segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Arte No Feminino - II

Fui ver pela segunda vez a Exposição Arte No Feminino e o  Feminino Na Arte.
Aqui ficam algumas fotografias que tirei.
A Exposição continua aberta ao público até dia 11 de Novembro.
Vale a pena fazer uma visita.


 

Antigo edifício dos CTT


"Open Your Heart"
Mariana Gillot


Pormenor


"Sold"
Mariana Gillot



Ciclo da Romã
Emília Nadal


Emília Nadal


Suspensão "A Romã"
Emília Nadal
                                                        



"Ciclo da Medinilla Magnífica"
Emília Nadal


Emília Nadal


Emília Nadal


Clara Afonso

"...o sonho é ver as formas invísiveis..."
Fernando Pessoa
( A frase consta da exposição)


Tapeçarias de Manuela Justino


"Paredes do Corpo III"
Manuela Justino


"Invenção da Água"
Carmo Pólvora

                                                              

domingo, 30 de outubro de 2011

Porta Velha

Uma velha porta
Que guarda memórias.
Tantas vezes se abriu
e deixou passar a vida.

Uma velha porta
inútil
esquecida

Já não tem uso
já não tem valor

Quem por ela passava
não passa  mais...

É apenas uma velha porta, velha...





                                                                       

sábado, 29 de outubro de 2011

Julietta

Shakespeare Woman Company
JULIETTA

"Julietta [ a personagem] está pendurada num trapézio. Joga inocente, como a menina que é, desfruta do espaço, em movimento, o risco. Não sabe o que a espera. Silvía [ a actriz] está pendurada num trapézio. Consciente arrisca, como mulher adulta que é. Desfruta do jogo, do vértigo, do silêncio. Sabe perfeitamente o que a espera.

Julietta recebe o anúncio, dentro de poucos dias casará com Paris. O tempo acelera e faz zig zag no espaço aéreo que a circunda , que a contém, que a desespera. Larga-se ao vazio, fala consigo mesma, arma estratégias, nega-se, enfrenta-se, mas a lei paternal impõe-se, deverá ir a uma festa e conhecer o seu pretendente."


Retirado da Agenda Cultural da Câmara Municipal de Castelo Branco


Retirado da Net
                                          

Retirado da Net


Sobre Romeu e Julieta, de William Shakespeare com Sílvia Balancho


Foi mais um belo espectáculo a que assisti, ontem, no Cine-Teatro Avenida. Durante 60 minutos a actriz Sílvia Balancho levou-nos através dos sentimentos que se ligam ao  amor.
Amor, desamor, alegria. dor, frustração, plenitude...
Desde Romeu e Julieta até Sílvia Balancho, todos procuram e nem sempre encontram: o verdadeiro amor!
Gostei muito do espectáculo, onde uma actriz multifacetada e dona de uma grande energia, manteve o olhar do espectador, fixo no palco.


                                                                                      

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Castelo Branco

Algumas notas soltas.
Na zona da Sé.
A Sé, o Conservatório, o Antigo Edifício dos CTT, a Torre do Relógio.














                                                                                   

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sim, Sei Bem

Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
            Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
            Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
            Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
            Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
            Deixem-me me crer
O que nunca poderei ser.


Fernando Pessoa



Modelo Reclinado, Henri Matisse, 1919


                                                                              

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Khalil Gibran - A Amizade

"Um jovem disse: Fala-nos da Amizade

- O vosso amigo é a resposta às vossas necessidades. É o vosso campo semeado com dedicação e amor. É a vossa mesa e a vossa casa, porque recorreis a ele para saciar a vossa fome e para vos recolher na paz da sua amizade.

Quando o vosso amigo revela o seu pensamento, não temais o não do vosso próprio espírito, nem lhe recuseis o sim. E quando ele estiver silencioso escutai com o coração o que o dele diz.

Porque na amizade todos os pensamentos, todos os desejos, todos os sonhos nascem sem palavras e partilham-se numa alegria de silêncio.

E quando tiverdes que vos separar do vosso amigo não vos preocupeis porque aquilo que mais amais nele fica ainda mais claro na sua ausência, como para o alpinista para quem a montanha é muito mais nítida quando a olha da planície.
É que não há outro fim na amizade a não ser o aprofundamento do espírito. Como o amor que busca algo mais além da revelação do seu próprio mistério, não é amor, mas uma rede atirada onde apenas o inútil fica preso, é que o melhor de vós deve ser oferecido ao amigo. Se ele tem de conhecer o refluxo da vossa maré, que conheça também o fluxo. Pois, para que servirá o amigo se o procurais apenas para matar o vosso tempo?
Buscai-o antes nas horas vivas, porque ele está ali para resolver a vossa necessidade de consolo e não para encher o vosso vazio.
E que na doçura da vossa amizade exista também o riso e os prazeres partilhados. Porque no orvalho das pequenas coisas é que o coração encontra a sua manhã e a sua frescura."

