domingo, 18 de dezembro de 2011

Papusza

Há dias, num comentário a um post, as minhas amigas da Cozinha dos Vurdóns falaram na poesia de Papusza. Inicialmente pensei tratar-se de um nome masculino, mas não. É feminino. É nome de mulher. Uma mulher que segundo li quebrou as regras do seu tempo e que foi penalizada por isso. Pareceu-me uma mulher interessante. Li pouca coisa, porque não encontrei mais.
Não consegui descobrir poesia dela traduzida para português. Tenho pena. Apenas uma pequena amostra:

"Ninguém me compreende,
Só a floresta e o rio.
Aquilo de que falo
Passou, foi embora
E levando junto todo o resto...
E os anos de juventude."

Bronislawa Wajs ( Papusza)


                                                                          

5 comentários:

  1. Isabel,

    Ela pagou um preço muito alto, talvez alto demais. Mas, ela abriu uma porta que jamais poderá ser fechada a toda e qualquer mulher cigana, ela nos ensinou a voar, com grilhões, com amarras, voar.
    "... A água não olhar para trás
    Ela foge, corre mais longe
    Onde os olhos não podem vê-la,
    a água caminha ...

    e ela continua caminhando, escapou das guerras, do frio, da fome, da punição da kumpania e da própria loucura. Seguiu o seu destino, aquilo que escolheu e ela escolheu a liberdade.

    bjs de todas nós

    ResponderEliminar
  2. Paputza, a boneca:

    http://amulhernaarte.blogspot.com/2011/09/bronislawa-wajs-papusza-tambem.html, o blog da Cezarina Devos, alí tem algo mais. bjs

    ResponderEliminar
  3. Achei que deve ter sido uma mulher muito interessante. Precisamente, uma mulher forte que escolheu o seu destino. Tenho pena de não poder ler poesia dela em português.
    Já estive no blog da Cezarina Devos, foi um dos sitios onde fui ter através da pesquisa no google.
    Gostei de ler e conhecer Papusza.
    5 beijinhos amigos

    ResponderEliminar
  4. Ela é citada no livro enterrem-me em Pé de Isabel Fonseca.
    Uma vítima do patriarcado cigano e da Kris Romani. Pagou um prelo alto por relacionar-se com payos. Seus livros eram queimados quando encontrados por seus familiares. Livros estes que comprava com galinhas roubadas.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Estive a ler o que encontrei sobre ela na net, que é pouco, mas achei que deve ter sido uma mulher interessante e inteligente. Infelizmente as pessoas que agem de maneira diferente e são avançadas para o seu tempo, são quase sempre penalizadas, independentemente de serem brancas ou negras, ou ciganas ou não ciganas...
      A diferença assusta sempre. Parece-me que é assim.
      Um abraço e obrigada pelo seu comentário. Já ouvi falar do livro da Isabel Fonseca, mas não conheço.

      Eliminar