terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Um poema ao acaso


                                                                             
 
 
VII
 
O sentido normal das palavras não faz bem ao poema.
Há que se dar um gosto incasto aos termos.
Haver com eles um relacionamento voluptuoso.
Talvez corrompê-los até à quimera.
Escurecer as relações entre os termos em vez de aclará-los.
Não existir mais rei nem regências.
Uma certa liberdade com a luxúria convém.
 
Pág.245
 
 

26 comentários:

  1. Com Manoel de Barros acerta-se sempre.
    Boa noite!

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    1. Acho que sim!
      Andava há muito tempo com vontade de comprar um livro dele, que não tinha nenhum, mas tudo esgotado. Ontem, ao entrar na Bertrand, deparei-me com este! Fiquei feliz.

      Boa noite:)

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    2. Fui agora espreitar ao Arpose, para me certificar de uma coisa: julgo que foi lá que li pela primeira vez um poema de Manoel de Barros e fiquei fã. Desde aí que ando para comprar algum livro dele, mas estavam esgotados. Este, saiu em Novembro. Ainda bem!

      Boa noite e obrigada, porque foi o Arpose que me deu a conhecer o poeta:)

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  2. Não conhecia. Obrigada por partilhar este poema connosco.
    : )

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    1. Tem coisas muito giras e uma forma peculiar de se expressar.

      Boa noite, Catarina. Cuidado com o frio!!

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  3. Não conheço nada dele, Isabel.

    Um beijo amigo.

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    1. Comprei agora este livro, pois já há tempos que queria comprar alguma coisa e estava tudo esgotado.
      Agora vou-o folheando. Hei-de voltar a colocar no blogue.

      Um beijinho:)

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  4. Saliento o primeiro verso: "o sentido normal das palavras não faz bem ao poema". O resto já me parece demasiado luxuriante. Mas é poesia, fica bem.

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    1. Bem, também nem tudo fica bem na poesia...

      Também gosto do primeiro verso:)

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  5. Adoro a poesia intensa, bela e única de Manoel de Barros.
    Amiga Isabel, como posso não ter outra oportunidade,desejo-te um Feliz Natal, comemorado no seu real sentido junto dos que te são queridos.
    Muita paz e alegria!

    Grande beijinho

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    1. Muito obrigada, Fê:)
      Também lhe desejo um feliz Natal, mas ainda passarei pelo seu blogue:)

      Beijinhos:)

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  6. Também gosto da poesia de M. de B. e não sabia que tinha saído este livro. Obrigada.
    Bom dia!

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    1. Fiquei bastante satisfeita, pois desde que "conheci" o poeta, que tinha vontade de comprar algum livro dele, mas estava tudo esgotado.

      Boa noite:)

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  7. O Manuel de Barros é um vintage.
    Tenho 1 livrinho dele.

    Bj.

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    1. Que sorte!
      Eu foi o primeiro que consegui comprar, mas agora tenho toda a poesia!

      Boa noite e um bom fim-de-semana:)

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  8. Combinar palavras que não foram feitas umas para as outras e converter a sua relação num casamento feliz é um dos grandes desafios da poesia e da literatura em geral.
    Manoel de Barros é um caso sério na poesia.

    Um beijinho, Isabel :)

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    1. Conheço a poesia de Manoel de Barros, há pouco tempo, desde que ando pela blogosfera. Gosto muito. Agora já posso aprofundar os meus conhecimentos, pois este voluma tem a poesia completa.
      É para ir lendo:)

      Beijinhos e um bom fim-de-semana:)

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  9. Não conheço a sua obra muito a fundo... mas do pouco que leio... gosto sempre! De leitura intensa e arrebatadora... "Eu não caminho para o fim, eu caminho para as origens." Uma das suas citações que adoro!
    Beijinhos
    Ana

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    1. Há umas entrevistas no Youtub, muito interessantes. Gosto de o ouvir falar.

      Beijinhos e um bom fim-de-semana:)

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  10. Isabel, bela escolha!
    Muito bom o que o poemas diz sobre a poesia, é essa também a minha opinião. Bom poeta!
    beijinhos

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  11. Boa Tarde, querida Isabel!
    Um poema livre, leve e solto porém bem amarradinho ao estilo do grande escritor...
    Seja muito feliz e abençoada!
    Bjm muito fraterno e Felizes Festas!

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    1. Muito obrigada Roselia:)
      Desejo-lhe também Boas Festas e tudo de bom, no Novo Ano que aí vem:)
      Beijinhos:)

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