constante oposição.
Nenhum é como foi dantes.
Foram-se uns, outros virão.
Só o homem é igual
Em desigual sempre ser.
Quem sabe o que o mundo vale
Melhor sabe não saber.
A cada esperança perdida,
Logo outra esperança é primeira.
O que mais espanta na vida
É a própria vida inteira.
 
Armindo Rodrigues
(1904-1993)
 
 
 
Mulher a ler
Kitagawa Utamaro
                                                                             

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

"Bournout" dos professores


     Li este texto de Isabel Leal,( Professora de Psicologia/ Psicoterapeuta) «"Bournout" nos professores»,  na Caras nº898 de 27 de Outubro de 2012.


     "Uma das três profissões mais stressantes é, por estranho que pareça, a de professor. O desejável aumento, nas últimas décadas, do número de estudantes de todos os graus de ensino teve consequências na profissão docente. Não foi só a mudança de um ensino de elite para um ensino de massas, o que, por si só, já exigiria um enorme esforço de adaptação. Foi também e eventualmente em função desta grande alteração do sistema, a necessidade de modificar o tradicional papel do professor, figura respeitável, respeitada e detentora do conhecimento.

     Neste novo quadro, o professor, além de continuar a ser um transmissor de conhecimento, deverá desempenhar múltiplas tarefas e papéis. Deverá, além de ensinar e de se certificar que as aprendizagens são conseguidas, ser um mediador entre a Escola, as famílias e os alunos; detetar e encaminhar problemas e dificuldades que tenham consequências no desempenho escolar; fazer parte de equipas que estruturam currículos alternativos; participar em todos os aspetos da vida da Escola, desde a gestão de equipamentos e recursos, passando pelas tarefas administrativas, até à organização e acompanhamento de atividades extracurriculares.

     Resultante da mudança do papel tradicional da família, compete ainda ao professor ser o transmissor de um conjunto de valores socialmente tidos como desejáveis, e muitas vezes espelhados nos programas, e que, no entanto, não fazem parte do Know-how de muitas famílias.

     Paralelamente a tudo isto, e muito em consequência do desenvolvimento tecnológico, o professor tem que se manter ele próprio sempre em aprendizagem e formação rigorosas, sob pena de ser rapidamente ultrapassado pelos próprios estudantes.

     Esta acumulação de exigências - a que se podem somar muitas outras de natureza contextual ou relacional, como, por exemplo, a sobrecarga de trabalho; falta de condições materiais das escolas; excesso de burocracia; falhas na comunicação ou estudantes insubmissos ou problemáticos; grupos heterogéneos de alunos; situações sociais degradadas - fornece pano de fundo em que o professor se move e que faz da profissão docente uma atividade ansiogénica e stressante.

      O bournout, que na prática é um stresse ocupacional prolongado e intenso, surge em resposta a stressores interpessoais crónicos presentes no contexto laboral e é, efetivamente, um risco da profissão docente. Manifesta-se por sintomas de exaustão emocional, fadiga e depressão, e pode conduzir profissionais antes altamente motivados a situações de alienação, desumanização e apatia, conduzindo com frequência ao absentismo e ao desejo de abandonar a profissão."


                                                                                   
                                                                            

sábado, 19 de janeiro de 2013

Certezas

 
Quero, Terei...
 
Quero, terei -
Se não aqui,
Noutro lugar que inda não sei.
Nada perdi.
Tudo serei.
 
 
Fernando Pessoa
 
 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Ana Moura no Cine-Teatro Avenida


Amanhã, dia 18,  Desfado no Cine-Teatro Avenida.

"Desfado, o 5º álbum de originais de Ana Moura, representa um momento de viragem na carreira da artista.

A fadista apostou em nomes da nova geração de compositores nacionais (como Manuel Cruz dos Ornatos Violeta, Márcia, Pedro da Silva Martins dos Deolinda, Miguel Araújo dos Azeitonas, Luísa Sobral e António Zambujo) e em nomes consagrados da música portuguesa (como Aldina Duarte, Tozé Brito, Manuela de Freitas e Pedro Abrunhosa) para a criação dos temas. [...]

No palco Ana moura contará com a participação de Ângelo Freire (guitarra portuguesa), Pedro Soares (viola de fado), André Moreira (baixo e contrabaixo), João Gomes (teclados) e Mário Costa (bateria e percussões)."


Retirado da Agenda Cultural da Câmara Municipal de Castelo Branco


 
Os Búzios - letra e música: Jorge Fernando
in álbum Para Além da Saudade (2007)
 
 
 
Até ao Verão - letra e música: Márcia Santos
in álbum Desfado (2012)
                                                                                

sábado, 12 de janeiro de 2013

Felicidade

 
Horas Boas
 
Minha alma hoje acordou alegre e bem disposta:
Como o dia está lindo, e como é bom viver!
Viver! Ter na alma a luz, que vai doirando a encosta,
Senti-la fresca e moça, igual a um malmequer!
Viver é amar a vida: eu vivo esta manhã,
Sinto gorgear em mim não sei que rouxinol;
Inunda-me a alegria inexplicável, sã,
Como aos cravos em Junho, a luz viva do sol.
Pela janela aberta entra o cheiro dos fenos,
Que vão cortando à mão segadores morenos,
De gesto sacudido e vozes varonis;
Oiço cantar um melro, oiço o chiar da nora,
E dão-me tentações de ir pelo campo fora,
Saltando aqui, além, como um pardal feliz.
 
