Comprei (entre outros😊) dois livros engraçados, na FNAC, em Coimbra.
É um livrinho muito interessante, para quem gosta, como eu, de trabalhos manuais. Tem a explicação, clara e acompanhada de imagem, de 131 pontos de bordado.
Foi uma alegria encontrá-lo!
Uma página do livrinho de bordado
Tem 35 ou 36 jogos e é engraçado porque tem alguns que eu jogava na minha infância.
Falta um que já tentei recuperar, mas nunca encontrei em lado nenhum. Não me lembro se tinha nome, mas atirava-se uma pequena bola à parede e apanhava-se. De cada vez que se atirava dizia-se uma frase acompanhada do gesto. Por exemplo: "num pé" e aqui atirava-se a bola à parede, só com um pé no chão. Ou: "numa mão" e atirava-se a bola à parede e apanhava-se só com uma mão. Quando se deixava cair a bola, jogava outro. Lembro-me que passava horas a jogar, no meu quintal, com a minha irmã mais nova e as vizinhas/amigas do andar de cima, ou outras.
Queria recuperar a cantilena, que não sei completa.
Alguém se lembra de jogar este jogo?...
O que me recordo da cantilena é:
Ao ar
num pé
numa mão
sem me rir
sem falar
bater as palmas
atrás e à frente
rebolar
mãos aos ombros
cruzar
rodar
dançar
ajoelhar
...e não me lembro de mais nada.
Depois repetia-se toda a cantilena, jogando só num pé, depois tudo só com uma mão e por aí adiante. Ficávamos horas nisto. Creio que os miúdos, hoje em dia, não têm muita paciência para estes jogos mais demorados. Tem que ser tudo muito rápido, uns atrás dos outros. Muita coisa em pouco tempo!
Tudo muito apressado e mal feito.
Enfim, é o presente.
Do que me lembro a partir de certa parte que sabíamos e que é mais ou menos a que a Isabel escreveu, a cantilena continuava consoante o que nos passava pela cabeça e conseguíamos fazer: num pé, noutro pé, numa mão, noutra mão,braços no ar, uma pirueta, a rir, a chorar, etc.
ResponderEliminarQue usufrua dos livros.
Bom fim de semana!
Então também jogava?
EliminarNão me lembro de inventarmos, mas talvez o fizessemos. Acho que a cantilena era sempre a mesma.
É um dos jogos que recordo com saudade, porque estavamos imenso tempo na brincadeira, nas tardes de Verão (e não só!).
Bom sábado😊😊😊
¡Increíble! Lo cantábamos nosotras (las niñas) también en castellano. Sé que había alguna diferencia, pero no consigo recordarlo: "Bota bota mi pelota...A la una, sin reír, sin hablar, con un pie, con el otro pie, con una mano, con otra mano. había otra parte que decía "me lavé, me peiné". Y otra:" media vuelta y vuelta entera...". No me sé más, pero me has hecho volver unos cuantos "añitos" atrás. Gracias por el recuerdo y por saber que otras niñas (muy lejos, en aquel momento; ahora ya no hay distancias) cantaban lo mismo que nosotras en otra lengua.
ResponderEliminarDesde Galicia "unha aperta".
Que giro!!
EliminarTambém tinham este jogo?! E provavelmente muitos outros que nós jogávamos também aqui em Portugal.
Os miúdos agora já não jogam nada disso. Têm muitas outras coisas mais apelativas.
Um bom domingo, Justa.
Beijinhos😊😊😊
Destaco, sobretudo, a sua referência ao "Caderno de Bordado", um curioso livrinho que, francamente, ainda não integra as nossas estantes.
ResponderEliminarE, no entanto, a minha Mulher cultiva, desde sempre, o seu especial interesse, teórico e prático, pelo domínio dos lavores (e, em particular, no quadro dos múltiplos trabalhos artísticos de "PONTO DE CRUZ"); com tudo o que, no "capítulo" dos próprios recursos bibliográficos, isto pressupõe...
Tenho, nas mãos, um precioso exemplar do volume "A Enciclopédia da Agulha", de LAURA SANTOS (uma raríssima 3.ª ed., s/d, da Editorial Lavores). Na pág. 6, pode ler-se: "Um lar, sem a beleza, a subtileza dos bordados, das rendas, das tapeçarias, seria um deserto árido onde o conforto, a elegância e o requinte não teriam lugar! (...)"
A propósito, justifica-se plenamente o merecido reconhecimento - e louvor - da inconfundível originalidade dos BORDADOS de CASTELO BRANCO, uma Cidade que, como salientou Manuel LOPES MARCELO [in, "BEIRA BAIXA: A Memória e o Olhar" (Ed. Presença, 1993, p. 128)], "deve uma homenagem a estas grandes mestras que, com a sua cultura, técnica, arte, devoção e carinho, deram vida às colchas, tirando-as do esquecimento."
Votos de uma criativa semana!
Das "artes domésticas" o que menos gosto é bordar, mas gosto de fazer renda, de fazer malha, de costura...mas hoje em dia faço pouco (há uns anos fazia muita coisa). Para mim, esses "artigos" fazem parte da casa e gosto de os ter, mas hoje em dia os jovens já não ligam. Dá mais trabalho e é antiquado. Aqui, na feira de velharias costuma estar uma senhora que traz carradas de rendas, bordados, peças de linho bordadas, lençóis...É uma pena pensar que alguém bordou tudo com tanto carinho e agora estão num monte de feira. Mas quem compra vai reutilizar dando-lhe nova vida e isso é bom. Penso que um dia as minhas coisas terão o mesmo destino😪. Paciência!
EliminarToda a gente fala do bordado de Castelo Branco, mas na verdade fala-se pouco das bordadeiras que lhe dão corpo. Merecem ser bem pagas e não sei se o serão...
Também tenho "A Enciclopédia da Agulha", mas o meu é uma 6ªEdição.
Este Caderno de Bordado, comprei-o na FNAC em Coimbra. Talvez o consigam noutra FNAC.
Desejo-lhe um bom fim-de-semana.