Retirado de O Profeta, Kahlil Gibran, pág.42 e 43
Alma Azul




Kokoschka, Crianças a brincar, 1909


                                                                         

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Khalil Gibran - O Louco

O Louco

    " Sabem como fiquei louco?
     Há muito tempo, muito antes de terem nascido os deuses, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas.
     As sete máscaras que tinha fabricado meticulosamente tinham desaparecido.
     Sem nenhuma máscara saí para a rua cheia de gente a gritar: "Ladrões! Malditos ladrões!"
     Todos se riram de mim, mas alguns fugiram e fecharam-se em casa com medo.
     Quando cheguei à praça principal uma criança que estava sobre o telhado de uma casa gritou: "Olhem, é um louco!"
     Voltei a cabeça para o ver e pela primeira vez o sol encontrou o meu rosto sem máscara.
     O sol iluminou ao mesmo tempo o meu rosto e a minha alma.
     A partir desse dia nunca mais usei máscara, e agora agradeço todos os dias ao ladrão que me a roubou.
     Agora que já sabem como me tornei num louco, posso confessar-lhes que encontrei muita liberdade e segurança na minha loucura.
     A liberdade da solidão e a segurança de nunca ser compreendido ( aqueles que nos compreendem fazem de nós escravos).  (...)"


Retirado de O Louco, Khalil Gibran, pág.7
Padrões Culturais Editora



Munch, Melancolia
Óleo sobre tela
                                                                                   

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Fado Hilário

Mais um bonito fado de Coimbra.
Em duas versões diferentes.


                                                                          



                                                                            

domingo, 23 de outubro de 2011

Ruy Belo - O Percurso Diário

O Percurso Diário

Eu vou por este sol além
e ele é quotidiano até ao fim
como se até hoje ninguém
tivesse no sol e fora do sol também
morrido a morte por mim

Ruy Belo, Todos os Poemas, pág.70
Círculo de Leitores




                                                                             

sábado, 22 de outubro de 2011

Até para o ano

Já se despediram.
No póximo ano voltarão trazendo a alegria pelo começo de mais uma Primavera.
Até para o ano!








Ana, este post é para ti.
O voo das andorinhas que fotografei aqui da minha varanda.
(Não estão famosas. Para o ano tentarei fazer melhor.)


                                                                          

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Arte No Feminino - I

Arte No Feminino é a exposição que está patente ao público no Antigo Edifício dos CTT em Castelo Branco, desde 5 de Outubro até 11 de Novembro de 2011.
´
Artistas plásticas presentes nesta exposição:

Alexandra Mesquita
Clara Afonso
Clara Martins
Carmo Pólvora
Daniela Ribeiro
Emília Nadal
Eva Alves
Inês Curto
Manuela Cristovão
Manuela Justino
Maria João Fernandes
Mariana Gillot
Teresa Cortez
Teresa Gonçalves Lobo
Teresa Magalhães


"A Câmara Municipal de Castelo Branco ao promover exposições de grande qualidade, como é o caso de A Arte no Feminino, prossegue a sua estratégia de afirmação enquanto pólo cultural de excelência. É uma aposta qualificadora da oferta, procurando apresentar nomes consagrados e artistas emergentes e salvaguardando a diversidade de abordagens artísticas e técnicas.

Esta mostra é particularmente interessante pelo facto de se constituir como um olhar feminino pleno de intensidade e de poder sugestivo. Convida-nos para uma visita demorada e a desfrutar da possibilidade de numa só exposição podermos aceder a tantos e tão heterogéneos universos criativos, unidos pela perspectiva de género, não faltando um simbólico contraponto masculino.(...) "

Joaquim Morão
Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco
( Retirado do catálogo da exposição, pág.3 )

                                                                             
                                                    Capa do Catálogo

                               Emília Nadal "Cântico" Acrílico s/ tela 2009

                    Carmo Pólvora "Invenção da Água" Acrílico s/ tela 2009

                Manuela Cristovão "S/ título (pormenor)" Grafite s/ papel 2010

                              Manuela Justino "Gêmeos" Tapeçaria 2011



As imagens apresentadas foram retiradas do catálogo da exposição, páginas 7, 12, 13 e 14 respectivamente.


Já fui ver a exposição, mas vou voltar.

                                                                       

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Ruy Belo - Ah, A Música

Ah, A Música

Quem terá deixado esquecida
esta música ouvida num canto de rua?
Ninguém de quem passa nela repara
No  entanto - é ela - faltava
no dia de chuva
No meu dia de chuva?
Meu seria decerto este dia
pois por mais precário que eu seja
nenhuma chuva fora podia
cair se acaso em mim não caísse
Cai chuva e há música em meu coração
Era mera ilusão o dia de chuva


Ruy Belo, Todos os Poemas, pág.71
Círculo de leitores


    

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Feiticeira, Alberto Ribeiro

Outro fado de Coimbra.


                                                                         

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Fado da Mentira

Um fado.
De Coimbra.

                                                              

                                                                             

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Arco-íris

Arco-íris de uma só cor.



Portal do sonho.
E para lá do sonho?...

                                                                         

domingo, 16 de outubro de 2011

Uma menina

Passam os anos
Como se o tempo
Não passasse por ela.

Ainda a mesma vontade
De aprender o mundo.

Aquela menina
Que para trás ficou
Permanece
Dentro de um coração
Que amou.

E ama a vida.



Modelo repousando sobre os braços,
Matisse
                                                                

sábado, 15 de outubro de 2011

Histórias da escola - III

Ontem, quando a Carolina ( que é talvez a menina mais "despachada" da sala) acabou o trabalho que  tinha marcado e enquanto eu acompanhava outra aluna mais atrasada, digo:

- Ponham os olhos na Carolina! ( Estas coisas que não se devem dizer, mas às vezes o desespero é muito...) Já fez o trabalho todo, caladinha e tudo certinho!
Se ela fez, os outros também já deviam ter feito, mas estão a "molengar"...

O Guilherme olhava para trás, olhar fixo e pasmado para a Carolina.

- Guilherme vira-te para a frente e trabalha!!

- "Atão" professora, estou a pôr os olhos na Carolina!

Tive que me rir!