domingo, 30 de dezembro de 2012

Condição de artista


"- Vai!
Corre o mundo
encostado
a um bordão de esperanças!

Hão-de ferir-te os pés
as pedras dos caminhos.
Mas entenderás a conversa dos ninhos
e o riso das crianças."


Saúl Dias
Retirado de Júlio - Saúl Dias o universo da invenção, pág.88
Maria João Fernandes
Imprensa Nacional Casa da Moeda


 
Júlio
Desenho da série «Poeta»
1938. Tinta-da-china sobre papel
                                                                     

sábado, 29 de dezembro de 2012

A vida de Pi


Hoje (já ontem) fui ao cinema ver A vida de Pi.
Tinha lido críticas muito favoráveis ao livro (ainda hoje reli algumas) e foi isso que me levou ao cinema.
Não li o livro, mas gostei muito do filme.
Uma história impressionante que nos leva a pensar no que seriamos capazes de fazer para sobreviver, quando se atingiram todos os limites.Na nossa capacidade criativa quando a sobrevivência está em causa. Na força e na resistência que nos sustenta e nos move em situações de extrema adversidade.
 Mas também uma história de fé, de coragem e de esperança.
É um filme  muito bonito.
O final: entre a realidade e a imaginação (apenas) uma história de sobrevivência.

Um filme que vale a pena ver.



                                                                                  

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Marcadores - XXI


Nos últimos dias recebi muitos marcadores para a minha colecção...




 
 
Obrigada!
                                                                                      

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Tradições e Costumes da Beira


"Natal
Madeiro / Missa do Galo / Filhós

     Noite, geralmente fria, árvores descarnadas a erguerem os braços para o céu, campos desertos, caminhos sem viandantes (a não ser os que à última hora recolhem a pátrios lares), a véspera de Natal tem não sei quê de unção, de poesia, que a todos, cristãos, ou livres-pensadores, crentes ou ateus, faz reunir, vindo das maiores distâncias, no conchego e convívio santo da família.
     
      E o nosso povo, fiel de velhas e lindas tradições, vai hoje, para honra e louvor do Menino Jesus, e para que os pobrezinhos tenham onde se aquecer, colocar no adro da Igreja grandes troncos de árvores que arderão, e morrerão em vivo braseiro, durante todo o ciclo do Natal.

      Em Castelo Branco, como em grande número de povoações da Beira Baixa, são os rapazes que, aproveitando o primeiro carro de bois ou carroça de muares que se lhes depara na via pública, fazem o transporte dos madeiros.

      Em Idanha-a-Nova, são as mordomias de São João, do Espírito Santo, etc. constituídas por gente moça, que enfeitando os carros e os bois com grandes fitas multicolores, entre vivas aos santos da sua devoção, e acompanhados de uma grande caldeira de cobre ou de uma cântara cheia de vinho de onde todos bebem por um copo de lata ou de esmalte com asa, vão carregar grandes troncos de velhas árvores que hão-de arder no adro da igreja ou junto das capelas daqueles santos.

      Em Castelo Branco e em Idanha-a-Nova, como em todas as localidades que pertencem ao bispado de Portalegre, durante toda a noite de Natal, especialmente à entrada e à saída da missa da meia noite, "missa do galo", não cessa a romaria ou visita ao madeiro, sucedendo-se , uns aos outros, alegres grupos a entoar, com a canção que segue (1), hossanas ao Salvador:

Ó meu Menino Jesus!
Ó meu Menino tão belo!
Logo viestes nascer
Na noite do caramelo.

Ó meu Menino Jesus!
Convosco é que eu 'stou bem,
Nada deste mundo quero,
Nada me parece bem.

Entrai, pastores, entrai,
Por esse portal sagrado,
Vinde a adorar o Menino
Numas palhinhas deitado.

Entrai, pastores, entrai
Por esses portais adentro,
Vinde adorar o Menino.
No santo Nascimento.

