sábado, 31 de dezembro de 2011

Ajuda

Ajuda

Porque o amor é simples,
Vale a pena colhê-lo.
Nasce em qualquer degredo,
Cria-se em qualquer chão.
Anda não tenhas medo!
Não deixes sem amor o coração!

Miguel Torga, Poesia Completa I, pág.260
Circulo de Leitores



                                                                          

Sobre a solidão

"Talvez seja necessário também amar a solidão para conseguir não estar só. É por reencontrarem na Primavera « a sua árvore », que atravessou aquilo que erradamente possamos chamar a solidão do Inverno, que os pássaros regressam a ela na Primavera."

Marguerite Yourcenar


                                                                                   

Creedence Clearwater Revival

Recordando...

                                                                                

                                                                          


                                                                               

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Improviso

Improviso

Aos ventos que passavam,
Por não poder com elas
Atirei um punhado de palavras.
Se rápidas voavam,
Depressa regressavam
E tombavam
Como no céu, às vezes, as estrelas,
Ou pétalas de flor no chão.

E o meu poema, os ventos o dirão...

José Régio




                                                                                  

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Amália Rodrigues

Estranha forma de vida



                                                                              

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Um poema

Vida

Hoje
esta cadeira vazia
lembrou-me sonhos
que não foram.

Qu'importa?

Outros sonhos
a vida preencheram.




segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Ainda Natal

...e porque não?
Gosto de caixas de música e destas bolas com neve. Tenho algumas.
Este ano quis comprar uma, para oferecer, e não encontrei. As lojas onde comprei as minhas, em anos anteriores, este ano não tiveram.
Assim ,deixo aqui esta que ofereço a todos que são meus amigos.
Recebi-a hoje, num mail.




                                                                           

domingo, 25 de dezembro de 2011

Nana Mouskouri - De Colores





"Estou sempre alegre e essa é a melhor maneira de resolver os problemas da vida."

Charlie Chaplin
                                                                        
                                                                           

sábado, 24 de dezembro de 2011

Nana Mouskouri - A place in my heart

A place in my heart.

Boas-festas com uma música diferente.
Um lugar no coração para aqueles que amamos.




                                  

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Natal Digital

Boas Festas



No Natal passado este video circulou por mail e recebi-o várias vezes.
Este ano voltei a recebê-lo.
Acho-o criativo e original.
Aqui fica.

                                                              

Ano Novo, Vida Nova

Ontem fui ver  Ano Novo, Vida Nova.
Não tinha ouvido falar do filme e fui completamente "ao calha".
Fui arejar a cabeça.
É um filme ligeiro,  típico da época natalícia.
Engraçado, com alguns bons actores (fiquei surpreendida), despretensioso.
Distraiu-me.




 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Postal de Natal - IV

Boas festas



                                                                         

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Postal de Natal - III

Boas-festas
                                       


                                                                                  

domingo, 18 de dezembro de 2011

Postal de Natal - II

Boas-festas




Natal

Um anjo imaginado,
Um anjo dialéctico, actual,
Ergueu a mão e disse: - É noite de Natal,
Paz à imaginação!
E todo o ritual
Que antecede o milagre habitual
Perdeu a exaltação.

Em vez de excelsos hinos de confiança
No mistério divino,
E de mirra, e de incenso e oiro
Derramados
No presépio vazio,
Duas perguntas brancas, regeladas
Como a neve que cai,
E breves como o vento
Que entra por uma fresta, quezilento,
Redemoinha e sai:

À volta da lareira
Quantas almas se aquecem
Fraternamente?
Quantas desejam que o Menino venha
Ouvir humanamente
O lancinante crepitar da lenha?


