sexta-feira, 5 de agosto de 2016

No tempo das brincadeiras na rua...

                                                                             
 
Tinha seis ou sete  anos e nunca tinha visto televisão.
Não sei exactamente qual foi o primeiro dia em que fui ver televisão pela primeira vez.
Havia apenas duas na minha rua. Uma dessas televisões estava nesta casa.
Sei que durante algum tempo eu e os meus irmãos íamos aqui, a "casa da Senhô Júlia" ver o Bonanza, o Chaparral e outros filmes, à noite, creio que nas férias de Verão. Nós morávamos um pouco mais abaixo.
 
Até que um dia, chegou uma televisão a minha casa. O meu pai tinha-a comprado e foi uma surpresa.
Lembro-me do primeiro dia de televisão em minha casa. Foi uma alegria inesquecível!
Nesse primeiro dia, estive a tarde toda a espreitar a "mira" da televisão. Não dava nada, porque naquele tempo a emissão só começava lá para a tardinha. Mas estava uma imagem parada, no ecrã e ouvia-se música (pelo menos é assim que recordo este primeiro dia).
 
Depois a emissão abria com ...
 
 
Saudade...
 

33 comentários:

  1. As emissões nacionais fazem anos um dia depois de mim (embora tenham mais dez anos)! Em todos os aniversários tínhamos o Festival da Canção. Inimaginável hoje, para a maioria da juventude, apenas dois canais e a preto e branco. Uma prima minha velhota dizia que a chegada do homem à lua tinha sido feito em estúdio, que nada daquilo era verdade (ela também dizia que o açúcar branco era feito de bocadinhos de vidro para dar brilho: o amarelo é que era bom!!)
    Quando vi pela primeira vez numa reprise qualquer a entrada do "Bonanza" a cores até me assustei ;-) Bom fim de semana!

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    1. Ainda hoje há muitos velhinhos que não acreditam na chegada do homem à Lua. Na aldeia da minha mãe, por exemplo, isso acontece.

      Achei muita piada a essa ideia do açúcar branco!

      Na verdade o mundo evoluiu tanto nas últimas décadas, que o nosso tempo, para os mais jovens, é pré-história!

      Bom feriado:) ( e peço desculpa pelo atraso na resposta ao comentário, mas estive uns dias de férias e tenho tido uns dias ocupados.)

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  2. Lembro-me perfeitamente do Bonanza! Não perdia um episódio. Já do Chaparral, não tenho ideia.
    Recordações que nunca esquecem.

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    1. Também não perdia um episódio. As duas séries são da mesma época.

      Tempos giros, como deveria ser sempre, para todas as crianças, o tempo da infância:)

      (Desculpe o atraso na resposta ao comentário, Catarina.)

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  3. Uma terna recordação!
    Apenas me lembro, de também ir ver televisão
    a casa de uma vizinha que morava no outro lado
    da rua. Sim, uma certa saudade...
    Bom fim de semana.

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    1. Naquela altura, acho que os vizinhos conviviam mais. Era giro.

      Bom feriado e peço desculpa pelo atraso na resposta ao seu comentário.

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  4. Oi, Isabel, também lembro desse primeiro dia, tudo tão misterioso, tínhamos as imagens, tudo certinho, mas a curiosidade como eram as coisas ficaram no ar... E hoje lidamos com o maior mistério de todos os tempos, penso eu, a Internet. A comunicação sai imediata com o mundo inteiro!! Nunca imaginei isso na minha vida, até hoje fico estarrecida, como pode? rsss
    Essas lembranças dos tempos de criança são ótimas, inesquecíveis.
    Gostei de te receber, amiga, obrigada pelos carinhos espalhados pelo meu canto!
    Beijo, querida, estás recebendo nesses segundos rsss Veja só!

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    1. Concordo com tudo o que diz. Na verdade tanto a televisão, na altura, como hoje a Internet, fazem-nos pensar na capacidade do Homem, de construir e de descobrir. Só é pena que nem sempre essa capacidade esteja ao serviço do Bem.

      Gosto sempre muito de ler as suas crónicas. Eu é que agradeço sempre as suas visitas simpáticas, Taís:)

      Um beijinho e muito obrigada:)
      (...e peço desculpa pelo atraso na resposta aos comentários.)

