terça-feira, 21 de janeiro de 2014

No reino do Principezinho


Comprei-o no último fim-de-semana na Bertrand.
Um livro que fala da história O Principezinho e do seu autor.
Conta como nasceu e foi tomando forma, um dos mais belos livros de sempre. Como a história foi tomando conta do autor duma forma quase obsessiva.
Em O Principezinho, há muito das vivências do próprio autor, da sua personalidade e das memórias da infância.

Esta edição comemorativa tem a história integral de O Principezinho, uma primeira parte sobre a vida e a personalidade do autor  e ainda um capítulo dedicado a diversas leituras da história.

É um livro interessante; um álbum com desenhos, esboços, fotografias, testemunhos dos amigos, episódios e curiosidades sobre a publicação...
Um pequeno tesouro!
                                                                                 
 
 Capa da Edição comemorativa dos 70 anos do Principezinho
  

 
 
Capas das primeiras edições americanas e francesas
 
 
 
«Esse Principezinho, eu já o tinha visto muitas vezes surgir no meio dos seus papéis, antes de me arriscar a perguntar a Saint-Exupéry como é que aquele diabrete o tinha assim dominado. Explicou-me que um dia, quando olhava fixamente para uma folha em branco, o miúdo tinha surgido como uma aparição.
- Quem és tu? - Perguntara Saint-Exupéry.
- Sou o Principezinho.
E desde aí tornara-se uma presença constante.»
 
John Phillips
Repórter fotográfico norte-americano
Au revoir Saint-Exupéry, Gallimard, 1994
(pág.42)
 
                                                                                  
 
 
 
«...Durante a tarde, ouvíamos as histórias de Saint-Exupéry [...]. Levava-nos [...] em viagem [...], da Indochina aos bairros suburbanos de Paris, do Sara ao Chile. Era um prodigioso contador de histórias. [...]. À meia-noite ia para o gabinete de trabalho, onde ficava até às sete da manhã, escrevendo (e desenhando) as aventuras desse Principezinho simbólico que era, no seu minúsculo planeta, uma projeção do autor. De madrugada, chamava-nos, gritando, para nos mostrar um desenho. Um dos traços do génio é o de obrigar os outros a partilhar a sua vida.»
 
André Maurois
Romancista e ensaísta da Academia Francesa
Les Nouvelles littéraires, 7 de novembro de 1946
(pág.38)
 
                                                                                       

 
 

22 comentários:

  1. "Cativar? O que quer dizer cativar?" - mais ou menos assim. : )

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    1. Pois é, o que diz a raposa ao Principezinho e ele pergunta-lhe o que quer dizer. Mas é curioso que neste livro usa o "cativar" que normalmente aparece e num outro livro que tenho, usa a expressão "estar preso", que eu não acho tão bonita. Há diferenças entre um e outro e no entanto a tradução é da mesma pessoa Joana Morais Varela. Acredito que as diferenças se devem à edição e não à tradução.

      "Cativar" é criar laços!

      Este livro é uma maravilha!
      "Cativa-nos!"

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  2. Um lindíssimo poste, Isabel.
    Parabéns e boa noite!

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    1. Muito obrigada, APS. Fico contente que tenha gostado.
      Uma boa noite para si!

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  3. E que reino tão especial.
    Maravilhosa esta postagem. Não conheço esta edição comemorativa.
    Beijinho. :))

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    1. Muito obrigada, Ana. Lembrei-me de ti, porque sei que coleccionas coisas sobre o Principezinho.
      Vi este livro na FNAC, quando saiu (em Outubro), mas como tinha já tinha muitos no "saco das compras", deixei-o ficar para outra altura, com a certeza de que haveria de o ter. Já cá está!
      É lindo, Ana. Acho que quando o vires não vais resistir.

      Um beijinho

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  4. .

    Muito bom o teu blog.
    Um beijo e estou te
    seguindo, tá?




    .