Miguel Torga, Poesia Completa II, pág.686
Círculo de Leitores


                                                                            

Papusza

Há dias, num comentário a um post, as minhas amigas da Cozinha dos Vurdóns falaram na poesia de Papusza. Inicialmente pensei tratar-se de um nome masculino, mas não. É feminino. É nome de mulher. Uma mulher que segundo li quebrou as regras do seu tempo e que foi penalizada por isso. Pareceu-me uma mulher interessante. Li pouca coisa, porque não encontrei mais.
Não consegui descobrir poesia dela traduzida para português. Tenho pena. Apenas uma pequena amostra:

"Ninguém me compreende,
Só a floresta e o rio.
Aquilo de que falo
Passou, foi embora
E levando junto todo o resto...
E os anos de juventude."

Bronislawa Wajs ( Papusza)


                                                                          

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Lágrima - Gonçalo Salgueiro

  Este é para mim um dos mais lindos fados de sempre.
  Lágrima.                                                                         

                                                                                 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Solidão

Solidão

Não aprendo a lição.
A vida bem me ensina
Mas a minha atenção
Perde-se em cada esquina
Do caminho.
Adivinho
O que sei.
E nunca sei senão que me enganei
E que vou mais sozinho.

Por isso canto a dar sinal de mim
E a exorcizar o medo.
Este medo
Em segredo
que me atormenta.
Medo animal,
Primordial,
Carnal,
Que quanto mais avanço mais aumenta.

Miguel Torga, Poesia Completa II, pág.839
Círculo de leitores



Imagem retirada da Net
                                                                                 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Cantares Alentejanos

                                                                        

                                                                                  

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Postal de Natal

Boas-Festas


Natal

Um Deus à nossa medida...
A fé sempre apetecida
De ver nascer um menino
Divino
E habitual.
A transcendência à lareira
A receber da fogueira
Calor sobrenatural.


Miguel Torga, Poesia Completa II, pág.533
Círculo de Leitores
                                                                                      

domingo, 11 de dezembro de 2011

Aceno - Miguel Torga

Aceno

Longe,
Seu coração bate por mim;
E a sua mão desenha aquele afago
Que me sossega inteiro...

Longe,
A verdade serena do seu rosto
É que faz este dia verdadeiro...


Miguel Torga, Poesia Completa I, pág.100
Círculo de Leitores

                                                                               

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A Pequena Vendedora de Fósforos - Hans Christian Andersen

                                                                         

                                                                                   

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Pequenos Livros

Estes são os mais pequenos da minha biblioteca, Ana. Não são tão bonitos como os teus, porque não são antigos.
As aventuras de Tom Sawyer de Mark Twain, A Ilha do Tesouro de Stevenson, Os Lusíadas de Luís de Camões (2volumes) -  faziam parte duma colecção que saiu há uns oito ou nove anos, mas só comprei os primeiros, por graça. Depois é o livro de pensamentos Ser Feliz e o mais pequenino de 3cm por 2cm é do meu signo. E um dicionário de Português-Inglês Lilliput.
Andam por aí, algures, mais dois ou três.





                                                                           

Onde Mora a Diferença - Pintura Alemã antes e depois da queda do muro - Uma exposição em Castelo Branco

No Antigo Edifício dos CTT podem ver-se até dia 5 de Fevereiro mais duas exposições que merecem a visita.
A primeira, Onde Mora a Diferença - Pintura Alemã antes e depois da queda do muro; a segunda, China de Mauro Cerqueira.

É sobre a primeira que coloco aqui hoje um post.
Já estive duas vezes na exposição, e ainda hei-de voltar.
Da primeira vez, logo no dia a seguir à inauguração (que foi dia 25 de Novembro) tive a sorte de acompanhar um grupo que fazia uma visita guiada, com a comissária da exposição, Vanda Guerreiro. Foi uma visita enriquecida pelos comentários e pelo saber de quem conhece.




Anselm Kiefer, "Unknown solder",1974
Óleo sobre tela
(retirado do catálogo da exposição)


"A construção do Muro de Berlim comemora 50 anos em 2011. Trata-se de um símbolo da divisão das duas Alemanhas (de Leste e Ocidental) que marcou profundamente as gerações que viveram todo o período que medeia a II Guerra Mundial e o seu desmantelamento em 1989. (...)e reflecte os traumas desta realidade, que conferiram à arte um modelo próprio, localizável e diferente do que acontecia no resto da Europa e da América, como uma resposta surda ao regime ditatorial vigente no Leste. Permite-nos ainda ver como factores sociais, políticos e culturais podem influenciar tão profundamente a arte, seja nas temáticas recorrentes ou nas gramáticas utilizadas.