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  5. A caixa que mudou o mundo foi descoberta por mim num café, havia o "Robin dos Bosques" e o "Ivanhoe" e também um dia ela, a televisão, chegou a minha casa, ao fim-de-semana começava mais cedo e tinha os desenhos animados:)
    Depois o mapa incendiava-se e vinha "O Bonanza" com a família Cartwright. Havia "O Santo", com o Roger Moore, o "Rin-Tin-Tin", o "Olho Vivo", tínhamos também as séries da BBC, (os Forsythe) e um célebre "western" que ainda não consegui identificar, que me levou a adormecer no dia seguinte na aula durante um ditado, só de pensar nisso fico com as mãos à arder das reguadas que apanhei devido às "faltas" no ditado.

    Foi bom recordar. Bom fim-de-semana:)

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    1. AH!AH!AH! Fez-me rir com essa do ditado! Também levei as minhas reguadas (tenho ideia que muitas), mas porque não fazia os trabalhos de casa todos (eram horas a fazer trabalhos e eu queria era brincar no quintal...).

      Lembro-me desses filmes todos, menos do "Rin-Tin-Tin" e do "Ivanhoe". Ria-me imenso com o "Olho Vivo" e outra série que me fazia rir era o "Viver no Campo".

      Eu acho que é bom sinal quando temos boas recordações da infância.

      Bom feriado:)
      ...e desculpe o atraso na resposta ao comentário:)

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  6. Em minha casa a televisão só entrou tinha eu dezassete anos. Eu via televisão em casa de algumas amigas minhas, ou quando ia de férias ou fim de semana para casa da minha avó.
    Hoje acho que os meus pais fizeram bem, pois conversava-se muito e havia todos os dias amigos lá em casa para tomar café.
    Bom fim de semana!

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    1. Tenho muito a nostalgia (se é que isso é possível...) dos serões vividos dessa forma e que nunca vivi (talvez apenas uns poucos) mas que lia nos livros. Conviver com muita gente interessante e aprender. Devia ser muito interessante.

      Bom feriado, MR:)
      ...e desculpe o atraso na resposta ao comentário:)

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  7. Tempos melhores porque éramos meninas...
    Beijinho.
    ~~~~~

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    1. Também...

      Beijinhos e um bom feriado:)

      ...e desculpe o atraso na resposta ao comentário:)

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  8. Música que sabe indiscutivelmente a saudade!
    É assim que recordo também a televisão da minha infância!
    beijinhos

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    1. Somos do mesmo tempo...
      Era giro!

      Um beijinho e peço desculpa pelo atraso na resposta ao comentário, Graça:)

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    2. Que mal faz?
      Eu também ando sempre atrasada, Isabel :)
      beijinho

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  9. Querida Isabel, eu tenho quase certeza que comentei essa postagem! Será que entrou o comentário?
    Voltarei.
    Bjs

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    1. Tinha comentado, sim, eu é que levei tempo a publicar os comentários.
      Obrigada:)

      Um beijinho e continuação de uma boa semana:)

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  10. Isabel,
    Que pena a casa estar assim tão triste, deixada ao abandono. Que gira esta postagem. A casa tem duas portas belíssimas. Adoro portas e janelas.
    Lembro-me que quando meu pai comprou a televisão nós tirámos uma fotografia em frente à mesma, com a abertura da emissão. Hoje acho absurda essa fotografia. Lembro-me que tinha um bibe vestido, ahhhaaa, haaa.!
    As memórias são coisas giras.
    Beijinho e boas férias!:))

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    1. Eu acho que essa fotografia é uma excelente recordação! Não me importava nada de ter também uma, mas lá em casa nessa altura não havia máquina fotográfica.

      Esta casa está como quase todas as da rua, infelizmente. É uma rua numa zona central da cidade, mas aos poucos os mais idosos morreram e os mais novos saíram e hoje, metade da rua está assim. Faz pena.

      Espero que estejas a ter umas boas férias. Eu já regressei. Foi só uma semana.

