segunda-feira, 30 de abril de 2012

Dançando...







Dança

Move o teu corpo
ao ritmo
do teu coração
dos teus olhos fechados
dos teus ouvidos
da tua pele

Dança!

Rasga o tempo

E deixa que o movimento
te leve
onde
o teu ser faz sentido!

                                                                       

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Flores do Campo







                                                                           

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Rio Ponsul




                                                                              

terça-feira, 24 de abril de 2012

Ninho de andorinha

O ninho está ocupado, mas no momento os inquilinos tinham saído.





As andorinhas
No espaço azul
Por aqui no Verão
E de Inverno no sul.
                                                                           

domingo, 22 de abril de 2012

Convívio sereno

O gato e as pombas.


                                                                           

Artesanato








                                                                                  

sábado, 21 de abril de 2012

Timidez

Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...

- mas só esse eu não farei.

Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...

- palavra que não direi.

Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos nocturnos,

- que amargamente inventei.

E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...

- e um dia me acabarei.


Cecília Meireles


                                                                                     

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Florbela

Fui ver, ao Cine-Teatro Avenida, Florbela de Vicente Alves do Ó.
Adorei o filme e para enriquecer a noite de cinema, a presença do realizador, que com disponibilidade e simpatia  respondeu a um número  razoável de perguntas, colocadas por alguns espectadores.
Foi uma sessão de cinema muito interessante.



" Num Portugal atordoado pelo fim da I República, Florbela (Dalila Carmo) separa-se de forma violenta de António ( José Neves). Apaixonada por Mário Lage (Albano Gerónimo), refugia-se num novo casamento para encontrar estabilidade e escrever, mas a vida de esposa de província não é conciliável com sua alma inquieta. Não consegue escrever nem amar. Ao receber uma carta do irmão Apeles (Ivo Canelas), oficial da Aviação Naval e de licença em Lisboa, Florbela corre em busca de inspiração perto da elite literária que fervilha na capital. Na cumplicidade do irmão aviador, Florbela procura um sopro em cada esquina: amantes, revoltas populares, festas de foxtrot e o Tejo que em breve verá o irmão partir num hidroavião. O marido tenta resgatá-la para a normalidade, mas como dar norte a quem tem sede de infinito? Entre a realidade e o sonho, os poemas surgem quando o tempo pára. Nesse imaginário febril de Florbela, neva dentro de casa, esvoaçam folhas na sala, panteras ganham vida e apenas os seus poemas a mantêm sã. Por isso, Florbela tem que escrever! Este filme é o retrato intímo de Florbela Espanca: não de toda a sua vida cheia de sofrimento, mas de um momento no tempo, em busca de inspiração, uma mulher que viveu de forma intensa e não conseguiu amar docemente."


Retirado da agenda cultural da Câmara municipal de Castelo Branco


                                                                               



         Os Versos Que Te Fiz


Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem para te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim para te oferecer.

Têm dolência de veludo caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!


Sonetos, Florbela Espanca, pág.63
europa-américa

terça-feira, 17 de abril de 2012

Onde quer que eu esteja

Onde quer que eu esteja, em qualquer lugar
na Terra, escondo dos outros a certeza de
que  n ã o s o u d a q u i.
Como se tivesse sido enviado para absorver
o máximo das cores, sons, cheiros, sabores,
provar de tudo o que é
reservado ao Homem, converter o vivido
num registo mágico e levá-lo para lá, de onde
parti.


Czeslaw Milosz

Alguns gostam de poesia - Antologia
Czeslaw Milosz e Wislawa Szymborska, pág.97
cavalo de ferro




Myra Landau
                                                                                

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Arte Indígena Australiana - Exposição na Sala da Nora em Castelo Branco

" A arte indígena australiana é possivelmente a mais antiga do mundo. Séculos antes da colonização europeia. o povo indígena australiano utilizava já várias formas de arte, como a escultura, a talha em madeira, as pinturas corporais, a pintura em casca de árvore e, claro, as pinturas rupestres. Uma pintura recentemente descoberta numa gruta no norte da Austrália mostra uma grande ave da espécie GEN YORNIS - extinta há mais de 40000 anos.
(...)
...a arte indígena australiana não é concebida a partir de um tema perceptível, não se aplicando tão-pouco a ela a noção ocidental de estética, nem o desejo do artista de comunicar emoções, pensamentos, observações ou comentários de uma forma individual. Segundo a tradição indígena, um artista apenas está autorizado a retratar as imagens e as histórias às quais tem direito pelo nascimento, descrevendo imagens enraízadas no conceito conhecido como "Sonho" [Dreamtime ou Dreaming], que se refere a uma era sagrada em que os espíritos ancestrais criaram o mundo e constitui um elo com os seus antepassados.