Markus Lupertz
"Alice in Wunderland",1980/81
Óleo sobre tela
(retirado do catálogo da exposição)
                                                                               

A História recente da pintura alemã tem um primeiro momento enquadrado pelos 30 anos do Muro de Berlim, marcado e caracterizado por uma pintura matérica, escura e pouco linear, onde pigmentos grosseiramente trabalhados transmitem sentimentos de desalento, pobreza, censura e contrariedade. O recurso à abstracção funcionou como esconderijo, principalmente no Leste, de expurga dos seus sentimentos. Este período de 60 a 80 ficou denominado por Expressionismo Abstracto.



Helmut Middendorf
"Gefuhl und Harte",1984
Acrílico sobre tela
(retirado do catálogo da exposição)
                                                                            

Após a queda do Muro desenvolveu-se a pintura figurativa, iconográfica, com uma paleta de cores alegres e o retrato de mundos idílicos, onde homens e natureza vivem em harmonia. Há lugar ao sonho com novos artistas que não vivenciaram a II Grande Guerra nem a separação das alemanhas.



Matthias Weischer
"O.T.",2001
Óleo sobre tela
(retirado do catálogo da exposição)
                                                                               

Da década de 90 aos nossos dias a arte Alemã perdeu o seu modelo próprio, integrou-se nas restantes correntes mundiais: uma arte total onde a universalidade dos meios, temas, recursos e gramáticas, estão acessíveis a todos os seus operadores. Pena é que se repitam os modelos e o paradigma.



Oehlen
"Ventilator",2001
Laca sobre tela
(retirado do catálogo da exposição)
                                                                                     

Artistas que participam na exposição: A.P. Penck; Anselm kiefer; Daniel Richter; Eberhard Havekost; Jorg Immendorff; Markus Lupertz; Martin Eder; Frank Nitsche; Gunther Forg; Helmut Middendorf; Matthias Weischer; Thomas Scheibitz; Thoralf Knobloch; Dirk Skreber; Torben Giehler; Rainer Fetting; Peter Zimmermann; Norbert Bisky e Markus Oehlen."

Texto retirado da Agenda Cultural da Câmara Municipal
                                                                                

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O Silêncio dos Livros - George Steiner / Michel Crépu - Esse vício ainda impune

Os livros já foram uma raridade acessível a poucos.
Será que um dia vai voltar a ser a mesma coisa?
Seria de certeza de forma diferente e por motivos diferentes, mas poderá acontecer?...
O Silêncio Dos Livros é um pequeno livro que aborda o tema duma forma muito interessante e coloca questões sobre o mesmo.

Que tristeza seria um mundo sem livros...

"Temos tendência a esquecer que, por serem altamente vulneráveis, os livros podem ser suprimidos ou destruídos. Como as demais produções humanas, os livros são portadores de uma história, história essa cujos primórdios continham já em germe a possibilidade ou a eventualidade de um fim.

George Steiner sublinha assim a permanência incessantemente ameaçada e a fragilidade da escrita, interessando-se paradoxalmente por aqueles que quiseram - ou querem - o fim do livro. A sua abordagem entusiástica da leitura une-se aqui a uma crítica radical das novas formas de ilusão, de intolerância e de barbárie produzidas no seio de uma sociedade dita esclarecida.

Essa fragilidade, responde Michel Crépu, não nos remeterá para um sentido íntimo da finitude que nos é transmitido precisamente pela experiência da leitura? Essa tão estranha e doce tristeza que se encontra no âmago de todos os livros como uma luz de sombra.

A nossa época está prestes a esquecer-se disto. Nunca os verdadeiros livros foram tão silenciosos."


