segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Josefa de Óbidos

                                                                                  
 
Ainda a tempo de se ver a  exposição Josefa de Óbidos e a invenção do Barroco Português, até dia 6 de Setembro.
Pode fazer-se uma visita guiada, que demora cerca de hora e meia a duas horas.

 
Quem puder e estiver por perto pode também assistir ao Colóquio e Debate sobre a obra de Josefa de Óbidos, no dia 10 de Setembro, no Auditório do MNAA. A participação é gratuita. É necessário fazer inscrição.
 

 
 

domingo, 30 de agosto de 2015

O mar :)


                                                                              
 
Praia do Guincho
 
 
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«Dizem que finjo ou minto
      Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
                 Com imaginação.
Não uso o coração.
 
            Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
         É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
                         Essa coisa é que é linda.
 
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
                 Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
                      Sentir? Sinta quem lê!»
 
Fernando Pessoa 
 
 

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Marcadores - LXXIV


Frente e verso...
                                                                                  
 



Lisboa/Pessoa


Uma compra.
E espero que corresponda às expectativas.

                                                                           
 
    

Noite

                                                                  
 
 
Antigamente gostava da noite.
Hoje gosto da luz brilhante do Sol
e da manhã clara.
Antigamente tinha o Tempo
 e os sonhos que a juventude acalenta.
 
Hoje o Tempo é menor
e os sonhos envelheceram.
 

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Gelo


Ontem estive a ver o filme Gelo, que tem a duração aproximada de 180 minutos, mas que se vê, sem darmos conta do tempo.

"Os efeitos das mudanças climáticas causam uma devastação inimaginável, dando origem ao pânico mundial quando a humanidade se vê frente-a-frente com uma nova idade do gelo.
Em 2020, o professor Thom Archer avisa que as ações da corporação Halo - que está a pesquisar petróleo no glaciar da Gronelândia - estão a causar a aceleração do degelo da calote polar. Quando Archer é ignorado, dirige-se para o Ártico à procura de provas irrefutáveis para as suas afirmações.
Ao chegar, percebe a verdadeira dimensão da ameaça à humanidade, e apressa-se a voltar a casa para salvar a sua família. Os glaciares colapsam, com consequências devastadoras. O clima fica fora de controlo, e a temperatura do planeta mergulha para valores negativos. "Gelo" confronta-nos com uma possível realidade apocalíptica, que não deixará ninguém indiferente."

É um filme (de 2010) de ficção que nos faz pensar no que pode acontecer, realmente, perante uma catástrofe ambiental.

                                                                              
 
 

domingo, 16 de agosto de 2015

Marcadores - LXXIII


                                                                            
 
Frente...

 
...e verso
 
 

sábado, 15 de agosto de 2015

Fotografias...quase de propósito :)


À espera...

                                                                      
 
 

Leituras


Depois da leitura do livro da Rosa Montero,  A ridícula ideia de não voltar a ver-te, (gostei) veio quase parar-me às mãos um outro livro, Uma vida e três cães e, curiosamente, de certa forma, os dois estão ligados pelo tema.

Entrei na Bertrand (visita obrigatória quando vou ao Fórum) e num expositor estava um livro baratinho, cuja fotografia da capa me atraiu e depois de ler  a sinopse, trouxe-o!

Gostei da leitura (apesar da má tradução). A história é verdadeira e o que nos ensina  é que a vida tem altos e baixos, mas não pára. Não deixamos de viver, porque uma desgraça nos bateu à porta, mas para continuar a viver é preciso adaptarmo-nos.