As Ilhas do Estreito de Torres formam uma parte integral, porém distinta da cultura indígena australiana, incluindo-se os artistas que integram esta mostra - Alick Tipoti, Dennis Nona, Solomon Booth e Victor Motiop - entre os mais imaginativos e estilisticamente estimulantes de uma jovem geração de criadores.(...) "


Retirado da Agenda Cultural da Câmara Municipal de Castelo Branco










A exposição está patente ao público até dia 29 de Abril.
Vale uma visita.
                                                                         

sábado, 14 de abril de 2012

Comprar português...

Recebi ontem este video, por mail.
Achei curioso e tive vontade de o partilhar.
Sem mais palavras!

                                                                             

Wraygunn no Cine-Teatro Avenida

Fui ver.
Gostei.
Ainda deu para dançar um bocadinho.

"Fundados em 1999 por Paulo Furtado, os Wraygunn editaram três álbuns que marcaram a primeira década deste século, entre 2001 e 2007.
(...)
2012 marca o regresso dos Wraygunn aos discos, depois de um intervalo maior do que o habitual (...).
Produzido por Nelson Carvalho e Paulo Furtado , "L'Art Brut" retoma o caminho dos anteriores discos dos Wraygunn: a constante renovação do legado do Rock'n'Roll através da exploração da sua relação com a mais profunda música negra norte-americana, numa atitude que, sem nunca ser revivalista, bebe no passado para apontar o futuro, e da qual resulta um som próprio embora universal, intemporal e perfeitamente identificavel."


Retirado da Agenda Cultural da Câmara Municipal de Castelo Branco


                                                                                         

Desafio - Obrigada

Gostei muito de colocar o Desafio e das respostas que deixaram. Tantos livros, tantos gostos diferentes.
Quero agradecer a simpatia de terem colaborado.
Muito obrigada.


                                                                            

                                                                                     

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Desafio

Roubei ( com autorização ) este desafio,  no blogue  Prosimetron.



Duas questões:

- Qual o melhor livro que já lhe ofereceram?

- Qual o livro que mais oferece?




                                                                              

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Alfredo Marceneiro

Reconheço: só mesmo para quem gosta...
Eu gosto.
Alfredo Marceneiro!


                                                                                     

                                                                                  

terça-feira, 10 de abril de 2012

Marcadores de livros - X

Estes foram os últimos que ganhei.




"Esta é Guimarães,
Cidade monumental.
Testemunho profundo
De primeira capital,
Cidade do mundo,
Mãe de Portugal!"

 

 
                                                                      

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Dádiva

Um dia tão feliz.
O nevoeiro levantou cedo, eu trabalhava no jardim.
Os beija-flores pairavam sobre a madressilva.
Não havia na terra coisa que eu quisesse ter.
Não conhecia ninguém digno da minha inveja.
O que houvera de mal, já tinha esquecido.
Não tinha vergonha de me lembrar que tinha sido quem fôra.
No meu corpo nada doía.
Endireitando as costas, via as velas e o mar azul.


Czeslaw Milosz

Alguns gostam de poesia - Antologia
Czeslaw Milosz e Wislawa Szymborska, pág.69
cavalo de ferro


                                                                                     
                                                                              

domingo, 8 de abril de 2012

Páscoa Feliz

Bom Domingo de Páscoa para todos.
Obrigada pela presença amiga.