Retirado da contra-capa do livro O Silêncio dos Livros de George Steiner
gradiva



                                                                             


"O facto novo é que esta guerra aos desacatos do vício ainda impune ( e é bom que percebamos que não vai continuar assim por muito mais tempo ), em nome do desenvolvimento e da rentabilidade tanto psicológica como comercial, é conduzida por um exército de patetas radiantes de estupidez e de uma ambição feroz. São os imbecis de que falava Bernanos. São infalivelmente reconhecíveis pelo mau gosto, pela incapacidade de usarem com bom senso e justeza  o poder  de que gozam hoje em dia. É o aspecto cómico da situação, porque, apesar de tudo, este existe: o poder mediático tem as mãos vazias, a substância  que se propõe transmitir é nula.(...)"



Michel Crépu, O Silêncio dos Livros / Esse Vício Ainda Impune,pág.68 e 69
gradiva

                                                                                

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A Eterna Mafalda!

Gostei!


                                                                               

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

As Cegonhas

As Cegonhas em Cáceres

Reencontra o som
que ficou
por entre as palavras

E nessa torre instala-te
soberanamente
uma entre outras cegonhas


Manuel Silva-Terra, o que sobra, pág.10
Casa do Sul



                                                             
                                             Em Castelo Branco


Junto à estação dos caminhos de ferro, quase ao nível dos nossos olhos.
Tão perto
Convivem pacificamente com o movimento diário de carros e combóios.


Junto a estação


Um pouco mais longe


Dentro do gradeamento do Antigo Liceu


Também


As fotografias foram tiradas hoje.
Há anos que muitas cegonhas permanecem todo o ano na cidade.
Não partem no Inverno





Nestes últimos dias em que esteve sol, quando ía para a escola depois do almoço via junto à estação de caminho de ferro os ninhos cheios de cegonhas, provavelmente a descansar e a desfrutar do sol, após uma manhã de "trabalho" à procura de comida ( digo eu, que pouco sei dos hábitos das cegonhas). Tinha uma enorme vontade de parar para as fotografar. Mas não pude, porque além de ir em cima da hora, para o trabalho, ali é proibido estacionar.
Então fui lá hoje, mas não as apanhei todas (era mais cedo) e além disso o céu estava esmorecido, sem o azul bonito dos últimos dias, nem o brilho do sol no ar.
Mas satisfiz esta vontade. Qualquer dia vou outra vez fotografá-las. Estão por cá todo o ano!
                                                                              
                                                                               

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Habemus Papam - Temos Papa

Temos Papa - Nanni Moretti

Ontem (terça-feira) fui ver o filme Habemus Papam - Temos Papa de Nanni Moretti, que passou no Cine-Teatro Avenida.
Diverti-me, ri-me, fez-me pensar...
Um filme muito bonito e que vale a pena ver.
Gostei.


                                                                                                                                                        

" O novo papa sofre um ataque de pânico no momento em que é suposto aparecer na varanda da Praça de São Pedro para saudar os fiéis, que esperaram pacientemente o veredicto do conclave. Os seus conselheiros, incapazes de o convencer de que ele é o homem certo para o cargo, procuram a ajuda de um conhecido psicanalista (e ateísta). Mas o medo da responsabilidade que a confiança que lhe foi depositada representa é algo que só ele mesmo poderá enfrentar."

(Retirado da agenda cultural da Câmara Municipal)


"Fui ver Habemus Papam. Gostei, ri-me. Ridiculariza a parte do conclave em si, mas traz muitas interrogações." - José Manuel Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda, em entrevista ao Público.