Alegram-se os céus e a terra,
Cantemos com alegria,
Que já nasceu o Menino
Filho da Virgem Maria.

Todos os filhos dos ricos
Dormem em lençóis doirados (em leito dourado)
Só vós, meu Menino Jesus,
Numas palhinhas deitado.

Todos os filhos dos ricos
Têm belos travesseiros,
Só vós, meu Menino Jesus,
Preso a esse madeiro.

De quem são as camisinhas
Que a Senhora está a lavar?
São do Menino Jesus
Qu'inda está por baptizar.

       Respeitando a tradição, muito pobrezinha há-de ser a casa que, na noite de Natal, não tenha na lareira abundante braseiro, e não faça filhós, bolos muito espalmados de massa  de farinha e ovos fritos em azeite.

(1) Segundo o Dr. J. Leite de Vasconcellos estes cantos devem pertencer a um antigo auto do Natal."


Tradições e Costumes da Beira, recolhas de Jaime Lopes Dias, pág.115 a 117
Alma Azul



http://pt.wikipedia.org/wiki/Madeiros


 
 

Madeiro de Natal

Em Castelo Branco ainda se cumpre a tradição do Madeiro.
A fogueira costumava manter-se acesa até ao Dia de Ano Novo.
Ontem à noite já não saí, mas fotografei hoje, 25 de Dezembro.


 
No sábado, o Madeiro pronto a arder!
Junto da Sé.

 
Hoje à tarde

 
A Sé

 
No Largo da Sé

 
A fogueira junto da Igreja do Espírito Santo.
Hoje à tarde

 
À noite

 
A Igreja do Espírito Santo

                                                                              

domingo, 23 de dezembro de 2012

Boas Festas


FELIZ NATAL!

 
 
 
Eu hei-de dar ao Menino
Cinco pedras preciosas
Cada pedra cinco quinas
Cada quina cinco rosas.
 
(Popular)
                                                                        

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Norah Jones

Bom dia com música...
 
 
                                                                                   

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Parabéns Maria!


Que tenhas um dia feliz!


                                                                               

                                                                                     

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

É Natal


É Natal
E nos corações paira
A intenção da bondade...


 
Almoço do Trolha, Júlio Pomar
                                                                                       

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Feliz Natal! II


Castelo Branco à noite.
Nas Docas.






                                                                              

domingo, 16 de dezembro de 2012

Quebra Nozes no Cine-Teatro Avenida

 
É hoje, no Cine-Teatro Avenida, pelas 17 horas.
Quebra Nozes, pelo Russian Classical Ballet.
 
 
                                                                             

Marcadores - XX


Anjinho-clip-marcador.
Catita!
Ganhei-o hoje.


                                                                          

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Feliz Natal!


Hoje ganhei um presépio pequenino, para juntar aos que tenho.
Foi um presente inesperado.
Adorei e dou-lhe valor porque foi feito pelas mãos de quem mo ofereceu.
Feliz Natal!



                                                                                   

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O Gebo e a Sombra

 
Fui ver, ontem.
 
 
"A vida humana não chega a cem anos
Muitas vezes tem mil anos de desgosto"
(...)
 
Han-Shan
                                                                                  

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

As Palavras


"AS PALAVRAS

O preço de uma pessoa vê-se na maneira como gosta de usar as palavras.
Lê-se nos olhos das pessoas. As palavras dançam nos olhos das pessoas
Conforme o palco dos olhos de cada um.


 
CENTENÁRIO DAS PALAVRAS
 
Todos os dias faz anos que foram inventadas as palavras.
É preciso festejar todos os dias o centenário das palavras."
 