Imagem retirada de um livro de pensamentos
                                                                                      

sábado, 7 de abril de 2012

Vento Suão - Rosa Lobato de Faria

Acabei de  ler, há dias, Vento Suão, o último livro de Rosa Lobato de Faria. Um livro inacabado.
Conheci a escrita de RLF há cerca de dois anos, através dum amiga que gostava muito dos seus livros. Li O Sétimo Véu , A Alma Trocada , Os Pássaros de Seda... Na altura comprei mais uns quantos, incluindo um infantil, que ainda não li.
Conhecia a Rosa Lobato de Faria das novelas e sabia vagamente que ela escrevia, mas os seus livros nunca me tinham despertado curiosidade. Depois de ter lido o primeiro fiquei admiradora.
Vento Suão é um livro diferente dos outros que li. A escrita não me pareceu a mesma dos outros livros (talvez a autora ainda o modificasse) , de qualquer forma gostei da leitura.


"...E mais galhofa, mais risos como só é possível aos oito anos, como só é possível quando os males do mundo ainda não fizeram mossa, nem nas consciências, nem nos corações. "  ( pág. 45)

"...A morte era tão estranha! Subitamente aquele vazio, aquele buraco negro, aquela muralha a tapar o futuro. Assim de repente. Sem remédio." ( pág.143)

"...Como é que se explica a dois miúdos de nove e sete anos que o pai partiu para sempre, que não volta nunca mais? Como é que se fala da morte a quem só conhece a vida?" ( pág.144)







"...Aqui fica, pois, este Vento Suão tal e qual Rosa Lobato de Faria o deixou. E como derradeira homenagem a uma escritora cuja obra teve como eixos fundamentais « a força da vida, o conhecimento profundo da realidade e do meio em que se agitam os seus fantoches ficcionais, o domínio das minúcias, o fôlego narrativo, a irrupção imparável de um vento negro de violência que impõe uma aura de tragédia intemporal ao que parece quase inócuo.» "

Eugénio Lisboa (retirado da badana da sobrecapa )
                                                                        

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Pensamento

"Confiai nos sonhos,
porque neles se oculta
a porta da eternidade."


Khalil Gibran



                                                                                     
                                                                            

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Smile

Uma música com Nat King Cole

                                                                                  
                                                                                        
                                                                                            

terça-feira, 3 de abril de 2012

Palavras Ao Meu Coração

Basta de crer no amor, basta de amar!
Meu louco coração, toma juízo:
pra os que querem na terra o paraíso,
há um remédio só - renunciar.

Renuncia! Se tudo existe,
é mentiroso, e só nos faz descrer,
- não vale a pena amar, pra quê correr
atrás de sombras vãs, coração triste?

Não querem entender-te, coração,
...não podem entender-te, quando tentas
erguer as pobres asas desse chão...

Queres pairar em regiões mais puras?
Vive acima da terra e das tormentas,
- sozinho como as águias nas alturas...

Manuel Laranjeira



Fotografia feita na exposição do Antigo Edíficio dos CTT sobre um trabalho de Susana Anágua
                                                                                  

                                                                       

segunda-feira, 2 de abril de 2012

The Hunger Games

Fui ver The Hunger Games e não gostei.
Achei um filme demasiado violento, em todos os sentidos.
Não há ali nada que justifique tanta violência.


                                                                             

A Bomba e o General

Hoje é o Dia Internacional do Livro Infantil.
Não me lembrava da data, que vi assinalada num post do blogue Prosimetron.
Deixo também aqui o meu apontamento, referindo um livro de que gosto muito e que já tem uns anos: A Bomba e o General de Umberto Eco e Eugenio Carmi.
Conta a história de um general muito arrogante e mau que ficou sem trabalho quando a guerra acabou ( por causa duns átomos que se revoltaram e fugiram das bombas onde estavam encerrados).
Então foi trabalhar como porteiro num hotel ( para aproveitar a farda) e aí já ninguém o reconhecia e não tinham medo dele.
É uma história engraçada que gosto de ler e explorar com os alunos, porque o assunto é sempre pertinente - o apelo à paz.



                                                                          

domingo, 1 de abril de 2012

Opiniões!

Ontem mandaram-me este video por mail.
Já o conhecia. Já o tinha recebido há meses, antes de ter o blogue ( parece-me que os mails vão dando a volta ao mundo e quando chegam ao fim começam outra vez e assim sucessivamente...).
É um video interessante.
Vale a pena perder uns minutos a ver.
Sobre ARTE.