"Um filme deliciosamente psicanalítico. Uma fábula moral sobre o peso da responsabilidade religiosa, tanto mais tocante quanto Moretti sabe dosear o seu inconfundível humor com a densidade de um genuíno testemunho existencial." - João Lopes, Diário de Notícias

"Um dos mais belos filmes de Nanni Moretti." - Le Monde

"A permissa de Moretti é sedutora, quase brilhante. O Papa morre e o conclave elege o seu sucessor, o Cardeal Melville, interpretado com perfeita sensibilidade pelo actor Mechel Piccoli." - The Guardian

(Retirado da folha de informação, fornecida no Teatro)
                                                                                 
                                                                                         

Mercedes Sosa - Todo Cambia



terça-feira, 29 de novembro de 2011

Âncora - António Salvado

Âncora

A minha confiança mora em ti,
em ti descansam praias e desejos:

em ti foi alveado o cais da ilha
onde aportam regalos e desvelos.


O Sol de Psara, António Salvado, pág.17
Editora Licorne




Retrato de Olga
Picasso
                                                                                    

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Charlie Chaplin - Um pensamento VII



"Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas ou pelos bens que possui; o verdadeiro valor de um homem é o seu carácter, as suas ideias e a nobreza dos seus ideais."

Charlie Chaplin 
                                                                           

domingo, 27 de novembro de 2011

O Lago dos Cisnes no Cine-Teatro Avenida em Castelo Branco

                                                                                   

Fui ver O Lago dos Cisnes ao Cine-Teatro Avenida.
Já tinha visto uma vez, no Coliseu, em Lisboa. Foi a primeira vez que vi um bailado ao vivo e  fiquei encantada.
Sempre gostei de bailado e via na televisão. Tinha algures nos sonhos da infância, a concretizar, a secreta esperança de um dia também ser uma bailarina - como têm quase todas as meninas.
Não fui.
Mas também queria ser artista - pintora, escultora - e não sou.
Também queria ser outras coisas que não fui.

Sou professora.

Gosto do meu trabalho, mas ao fim de quase trinta anos existe algum cansaço que a perspectiva de um futuro incerto agrava.


Adorei o bailado.

                                                                                        
                                                                                    
                                                                                   
                                                                              

Fado : Património da Humanidade

FADO: património imaterial da humanidade
Ontem e hoje e sempre: o FADO


Ontem: Amália e "O namorico da Rita"
                                                                                    



Hoje: Carminho e "A Bia da Mouraria
                                                                         
                                                     

Cuca Roseta

"Tortura"

                                                                                   
                                                                                    

sábado, 26 de novembro de 2011

Ana Moura e Jorge Fernando

"Creio"


                                                                                
                                                                                 

Como as crianças...

Contra a fome.


                                                                            

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Dois novos livros de António Salvado

     "No próximo dia 25, sexta-feira, na Biblioteca Nacional de Castelo Branco, terá lugar pelas 18 horas a apresentação dos dois recentes livros do poeta António Salvado: «A Ilha de Psara» e «Conjunto de Sonetos seguido de Novo Livro de Odes e Redondilhas».
     Natural de Castelo Branco, António Salvado é Licenciado em Letras pela Universidade Clássica de Lisboa e tem repartido as suas atividades profissionais pelo ensino e pela museologia. Poeta, ensaísta, antologista, tradutor, diretor de publicações literárias, muitos dos seus poemas integram importantes antologias portuguesas e estrangeiras, encontrando-se traduzido em várias línguas(...)."

Retirado do jornal Povo da Beira de 22 de Novembro de 2011 pág.18




Infância

Do coração se nutrem as ruínas.
Os brinquedos deixados na saudade:
Bonecos desenhados na parede
da ternura e nas pétalas do riso.

A ressurgida voz emudecida
que falava das fadas e do medo:

O sussurro murmúrio do jardim,
semeador memória de pureza.

Do coração se nutre a velha casa.


António Salvado, Interior à Luz, pág.47



Thomas Gainsborough
                                                                                

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Ler

«Ler devia ser proibido»


                                                                                    

                     

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Charlie Chaplin - um pensamento VI


"A felicidade é composta de pequenos prazeres."

Charlie Chaplin
                                                 
                                                                       

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Uma linda declaração de amor!

