quarta-feira, 29 de abril de 2015

(D)aqui e (D)ali o mesmo céu


everywhere is the same sky, Uma Perspetiva de Paisagem na Coleção Norlinda e José Lima é o título da nova exposição no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco


Hoje, dia 28, o céu de Castelo Branco
 

 
 
"A abordagem da paisagem na arte foi ambígua até ao século XIX. Até esse momento a paisagem foi pano de fundo de pinturas mitológicas, cenas religiosas ou retratos mais ou menos oficiais. No século XIX, a paisagem autonomiza-se, deixando de ser complemento de outros temas. Depois de séculos de dependência de ações humanas e sagradas, depois de uma presença acessória e secundarizada, a paisagem passa a ter um tratamento referencial.
 
Atingido o estatuto maior - o de género - , a paisagem evoluirá e todas as possibilidades, todas as composições, serão possíveis.
 
A arte contemporânea não se limitou a tornar a paisagem um novo género espartilhado nas estritas regras das belas-artes. A arte contemporânea conferiu à paisagem a capacidade de se reinventar. Assim, no tempo atual, a paisagem será um ato construído que resulta, fundamentalmente, da relação que o homem estabelece com o meio envolvente (natural ou construído).
 
Na exposição Everywhere is the same sky, apresentamos uma seleção de obras da Coleção Norlinda e José Lima sob o tema da paisagem, adicionando a estas obras da Coleção novas possibilidades de interpretação.
 
Estas paisagens confrontam diferentes tempos e diferentes linguagens artísticas.
 
A cada sala do CCCCB corresponde uma abordagem de paisagem.
Assim, começámos na primeira sala com as paisagens abstratas, reduto da projeção do eu, até, nas salas seguintes, à complexização da relação do homem com a natureza, com o regresso a um estado quase selvagem de comunhão com o mundo.
 
Nesta viagem às paisagens, temos ainda tempo de visitar os céus, elemento comum a quase todas as abordagens a este tema. "
 
Raquel Guerra (curadora da exposição)
Retirado do catálogo da exposição, pág.19
 
 
 
 
João Hogan


 
Carlos Noronha Feio



 
Artur do Cruzeiro Seixas

 
António Costa Pinheiro

 
Mário Cesariny de Vasconcelos


 
Emerenciano

 
Michael Biberstein


 
Chus Garcia Fraile





 
Rita Carreiro


 
Rui Algarvio

 
Rui Algarvio

 
Susana Anágua




 
Susana Gaudêncio

 
Miguel Palma

 
Miguel Palma






 
 
 
 
 
"Há um céu que nos une."
 
Teresa Antunes
Retirado do catálogo, pág.12
 

18 comentários:

  1. MUITO OBRIGADO, ISABEL !
    Agora tenho que ver tudo na calma e depois alguma coisa re direi.

    Um beijo.

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    1. Ora essa!
      Faça favor de ver :)
      Há algumas obras que eu bem gostaria que fossem minhas! Também as há que não me dizem nada. É uma exposição interessante!

      Um beijinho:)

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  2. E é tudo o mesmo céu.
    Uma exposição gira.
    Beijinho. :))

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    1. O mesmo céu...o mesmo Sol (embora brilhe mais para uns que para outros)

      Gostei da exposição. Gosto sempre. Aprendo sempre um pouco mais, descubro sempre algo que me entusiasma...

      Um beijinho :)

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  3. É pena não haver forma de me referir às obras que mais apreciei...
    O Centro é um luxo, puxa !...
    Pode ser que eu ainda regresse, Isabel.

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    1. Esqueci-me de colocar os nomes dos autores das obras que fotografei isoladamente, mas ainda vou tentar colocar.

      Faço sempre questão de colocar aqui uma ou outra foto sobre o espaço, porque também acho que é um belíssimo espaço:)

      Sempre regressou...

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  4. Muito interessante, Isabel! O mesmo céu, a mesma terra também, e a mesma raça: a humana.....
    beijinhos

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    1. É verdade Maria João: o mesmo céu, a mesma terra, a mesma raça: a humana!

      Gostei muito de a ver por aqui.
      Obrigada pela visita.
      Beijinhos :)

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  5. Com interesse o texto da Raquel Guerra que inseriste pois permite compreender melhor a distribuição das obras.
    Do que me foi dado ver, gostei da que em rodapé nos aparece com o nº 12.
    Parece-me ser do Emerenciano...
    Muito boa a tua reportagem, Isabel.
    Renovo os parabéns e o meu agradecimento.

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    1. A foto nº 12 é do Emerenciano, sim. Também gostei muito. Fotografei mais em pormenor (mas não coloquei aqui a foto) porque achei muito interessante aquele emaranhado.

      Eu é que lhe agradeço, por ter gostado.

      Um beijinho:)

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  6. Vi a pergunta deixada no meu blog mas não respondi logo porque estava à espera do início de maio para publicar a agenda do próximo mês, o que daria melhor ideia do que por lá fazemos. Sim, são desafios semanais inseridos numa agenda previamente atribuída a cada um de nós. Se quiseres algum esclarecimento mais pormenorizado, não hesites em contactar-me.
    E do que por aqui vi, achei muito interessante.

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    1. Muito obrigada, M.
      Vou estar atenta e seguir com atenção durante este mês. Pareceu-me que são interessantes exercícios de criatividade.

      Obrigada, naquilo que diz respeito ao blogue!

      Bom feriado:)

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  7. No outro dia, li qq coisa sobre esta coleção que desconhecia, mas parece er coisas giras. E pouco usuais em coleções privadas.
    Bom feriado!

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    1. Também não conhecia e andei a procurar mais na net, onde li como o dono da colecção se começou a interessar pela arte contemporânea e como começou a coleccionar.

      A exposição aqui de CB tem obras muito interessantes e é bem diversificada, com um número significativo de artistas, representados.

      Bom fim-de-semana, MR:)

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  8. Vivemos sob o mesmo céu... embora nem todos tenhamos a possibilidade de aspirar aos mesmos horizontes...
    A reportagem fotográfica, está brutal, Isabel!!!! Espectacular!
    Adorei! Nossa.... fiquei fascinada com as telas do Rui Algarvio... e o abstracto da Rita Carneiro...
    Um tremendo post, Isabel!
    Beijinhos
    Ana

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    1. Muito, muito obrigada, Ana!
      Fico mesmo contente por apreciar assim este post.
      Quem tem visitas com a Ana, que mais pode desejar!

      Também gostei muito das obras desses dois artistas...e de muitos mais...trazia várias para casa se pudesse!

      Beijinhos, Ana, e mais uma vez obrigada pelas suas palavras:)

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  9. A Isabel não arranja um part-time como freelancer. A fazer reportagens assim não ficava nada a dever aos que por aí andam de mochila às costas.

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    1. Ah!Ah!Ah! Muito obrigada pelo generoso comentário. A verdade é que eu tiro dezenas de fotos e depois escolho as mais significativas.
      Às vezes, não se aproveita quase nada.

      Continuação de boa semana:)

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