      Um beijinho:)

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  11. Olá, Isabel.
    Causa-nos estranheza lembrar esses tempos, em que tudo era "mais simples" tanto a nossos olhos como na realidade - julgo eu. Pois que hoje, apesar e justamente pela alta tecnologia que traz a notícia ainda ela está a ser "parida", assusta-me. Assusta-me porque essa rapidez na atitude tira o tempo necessário para o raciocínio emocional e perdem-se pelo caminho o discernimento e a ética.
    Mundo estranho este, tão distante da nossa infância que, pensando bem, não faz tanto tempo assim, pois que, na idade da humanidade, o que são quarenta, cinquenta anos? Tão pouco. Talvez tenhamos evoluído demasiado rápido.
    Por outro lado, e fazendo a minha retrospectiva pessoal, não lembro da primeira vez em que olhei para a televisão, acho que "nasci com ela" rrrrrsss (a referir que minha infância foi lá no meu Rio de Janeiro).
    Lembro é que era a preto e branco e "saía muitas vezes do ar" - perdendo o sinal, coisa natural naquela época.
    Mas, e, tal como o título da sua postagem, "era o tempo das brincadeiras de rua", onde a televisão, ainda que presente e razão de bons momentos, não era a prioridade nas atenções de uma criança que, essa sim, conhecia a liberdade da rua. Porque brincar na rua e na casa dos vizinhos era o que havia de melhor.


    bj amg

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    1. Concordo com todo o seu comentário.

      Quando se estava a ver um filme, ou alguma coisa interessante e se perdia o sinal, ou aparecia um pedido de desculpas, com o "A emissão segue dentro de momentos",( mas às vezes era MUITO tempo) era irritante!

      Eu via televisão, mas brincava muito mais na rua e no quintal da minha casa ou dos vizinhos do lado: horas seguidas, de grandes brincadeiras.

      Um beijinho e obrigada pelo seu comentário.
      ...e peço desculpa pela demora na resposta.

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  12. Respostas
    1. Felizmente!

      E é bom ter boas memórias:)

      Bom feriado Mar Arável:)

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  13. Que fixe Bela! Eu lembro-me da TV a preto e branco da avó e do avô. Era essa?

    Que saudades de "vivermos" nessa rua! :)

    Beijinhos

    Rita.

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    1. Não me lembro se ainda era essa, porque acho que tivemos duas a preto e branco.

      Pois era, Ritinha! A "Rua e a casa dos avós" vai fazer parte da memória de todos! Com muito boas memórias!:)

      Gostei muito de te ver aqui; aparece mais vezes:)
      Beijinhos:)

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  14. Adorei o video, ainda me lembrava vagamente desta música!Há muitas recordações, claro, da chegada da televisão às nossas vidas. Quando estava na universidade em Coimbra, só havia TV nos cafés, onde passávamos muito tempo. O aparelho estava muito alto e não lhe ligávamos nada. Então ainda havia o hábito da conversa animada, que para nós era muito mais importante...Bons tempos aqueles.
    Estás a ter umas boas férias? Aproveita-as bem, querida. Um beijinho

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    1. Escapou-me a resposta a este comentário, Maria, e peço desculpa.

      Poie é, hoje as pessoas, muitas vezes juntam-se no café, mas ficam a conversar com o telemóvel. É um vício definitivamente enraizado. Parte da vida faz-se através dos telemóveis.

      Já estou em Castelo Branco, mas continuo de férias até ao final de Setembro. Estou a aproveitar bem:)

      Um beijinho grande:)

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  15. Que bela ideia, Isabel, trazer aqui memórias da infância.: o tempo das brincadeiras de rua. A nostalgia, no meu caso, não tem raízes no aparecimento da televisão. Havia pouca gente naquela época que dispusesse desse progresso e, para ver os "bonecos", ia-se a casa de alguém mais sortudo, digamos assim, ou ao clube vizinho. Com efeito, por ter mudado de latitude onde não havia tv, passei a ir à matiné dos domingos ver as fitas que passavam no cinema.Isto a partir dos 10 - 11 anos.
    O que recordo com mais saudade é a "rua" onde tudo se passava.
    Bj.

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    1. Ao cinema, só fui pela primeira vez já tinha uns 15 ou 16 anos. E depois passaram vários anos até voltar a entrar numa sala de cinema.

      Hoje em dia vou bastante:)

      Quem sabe, um dia destes também fala da "sua rua" da infância.

      Uma boa semana:)

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