Hoje à tarde, depois do último intervalo, o Guilherme chegou ao pé de mim e escondidinho dos colegas, disse:
- Ó professora, olha aqui...
Eu olhei e vi um papel com um coração vermelho, pintado num fundo de várias cores e com um recadinho lá dentro ( Amo-te Guilherme! Beijo! Andreia )

Que coisa mais linda, sabendo eu de quem vinha...

Perguntei ao Guilherme:
- Então e diz lá Guilherme, é correspondida?
- O quê, professora?!...
- Se tu também gostas dela...

Fez um olhar meigo e maroto e abanou a cabeça ,com um sorriso , afirmando que sim...

Pedi-lhe o recadinho emprestado, pois pensei que não se ía importar nada.
Qual quê!
Emprestar-mo foi um especial favor!




Gosto de pensar que não se vão perder de vista e que daqui por quinze anos, mais ou menos, vai nascer um grande amor para toda a vida.
É possível não é?...
Os dois são uns amores.
                                                                            

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Cidália Moreira - Fado cigano

Primeiro Amor ( vinte anos)
Na voz de Cidália Moreira


                                                                              

domingo, 20 de novembro de 2011

Um poema e uma música

Poema de Alberto Caeiro


Ontem à tarde um homem das cidades
Falava à porta da estalagem.
Falava comigo também.
Falava da justiça e da luta para haver justiça
E dos operários que sofrem,
E do trabalho constante e dos que têm fome,
E dos ricos, que só têm costas para isso.

E, olhando para mim viu-me lágrimas nos olhos
E sorriu com agrado, julgando que eu sentia
O ódio que ele sentia, e a compaixão
Que ele dizia que sentia.

(Mas eu mal o estava ouvindo.
Que me importam a mim os homens
E o que sofrem ou supõem que sofrem?
Sejam como eu - não sofrerão.
Todo o mal do mundo vem de nos importarmos uns com os outros,
Quer para fazer bem, quer para fazer mal.
A nossa alma e o céu e a terra bastam-nos.
Querer mais é perder isto e ser infeliz.)

Eu no que estava pensando
Quando o amigo de gente falava
(E isso me comoveu até às lágrimas),
Era em como o murmúrio longínquo dos chocalhos
A esse entardecer
Não parecia os sinos duma capela pequenina
A que fossem à missa as flores e os regatos
E as almas simples como a minha.

(Louvado seja Deus que não sou bom,
E tenho o egoísmo natural das flores
E dos rios que seguem o seu caminho
Preocupados sem o saber
Só com o florir e ir correndo.
É essa a única missão do Mundo,
Essa - existir claramente,
E saber fazê-lo sem pensar nisso. )

E o homem calara-se, olhando o poente.
Mas que tem com o poente quem odeia e ama?


Fernando Pessoa, Obra Poética, II Volume, pág.33
Círculo de Leitores




                                      Jorge Fernando, Boa noite solidão

                                                                         

sábado, 19 de novembro de 2011

Lila Downs canta em português - Um fado

Lila Downs canta Foi na Travessa da Palha.
Um fado com uma roupagem diferente.
Muito bonito.


                                                                        

Mazgani - Song of The Distance


Fui ver e ADOREI.
Uma voz magnífica e as canções excelentes, do rock à balada.
5 estrelas!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Mazgani no Cine-Teatro Avenida em Castelo Branco

Hoje à noite ( sexta-feira) vou ouvir Mazgani, que estará no Cine-Teatro Avenida em Castelo Branco.

"Mazgani é um cantautor, que deu início à sua carreira com a edição do álbum «Song of the new heart» no final de 2007. Um debut aclamado pela crítica especializada, com grandes canções, de belas melodias e uma poesia que dificilmente se enquadram no facto de ser somente um primeiro disco.

Shahryar Mazgani começou a cantar em 2004, contando Leonard Cohen, Nick Cave e Tom Waits como pontos de referência da sua voz artística. Para além da poesia e da intensidade dos seus temas, Mazgani conta com uma presença em palco digna dessas mesmas referências."


(Retirado da Agenda Cultural da Câmara Municipal de Castelo Branco)