domingo, 2 de outubro de 2011

A Ti

A Ti

Eu vi uma ave
que suavemente
os seus cânticos
à beira dos mares
cantou,
e voou...
E ao longe
os reflexos
da lua altíssima
que prateando as espumas,
banhava de luz as suas penas
entretecidas em prata e seda...
E eras...tu!
E vi uma alma
que impaciente
seus amores
cantava em tristes rumores,
e seu ser
comover
as rochas parecia;
olhou a distância azul,
alongou a sua vista ansiosa,
suspirou,
e cantando, pobre amante,
continuou...
E era...eu!


Rubén Darío, O Mar Na Poesia Da América Latina, pág.77
Assírio & Alvim




Pedro Chorão
                                                                                 
                                                                            

4 comentários:

  1. Tú y Yo

    Yo vi un ave
    que suave
    sus cantares entonó
    y voló...
    Y a lo lejos,
    los reflejos
    de la luna en alta cumbre
    que,argentando las espumas
    bañaba de luz sus plumas
    de tisú...
    ¡Y eras tú!
    etc...

    ResponderEliminar
  2. Linda poesia de Ruben Darío! Não o lia há séculos! Um beijinho
    o falcão

    ResponderEliminar
  3. Y vi un alma
    que sin calma
    sus amores
    cantaba en sus tristes rumores,
    y su ser conmover
    a las rocas parecía;
    etc...

    Batota!
    Tenho a edição bilingue.
    Mas hoje vou colocar aqui este ou outro em espanhol, para ti e para a Maria João.
    Já vi que em poesia (e não só), nada lhes escapa!
    Um beijinho grande

    ResponderEliminar
  4. Ainda bem que gostou de reler, Maria João.
    Também achei linda.Simples e linda.
    Vou deixar aqui outro para si e para a Maria.
    Um beijinho grande

    ResponderEliminar