quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A Arte no Feminino - Mariana Gillot

Recebi de Mariana Gillot um simpático comentário ( também dirigido a quem comentou) a um dos post que tinha fotografias de algumas das suas obras ( A Arte no Feminino - II de 31 de Outubro). Comentário que muito agradeço e do qual retiro alguns excertos.



"Open Your Heart"

Sobre esta obra, Mariana Gillot refere no comentário que nos deixou "O Open Heart, é uma chamada de atenção a todo o ser humano para que se entregue ao amor, à paz e a todos os bons semtimentos. É um pedido de abertura de coração e de mente ao positivo ao construtivo. Deixar a guerra de lado. Mas também tem o outro lado, ... temos sempre tantas chaves, qual será a certa? ter a coragem de ter esse trabalho de procura também não é fácil... mas podemos sempre tentar. E é tão bom quando abrimos o nosso coração!"


Pormenor de" Open Your Heart"


"Sold"

Sobre esta obra Mariana Gillot diz-nos: "O Sold, é o retrato do mundo, consumista, futil e frio, onde tudo se compra e tudo se vende, onde tudo tem um preço. Vendemo-nos todos os dias, tanto e de uma forma tão natural, que já não damos conta. E isso é triste, deixa-me triste que seja o dinheiro o Grande Senhor e o grande centro. É afinal em torno dele, que tudo, mas mesmo tudo gira!"


"O Peso da Crise"



"Em directo"

( Não tinha colocado esta foto, porque fiquei nos espelhos da obra apresentada, mas hoje aqui fica )


"Fogo de Vista"



Sobre as outras obras, atrevo-me eu a dar a minha interpretação, aquilo que vejo nelas. O Peso da Crise, será isso mesmo, uma crise económica que nos leva o dinheiro todo, não sobra nada para o porquinho mealheiro. A balança decimal terá significado? Tudo multiplicado por dez, fica ainda mais pesado...

Fogo de Vista, terá a ver com o culto da beleza que actualmente se valoriza tanto. O recurso às cirurgias estéticas na procura da beleza ideal, mas que acaba afinal por ser isso mesmo: uma coisa falsa, "fogo de vista"...
As chaves: a chave da felicidade? Estará a felicidade nessa beleza perfeita?

Em Directo, a televisão que prende e vicia as pessoas ao écran. Quatro, talvez porque há televisões por todo o lado, mesmo em nossa casa, em todas as divisões...
Por outro lado, em directo porque o que quer que aconteça no mundo, chega-nos imediatamente a casa, através da caixa ( ainda) mágica, tornando o mundo um local tão pequeno...
Os espelhos...afinal aquilo que é a televisão: reflexo do que somos...




Agradeço a Mariana Gillot o comentário que deixou. Era isto que gostaria de ter oportunidade de fazer, sempre que vejo uma exposição: poder dialogar com os artistas sobre as obras expostas.
Quem vê, será que vê o que o artista pretende transmitir?




Muito obrigada Mariana Gillot.


( Sobre as moedas que cobrem o mundo de Sold e a balança de O Peso da Crise, discutia com quem também viu a exposição, e não estavamos de acordo: serão verdadeiras? )



                                                                          

7 comentários:

  1. Isabel,
    Muito interessante!
    E é isso mesmo é bom falar com o artista, neste caso, Mariana Gillot, para nos apercebermos da sua visão e confrontá-la com a nossa.
    Confesso que há peças que gosto muito outras que não me atraem sobremaneira apesar do simbolismo delas.
    Felicito a escultora e a Isabel por esta comunicação tão interessante.
    Beijinhos. :)

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  2. Disseste tudo Ana.
    Adorei esta pequuena conversa.
    Eu gosto especialmente do "Open Your Heart" e do "Sold", tanto pela beleza estética, como pelo que significam.
    Um beijinho

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  3. Olá Isabel! Mais uma vez agradeço a sua atenção sobre o meu trabalho. É de facto o melhor presente que um artista pode receber. Perceber como as suas peças, tocaram em alguém, como cativaram o olhar, como deixaram a pensar e finalmente como conseguiram dar espaço para diversas e tão valiosas interpretações. O meu muito obrigado, afinal é exactamente o que pretendo com o meu trabalho, deixar alguém em absoluta reflexão.
    Adorei os seus comentários e nem me atrevo a emendar ou a corrigir, porque tudo o que sai da alma e do coração é tão válido, tão verdadeiro e tão ÚNICO!!!
    Vou aparecendo aqui :) e fico inteiramente ao dispor para falar, informar, ou tirar alguma dúvida.
    Por último queria apenas dizer que o nome da peça do quadro, não é Fogo de Vista, mas In Fashion. Pertencem à mesma colecção e talvez dai a confusão. Mas não tem qualquer problema.... :)
    Em relação às moedas...é essa a intenção, baralhar!
    Um grande beijinho Ana e para si também Isabel.

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  4. Esqueci-me de dizer algo, importante sobre a peça Em Directo. Ana ainda bem que ficou na fotografia! É exactamente isso que pretendo, que quem se aproxime, fique e se veja, EM DIRECTO.
    Por vezes na loucura do dia-a-dia, esquecemo-nos de nos olharmos de nos vermos...É tão preciso. As pessoas passam horas em frente à televisão, ao computador, a ver em directo esse momento. Mas e eu pergunto...então e tu já te viste hoje em directo?
    Um beijo :)

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  5. Mariana Gillot
    Tenho pena de não saber a sua intenção, a sua interpretação destas três obras...
    Peço desculpa pela troca do nome, não sei como fui copiar mal, até porque só me lembro de ver uma peça destas na exposição. Ainda vou voltar terceira vez, para "vasculhar" pormenores.
    E vamos ficar sem saber a verdade àcerca das moedas!

    Na foto, não é a Ana, mas a Isabel. Sabe que acabei por tirar propositadamente mais fotos, nas obras com espelhos, onde eu fiquei. Digo de brincadeira que passei a fazer parte das obras!

    Mariana, mais uma vez muito ,muito obrigada pela simpatia e pela disponibilidade. Pelo seu tempo em vir até aqui e conversar connosco.
    Muito obrigada
    Um beijinho

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  6. Isabel,
    Há coisas que não fazem mesmo sentido. Aqui tão perto e... a exposição passou-me completamente ao lado. Olhando para as fotografias que aqui publicou, dá para ver que perdi algo. De qualquer forma a sua reportagem serve de consolação, o que agradeço.

    Beijo

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  7. Olá AC
    Mas se tiver vontade de ver e disponibilidade, a exposição, segundo li, está aberta até dia 11 de Novembro.
    Ainda tenciono ir lá outra vez.

    Um beijo e bom domingo

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