                                                                               
 
 
"Quando o marido de Abigail Thomas foi atropelado por um carro, o seu cérebro ficou abalado e perdeu a memória, Abigail teve de construir uma nova vida: mudança para uma pequena cidade do campo, a nova família composta por três cães. Podemos não encontrar sentido no desastre, mas com esforço, é possível criarmos, a partir dele, algo que valha a pena." (na contracapa do livro)
 
 
[...]"O futuro também era o lugar onde as coisas más nos esperavam disfarçadas. Os meus filhos estavam a embarcar para o futuro em naves frágeis, e eu tremia. Queria remover obstáculos, aplanar o caminho, queria mudar as suas infâncias. Precisava de ter sempre razão, queria que me escutassem, que aprendessem com os meus erros, e que se poupassem a si mesmos muito sofrimento. Bem, agora eu sei que posso controlar a minha língua, o meu temperamento, e os meus apetites, mas é tudo. Não controlo o tempo, o trânsito ou a sorte. Posso provocar coisas boas. Não consigo manter ninguém em segurança. Não posso influenciar o futuro e não posso remediar o passado.
       Mas que alívio." (página 186)
 

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Aurora Boreal


Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza,
Por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.

Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.

António Gedeão

                                                                                  
 
A infância é o tempo em que todas as janelas se começam a abrir.
 
 

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Reportagem especial SIC "Impossível é só um exagero para difícil."

 
Ontem apanhei uma reportagem, já iniciada, quando abri a televisão, na Sic. Sobre uma colónia de crianças cegas, em que os monitores são os seus pares: crianças que vêem.
Tinha escrito um pequeno texto para um post, pois a reportagem emocionou-me bastante.
Mas hoje descobri o vídeo, com a reportagem, que aqui fica, sem mais palavras!
Se tiverem um bocadinho, vejam, que vale a pena :)
 
 
                                  

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Marcadores - LXXII

Deram-mos no sábado.
São muito lindos:)

(A imagem digitalizada não lhes faz justiça, mas é a possível...)

                                                                                  
 
Frente

 
...e verso

 
Frente

 
...e verso

domingo, 2 de agosto de 2015

Livros e loucuras


                                                                                
 
 
Acabei de ler  A louca da casa que iniciei com algumas reservas, depois de ler algumas opiniões. Lá comecei, com o intuito de acabar antes de hoje à noite ir ouvir os escritores que vêm a Castelo Branco numa Paragem da Viagem Literária. E os escritores desta Paragem, são precisamente Rosa Montero e José Eduardo Agualusa.

Como nunca tinha lido nada de Rosa Montero e tinha comprado este livro há tempos ( depois de me terem falado  dela) , resolvi lê-lo.

Ao longo do livro achei-o às vezes interessante, outras monótono e aborrecido, outras pretensioso, outras ainda, estranho, para não dizer um bocado confuso...
Mas no final, e ligando tudo, o que prevaleceu foi o interessante. Não é um livro indispensável, mas gostei de o ler e aprendi algumas coisas sobre livros e escritores, porque se, ao longo do livro, me deparei algumas vezes com a dúvida « Isto será verdade?», a autora esclarece no final que tudo o que conta sobre outros livros ou outras pessoas, é verdadeiro, sobre a sua própria vida é que não. Este esclarecimento é importante. Para mim foi importante, para consolidar a ideia que finalmente tinha formado sobre o livro e que ao longo da leitura não conseguira decidir.

Creio que estas dúvidas me surgiram, porque a escrita o provocava intencionalmente.

Enfim, gostei do livro!

Logo, vou ouvir Rosa Montero e só depois colocarei este post, para ver se acrescento ou não alguma coisa .

Entretanto, comprei  A ridícula ideia de não voltar  a ver-te, que vou começar a ler já de seguida!

                                                                             
 
 
 
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Ouvir os autores, ao vivo, faz-nos muitas vezes perder (ou confirmar) as ideias feitas, que temos,   sobre os mesmos.
 
Destes dois autores fiquei com uma imagem bastante positiva. Gostei muito da naturalidade dos dois  e de os ouvir falar, sem pretensões, sobre os livros e os temas que lhes estão associados.
 
Foi uma Viagem Literária que valeu a pena!
 
 
(Estou a publicar este post, um dia depois de ser escrito. A Viagem Literária foi ontem. )