 
Almada Negreiros, Obra Completa, pág.175/176
Editora Nova Aguilar
 
 
 
Myra Landau
                                                                           

domingo, 9 de dezembro de 2012

Sarah Affonso e Almada Negreiros


conversas com sarah affonso, um livro ( que veio da Livraria Lumière) muito interessante, em que Maria José Almada Negreiros, nora de Sarah Affonso e Almada Negreiros publica conversas informais com a sogra , como se de uma entrevista se tratasse.
Sarah Affonso fala de Almada  - o homem e o pintor - e da vida que partilharam, da época que viveram e também de alguns amigos com quem conviveram - nomeadamente Fernando Pessoa, Amadeu Sousa Cardoso, Santa Rita, Mário de Sá Carneiro...
Um livro que se lê com muito interesse, com histórias vividas e contadas na primeira pessoa.


 
 
"Lembrei-me de começar a gravar aquelas conversas mas não me dava muito jeito, - perante a naturalidade em que tudo decorria e com um interesse que talvez viesse dessa mesma naturalidade - que desse a impressão, que poderia ser ridícula, da nora a entrevistar a sogra. Recorri então a um gravador « clandestino ».
...Procurei, em todo o livro, manter a simplicidade com que foi ditado, respeitando escrupulosamente a gravação. De outro modo creio que não se justificaria porque ele só pode ter interesse na verdade que têm as coisas que são ditas sem estar a pensar na posteridade."
 
Maria José Almada Negreiros, na contra-capa do livro
 

 
Uma foto de Sarah Affonso Com Almada Negreiros
Uma, de várias que o livro apresenta
 
 
"Vinha cheio de esperança de Espanha e aqui não há entusiasmo por nada, não se acredita em nada.
- Aí é que está. As pessoas não acreditam, nem vibram, a não ser quando se trata de negociozinhos"
(pág.72 )
 
"Outra vez o médico disse-lhe « Almada, você já não está novo, devia fazer umas economias para a velhice » . - « Fazer economias!! Eu tenho tanta fé na minha estrela, a minha estrela que há-de brilhar ainda quando eu já cá não estiver » . (pág. 74)
 
"O José [...]Não se prendia pelo dinheiro, apesar de precisar de dinheiro como toda a gente. Tinha coragem demais para a vida.[...]era um homem sério. Um artista mais puro..." (pág. 76)
 
"- Não ligava à obra depois de feita?
- Ligava. « Este gostava de ficar com ele, gosto dele». Mas vinha alguém que também gostava e ele dava. Dava com muita facilidade e a toda a gente." 
 ( pág.80)
 
"- E não viste em Barcelona como é que eles tiravam os frescos dum lado para o outro, frescos de centenas de anos? Era muito engraçado! Colam umas sarapilheiras à superfície do fresco. Deixam secar a cola, e enrolam-se em rolo, despregando os frescos da parede. Para o pôr noutro sítio, põe-se massa na parede e deixa-se secar. Depois de estar seco, com água amolecem os panos e retiram-nos. A cola sai e o que fica é só a superfície intacta do fresco!
- E as cores não ficam estragadas com esses tratamentos?
- Não, porque as cores do fresco são as cores mais resistentes que existem. Aguentam o sol, a proximidade do mar, as centenas de anos, os calores dos vulcões." (pág.91)
 
"- «A alegria é a coisa mais séria da vida» dizia ele." (pág.97)
 
" O José era uma pessoa muito especial. Ele criava a sua atitude na vida, não era só fazer bem arte, era a própria vida, aperfeiçoava-se, e era duma generosidade e duma bondade!" (pág.116)
 
 
Citações retiradas do livro referido.
conversas com sara affonso, Maria José Almada Negreiros
Editora Arcádia
Edição Março de 1982
           
                                                                                    

sábado, 8 de dezembro de 2012

Marcadores - XIX


Mais uns marcadores para a colecção.
Antes de irem para a caixa...