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    1. Muito obrigada Sílvio.
      A seguir vou ver o seu blogue.
      Um beijo

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  5. Ó Isabel, fiquei encantada com o teu post! Quem não ama o Principezinho do Saint-Exupéry? Tanta poesia, tanta verdade, tanta coisa que se aprende ali: a amizade, a admiração, a preocupação com os outros...
    Nem sabia que tinha passado já o 70º aniversário...
    Um beijo e obrigada!

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    1. Fico muito contente que tenha gostado, Maria João! Eu também gosto imenso do Principezinho e cada vez que o releio, vejo mais alguma coisa que me tinha escapado.
      Foi publicado em 1943, nos Estados Unidos. Já fez 70 anos e continua eternamente uma criança!
      Um beijinho grande e obrigada pelas suas palavras!

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  6. É cativar, sim, quase no sentido "de prender e ficar preso por essa ligação"... Como se fosse recíproco. Apprivoiser é difícil de traduzir...

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    1. Tenho dois livros com os dois termos: ficar preso e cativar. Gosto mais de cativar.
      "Prender e ficar preso por essa ligação!"- é bonito!

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  7. Que maravilhosa aquisição!
    Este ainda não tenho!
    Adoro O Principezinho; aprendemos tanto com ele...
    Uma simples história, mas que é muito mais do que aparenta ser!...
    Devia ser de leitura obrigatória!

    Um beijinho.:))

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    1. É um livro lindo e interessante, que se lê muito bem.
      Quando o vir, não vai resistir!
      É um livro que costumo ler aos meus alunos mais crescidos. Mesmo que não compreendam bem, gostam de ouvir ler e eu tento explorá-lo ao nível daquelas idades. Tive a sorte de ir ver com a turma que tinha na altura, o teatro do Filipe La Féria, O Principezinho. Não sei se recorda. Na altura eu trabalhava no distrito de Setúbal.
      O ano passado mostrei o filme aos meus alunos de 4ºano. Gostaram muito.
      É uma história que me acompanha...

      Um beijinho grande e bom fim-de-semana!

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  8. Boa companhia, sem dúvida... hoje é sexta-feira já: boa sexta-feira e bom fim de semana!

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    1. Felizmente já é sexta-feira!
      Hoje vou ver um bailado, "Romeu e Julieta" (contemporâneo), pela companhia de bailado de Évora.

      Um bom fim-de-semana também para a Maria João!
      Um beijinho grande :)

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    2. Gostei sim, MR. Ía à espera de um bailado um pouco mais espectacular e com mais bailarinos. Eram só dois bailarinos, mas de qualquer forma achei muito interessante e gostei da originalidade do cenário. Valeu a pena!

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  9. Tudo fascinante, o livro, o autor, o teu post.
    Em Espanha a palavra seria "atrapar", seduzir, em tradução livre.
    Muitas vezes as palavras são importantes por si mesmas. Não soa igual dizer "sou o princepezinho" que " je suis le petit prince", " soy el principito", e por aí fora, até à China....
    Beijinhos, bom finde

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    1. Muito obrigada, Maria! És sempre uma simpatia!

      "Atrapar"! Não conhecia o termo, mas para ser sincera gosto mais do português : "cativar"!

      Quanto ao título, o que me soa melhor é mesmo o francês "Petit Prince!"
      Como será em chinês? Sem musicalidade nenhuma. As palavras e as línguas, soam melhor ou pior, conforme uma certa musicalidade que elas têm...

      Uma coisa não muda de certeza: o encanto da história! Seja em que língua for.

      Um beijinho grande e bom finde ( com sol, de preferência!)

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  10. Tb gostei deste post.
    Quanto à variante na tradução, talvez a Joana Morais Varela tenha substituído, penso que na edição posterior, «estar preso» por «cativar» por achar esta palavra mais apropriada.

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    1. Obrigada, MR.

      Talvez. Eu pensei que podia ter sido da editora, mas realmente isso seria mexer no trabalho do tradutor, o que não está correcto.
      A outra edição é do Círculo de Leitores e comprei-o em 1987.

      Acho mais bonito o "cativar".

      Boa noite!

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