Sempre gostei de espanta-espíritos e móbiles.
A leveza do móbil que se agita com o vento
ou a delicadeza dum breve instante musical...
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço.
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
Cecília Meireles
Há mobiles simples e bem interessantes.
ResponderEliminarEu trouxe um de Macau. Como estava no exterior, o tempo destrui-o.
Foi pena, porque a sonoridade encantava-me.
Um beijo, Isabel.
Os mais simples e mais leves, são, na minha opinião, os mais interessantes.
EliminarNão tenho nenhum nas varandas, porque receio que incomode os vizinhos, mas já tive a tentação de os lá colocar...
Um beijinho
Também gosto destes movimentos, desta música que -parece- afasta os espíritos maus! Que estão sempre à espreita...
ResponderEliminarCantemos, antes que eles apareçam! E, seguindo Cecília Meireles...
"(...) E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada."
beijos
Por isso temos absolutamente que cantar!
EliminarGosto imenso de ouvir o som de alguns destes espanta-espíritos e toco-lhes sempre que vou passando por eles.
Um beijinho grande :)
Chabela, a tua casa é como o país das maravilhas! Adorei. És imprevisível, não esperava tanta frescura, os teus sobrinhos devem estar encantados .
ResponderEliminarBeijos
Ai Maria que até me fizeste rir com o país das maravilhas!
EliminarNão sei se frescura é o termo certo para a minha casa, mas que é um pouco diferente do tradicional, lá isso é.
Só tenho uma sobrinha pequenina...mas todos gostam daqui, acho eu...
Beijinhos
Gosto muito deste poema. Sei-o de cor, desde há longo tempo e recito-o, em silêncio muitas vezes, vá-se lá saber porquê.
ResponderEliminarQuando era criança, na casa de uma amiga, havia vários espanta-espíritos. Fascinavam-me!
Um beijo
Engraçado, isso que diz sobre o poema...
EliminarTambém o acho muito bonito, assim como os espanta-espíritos; apetece-me sempre comprar mais um!
Um beijo.
Mas que variedade!... Muitos giros.
ResponderEliminarE claro que gostei do poema de Cecília Meireles.
Ainda tenho mais alguns...Gosto de os ver espalhados pela casa.
EliminarÉ um poema muito bonito. Gosto da poesia dela.
Boa noite e um bom fim-de-semana!
São muito interessantes os seus espanta-espíritos! Quando há uma corrente de ar eles agitam-se todos ao mesmo tempo!? Deve ser muito agradável ouvir tanta sonoridade diferente, à medida que vai avançando pela casa!
ResponderEliminarObrigada pela partilha.
Um beijinho
Normalmente o único que está exposto a correntes de ar é o último. O das borboletas agita-se cada vez que se puxa a persiana da janela, porque sempre se mexe no cortinado. Os restantes, é raro. Eu é que os vou agitando propositadamente. Tenho essa mania.
EliminarObrigada eu, pela sua presença amiga.
Um beijinho
SÃO SONS QUE VAZEM BEM A TODOS, PRINCIPALMENTE AO CORAÇÃO... SENSACIONAL...
ResponderEliminarConcordo consigo, Palladino!
ResponderEliminarBoa noite!