 
Maria da Cunha
Antologia Da Poesia Feminina Portuguesa, António Salvado, pág.143
Edições JF
 
 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Marcadores - XXIII


Um marcador e um livro...
...miniatura!


                                                                        

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Os Miseráveis


Esta semana foi com dupla sessão de cinema!
Ontem (terça) vi César Deve Morrer e hoje (quarta-feira) fui ver Os Miseráveis.

É um musical e demora cerca de duas horas e meia, mas não me aborreci nem um bocadinho. Pelo contrário, nem dei pelo tempo passar!
Uma grande história, contada por excelentes actores e com músicas muito bonitas.
Adorei!



                                                                       

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

César Deve Morrer


Hoje foi dia de cinema no Cine-Teatro Avenida.
César Deve Morrer de Paolo e Vittorio Taviani
Um bom filme.

No dia 22 será apresentado Deste Lado da Ressurreição de Joaquim Sapinho.


Sobre César Deve Morrer:

"Uma sala de teatro na prisão de Rebibbia em Roma. Uma encenação de Júlio César de Shakespeare chega ao fim do meio de grandes aplausos. As luzes baixam e os actores, que se transformam novamente em presos, são acompanhados às suas celas.

Seis meses antes
O director da prisão e o encenador explicam aos prisioneiros o novo projecto, a encenação de Júlio César na prisão. O primeiro passo é a escolha dos actores. O segundo passo é a compreensão do texto. A linguagem universal de Shakespeare ajuda os prisioneiros-actores a identificarem-se com as suas personagens. O caminho é longo e cheio de ansiedade, esperança e divertimento. São estes os sentimentos que acompanham os presos à noite, nas suas celas, após cada dia de ensaios.

Quem é Giovanni, que interpreta César? Quem é Salvatore-Bruto? Por que crimes foram condenados à prisão? O filme não esconde nada disto. O fascínio e o orgulho pela peça nem sempre libertam os prisioneiros da raiva de estarem encarcerados. Os seus confrontos coléricos pôem a peça em perigo. Na muito antecipada e temida noite de estreia, os espectadores são em grande número e de várias origens: prisioneiros, actores, estudantes, encenadores. Júlio César ganha vida, só que desta vez, no palco de uma prisão. É um êxito.

Os prisioneiros regressam às suas celas. Inclusive "Cássio", uma das personagens principais, um dos melhores. Está preso há muitos anos, mas esta noite a cela parece-lhe diferente, hostil. Deixa-se ficar imóvel. Depois, vira-se, olha para a câmara e explica-nos: "Desde que descobri a arte, esta cela tornou-se uma prisão".


Retirado da Agenda Cultural da Câmara Municipal de Castelo Branco


                                                                                    

domingo, 6 de janeiro de 2013

Reciclar com estilo!

 Gosto!
 
                                                                              

sábado, 5 de janeiro de 2013

Contrastes


Contrastes

Coroas, sólios, reis, tudo comédia!
Régios mantos não são mais do que trapos,
Que o tempo há-de romper.

Como os nobres feudais da idade média,
Os reis verão a púrpura em farrapos,
Em nada o seu poder.

Enquanto vós, os grandes, os senhores,
Vos recostais , inúteis, indolentes,
Em plácidos coxins,
E caminhais alegres sobre flores,
Descuidados, vivendo em permanentes
E ruidosos festins;

Outros sem pão, sem casa e sem futuro,
- Párias errantes que a desgraça esmaga,
Esquecidos de Deus, -
Vão seguindo com passo mal seguro
A senda que o destino em hora aziaga
Cobriu de espessos véus!


Mariana Angélica de Andrade

Retirado de Antologia da Poesia Feminina Portuguesa, António Salvado, pág.133
Edições JF
                                                                                                                                                     

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Marcadores - XXII


E mais uns...



 
Frente

 
...e verso
 
 
Obrigada!
                                                                            

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

António Zambujo


Algo estranho acontece, quando o amor é para sempre.


                                                                            

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Janeiras


"Aqui mora alguma santa,
Pois nos deu as Janeirinhas;
Tantos anos ela conte
Como a casa de pedrinhas.

Deitemos-lhe a despedida
Por cima do laranjal:
Viva a dona desta casa,
Vivam todos em geral.

Viva a dona desta casa,
Viva os anos que deseja;
Depois deles acabados,
No reino dos céus esteja.

Também viva, para que viva,
Viva a flor do codesso
Vivam todos em geral,
Que por nome não conheço.

Despedida, despedida,
Despedida quero dar:
Os senhores desta casa
Bem nos podem desculpar.

Despedida, despedida,
Despedida bela luz:
Os senhores desta casa
Amanheçam com Jesus."


Cantares de todo o ano, pág.185


 
Imagem retirada do livro Cantares de todo o ano
                                                                        

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Feliz Ano Novo!


Desejo, a todos os amigos e visitantes do Blogue, um Ano Novo feliz e que os sonhos se tornem realidade.


FELIZ  2013!