Tem razão...mas em parte também concordo muito com a frase de Ezra Pound. Por vezes até a leitura do mesmo livro, em alturas diferentes da vida, entendemo-lo de maneira diferente. São as nossas vivências que mudam a forma de o entender. Parece-me...
Também não sei se concordo inteiramente com a citação. Senão, ficaríamos com as nossas leituras muito reduzidas. Parece-me... Desse ponto de vista, parece-me que Dostoievsky não teria muitos leitores que compreendessem os seus livros... Só um exemplo.
Bem, concordo...mas o autor também diz "uma parte". Talvez a nível de sentimentos, não de situações, porque embora os tempos sejam outros, as dores e as alegrias podem ser semelhantes: a morte, um nascimento, o amor, a amizade, a impotência perante uma injustiça...
É verdade. Por isso é que, nos nossos dias, há cada vez menos profundidade nos livros. Precisamente porque se vive pouco. E porque, geralmente, quem escreve não sabe o que é viver. O que remete para Platão (supostamente) e para a sua afirmação sobre a filosofia ser possível apenas depois dos quarenta. Ou para o mais recente António Lobo Antunes, especialista em disparates, mas que de vez em quando acerta uma e que diz que não há romances aos 24 anos (ou coisa parecida). E não há, pelo menos agora. O resto é conversa. Porque quase tudo o que aí anda é vulgar. E só anda porque falta pudor a quem escreve e edita sem saber como, ou sabendo-o bem demais. Raramente aparecem umas excepções mas, lá está, viveram umas coisas antes de escreverem. Tal como fez Ezra Pound ou outros antes dele. Agora, nos nossos dias, Wordsworth, Rimbaud, Shelley e por aí já não se fazem. Só sucedâneos. Razão mais do que suficiente para não perdermos muito tempo com o que se escreve agora (salvo umas honrosas excepções), porque há um passado todo para ler.- João de Vaz.
Mas tamjbém se pode imaginar... É o que fazem os actores ao meterem-se na pele das personagens que vão desempenhar.
ResponderEliminarBoa noite!
Tem razão...mas em parte também concordo muito com a frase de Ezra Pound. Por vezes até a leitura do mesmo livro, em alturas diferentes da vida, entendemo-lo de maneira diferente. São as nossas vivências que mudam a forma de o entender. Parece-me...
EliminarUma boa noite!
Não concordo inteiramente com a citação. Mas claro as vivências são importantes.
ResponderEliminarJá i uns marcadores giros. Sortuda!:)))
Beijinho. :))
Inteiramente...também não digo, mas o que vivemos ou não, condiciona a nossa forma de interpretar uma leitura.
EliminarOs marcadores são mais umas ofertas. Alguns deram-mos agora.
Um beijinho :)
Nada como viver, para contá-la... como diria Gabriel Garcia Marquez...
ResponderEliminarnão poderia estar mais de acordo, Isabel.
Beijinhos
Ana
Estamos mais ou menos todos de acordo (ou quase).
EliminarBeijinhos e continuação de boa semana:)
Também não sei se concordo inteiramente com a citação. Senão, ficaríamos com as nossas leituras muito reduzidas. Parece-me...
ResponderEliminarDesse ponto de vista, parece-me que Dostoievsky não teria muitos leitores que compreendessem os seus livros... Só um exemplo.
Bem, concordo...mas o autor também diz "uma parte". Talvez a nível de sentimentos, não de situações, porque embora os tempos sejam outros, as dores e as alegrias podem ser semelhantes: a morte, um nascimento, o amor, a amizade, a impotência perante uma injustiça...
EliminarNão sei...
É verdade. Por isso é que, nos nossos dias, há cada vez menos profundidade nos livros. Precisamente porque se vive pouco. E porque, geralmente, quem escreve não sabe o que é viver. O que remete para Platão (supostamente) e para a sua afirmação sobre a filosofia ser possível apenas depois dos quarenta. Ou para o mais recente António Lobo Antunes, especialista em disparates, mas que de vez em quando acerta uma e que diz que não há romances aos 24 anos (ou coisa parecida). E não há, pelo menos agora. O resto é conversa. Porque quase tudo o que aí anda é vulgar. E só anda porque falta pudor a quem escreve e edita sem saber como, ou sabendo-o bem demais. Raramente aparecem umas excepções mas, lá está, viveram umas coisas antes de escreverem. Tal como fez Ezra Pound ou outros antes dele. Agora, nos nossos dias, Wordsworth, Rimbaud, Shelley e por aí já não se fazem. Só sucedâneos. Razão mais do que suficiente para não perdermos muito tempo com o que se escreve agora (salvo umas honrosas excepções), porque há um passado todo para ler.- João de Vaz.
ResponderEliminarEstou de acordo em quase tudo...excepto no que diz respeito a António Lobo Antunes, escritor de que gosto!
EliminarBoa semaninha, João:)