 
Oferta de uma sobrinha
 
 

 
Obrigada MR
 
 

 
Obrigada Cláudia
                                                                         

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Entre a ficção e a realidade

 
 
 
 
Se me puderes ouvir
 
O poder ainda puro das tuas mãos
é mesmo agora o que mais me comove
descobrem devagar um destino que passa
e não passa por aqui
 
à mesa do café trocamos palavras
que trazem harmonias
tantas vezes negadas:
aquilo que nem ao vento sequer
segredamos
 
mas se hoje me puderes ouvir
recomeça, medita numa viagem longa
ou num amor
talvez o mais belo
 
José Tolentino Mendonça, A Noite Abre Meus Olhos, pág.115
Assírio & Alvim
                                                                                 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Quem paga o estado social em Portugal?


Recebi por mail.
Não conheço o livro, mas fiquei com vontade de ler.


                                                                               

domingo, 2 de dezembro de 2012

Um raio de sol! - II (O homem que plantava árvores)

 
Muito obrigada Deep, do Blogue letras são papéis, por me ter indicado este belíssimo filme.
O livro de que falei num post anterior , O homem que plantava árvores de Jean Giono.

                                                                         
 
 
Para a Maria João
                                                                             

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Pedro Abrunhosa no Cine-Teatro Avenida


Na próxima sexta-feira, dia 30, aqui em Castelo Branco...


                                                                             

                                                                                

domingo, 25 de novembro de 2012

No Forum...


Já há de novo um ar de Natal!
Infelizmente, este ano mais pobre e mais duro.
( Com a esperança de que o país melhore ).


                                                                               

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O Farol


Recebi este pequeno filme por mail.
Achei tão bonito!
Sobre o amor entre pai e filho.
É uma ternura.
Aqui fica...


                                                                               

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Respiro teu nome

                                       

Respiro teu nome.
Que brisa tão pura
Súbito circula
no meu coração!

Respiro teu nome.
Repentinamente,
de mim se desprende
a voz da canção.

Respiro teu nome.
Que nome? Procuro...
- Ah! teu nome é tudo.
E é tudo ilusão.


Respiro teu nome.
Sorte. Vida. Tempo.
Meu contentamento
é límpido e vão.

Respiro teu nome.
Mas teu nome passa.
Alto é o sonho. Rasa,
minha breve mão.


Cecília Meireles, Obra Poética, pág.638
Aguilar Editora



 


                                                                       

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Cheiro de alfazema!


Ainda se fazem e vendem, os raminhos de alfazema para colocar nas gavetas e armários.
Cheiram tão bem!



                                                                      

domingo, 18 de novembro de 2012

Magia!


Recebi por mail.
Quanta criatividade!


                                                                       

sábado, 17 de novembro de 2012

Um raio de sol!


O Homem que plantava árvores, de Jean Giono, é um livrinho simplesmente maravilhoso, que uma querida amiga me ofereceu.
Lê-se de fio a pavio. Tem umas ilustrações que são um encanto. E fala de um homem com uma alma generosa.
Uma boa leitura para um dia de chuva!


                                                                                      

" Para que o carácter de um ser humano revele qualidades verdadeiramente excepcionais, é preciso ter a sorte de o ver em acção durante muitos anos. Se esta acção estiver despida de egoísmo, se a ideia que a guia for de uma generosidade sem exemplo, se for indubitável que não pretende qualquer recompensa e, além disso, ainda deixar marcas visíveis no mundo, nesse caso estamos, sem dúvida alguma, perante um carácter excepcional." (pág. 5)

"Quando pensamos que tudo aquilo nasceu das mãos e da alma deste homem - sem quaisquer meios técnicos - apercebemo-nos que o Homem poderia ser tão eficaz como Deus noutras áreas além da destruição." (pág.19)

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Dum lado e do outro da vida...

 
Histórias da Maria-dos-olhos grandes e do Zé Pimpão


 
 
...Quando voltaram à noite
Maria-dos-olhos-grandes
com uns olhos de ver mundo
trazia o mundo nos olhos
para dizer ao Zé Pimpão:
Zé Pimpão vamos fazer
que haja um só lado do mundo
ou só o lado de cá
ou só o lado de lá
Zé Pimpão eu queria o mundo
com todos do mesmo lado
Se não há jardins para todos
vou dividir os canteiros
se os canteiros não chegarem
uma flor para cada um
e se as flores forem poucas
há pétalas
enfim há cheiro
mas todos terão igual.
 
 
Canuto Jorge Glória
 
 
 
Para a Cláudia
                                                                                  

domingo, 11 de novembro de 2012

My Way

 
Música para um fim de domingo, que trouxe o sol de S. Martinho!
Boa semana!
 
 

sábado, 10 de novembro de 2012

Tempo de magustos!


Magusto na escola.



"No meu bolso guardei
meia dúzia de castanhas
de tão quentes que estão
ainda queimo a minha mão.

Vou dá-las ao pai
vou dá-las à mãe
castanhas quentinhas
que sabem tão bem!"







 
 
 
Pelo S. Martinho mata o porquinho, prova o teu vinho e não te esqueças do vizinho (de dar aos pobres).
                                                                              

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Aprendizagem

 
Aprendizagem
 
Da morte quero conhecer o sentido profundo,
para melhor compreender
a vida que me deram
e o mundo.
 
Palpar a morte, ouvir
sua mensagem secreta, inviolável...
Com ela estremecer,
cheio de pavor e amor!
 
Um morto quero ver
a diluir-se em nada,
a libertar-se do nada
que foi no mundo...
 
A morte, sim, pretendo conhecer,
e com ela vibrar
e com ela chorar
flageladoras e reveladoras lágrimas...
 
- Para depois melhor poder viver
e aceitar então, sereno e calmo,
aquilo que o destino me trouxer.
 
 
Luís Amaro, Diário Íntimo, pág.40
Editora Licorne
 

  
Il Divo - Amazing Grace

                                                                          

domingo, 4 de novembro de 2012

Poema Das Árvores


As árvores crescem sós. E a sós florescem.

Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.

Crescendo deitam ramos, e os ramos outros ramos,
e deles nascem folhas, e as folhas multiplicam-se.

Depois por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.

E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
Sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
Sempre sós.

Os animais são outra coisa.
Contactam-se, penetram-se, trespassam-se,
fazem amor e ódio, e vão à vida
como se nada fosse.

As árvores, não.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorassem;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.

Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
a crescer e a florir sem consciência.

Virtude vegetal viver a sós
e entretanto dar flores.


António Gedeão


                                                                                   

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Frederico


Para o Ratinho Poeta e o Ouricinho Dan do Falcão de Jade, dois bichinhos que fazem as delícias das suas fãs ( eu sou uma delas, claro!).


Uma história de Leo Lionni, editada pela Kalandraka.
Um mimo!


 
O Livro
                                                                             


 
Versão em inglês ( mais bonita )
 
 
 
 
Versão em português
                                                                             

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Queixa da Moça Arrependida



A São Francisco de Assis
Fui pedir perdão na igreja
Por ter matado os ratinhos.

Meus brocados do Oriente!
Meus panos de seda antiga!
Tudo roíam, roíam...

Só São Francisco de Assis,
Que de bichinhos e panos
Desde menino entendia,
Só São Francisco de Assis
Me perdoar poderia.

Mas quando me ajoelhei
Junto aos pés do santo, vi
Que um rato os pés lhe roía.
O santo olhava e sorria.

Ribeiro Couto, Longe, pág.66
Edição « Livros do Brasil» Lisboa


 
Imagem retirada do livro Frederico de Leo Lionni
Editora Kalandraka
                                                                          
                                                                                      

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Estrela de Outono




 
 
Chão de estrelas caídas
num tempo morno a chorar
Deixam nas árvores despidas
ausência de luz a brilhar.
 
Outono
 
 
 
 
A imagem "estrelas no chão" é do Mar Arável, que a deixou num comentário ao post anterior.
 
                                                                          

domingo, 28 de outubro de 2012

Tons de Outono



Hoje, de manhã...