Poema
Ela acendia o lume ou cozinhava
contava as viagens que faziam
pintava nas paredes desenhava
de madrugada enquanto outros dormiam
ele lia e relia e deslumbrava
com aquela humildade comovente
de quem sabia e nunca duvidava
que a beleza entrevista é para sempre
os dois à vez citavam Vidas Secas
que dois tão meio a meio inseparáveis
dividiam os corpos e as cabeças
por causas nunca vãs nunca mudáveis
hoje que o sol é grande e o amor também
enquanto o tempo é mágoa estamos vivos
sem cura e desarmados como quem
a grilheta da morte fez cativos
Joana de Matos Martinho
Retirado do livro Feliciano Falcão, Memória Viva
Coordenação de António Ventura
Monet
Muito bonito. :)
ResponderEliminarAbraço.
Também acho muito lindo, Deep! :)
EliminarBom fim-de-semana! Voltou o frio outra vez.Não gosto nada!
Isabel, um belíssimo poema para elogiar um homem bom!
ResponderEliminarAliás, todos os testemunhos presentes no livro demonstram isso.
O quadro de Monet é sublime!
Um beijinho.:))
Sim, também pelo que li, sei que era uma pessoa muito humana, bondosa e muitíssimo culto.
EliminarO poema é lindo.
Gosto de Monet.
Um beijinho grande, Cláudia.
Um belo poema sobre a felicidade a dois que ....dividiam os corpos e as cabeças.
ResponderEliminarBeijinho
Concordo, JP!
EliminarUm beijinho e bom fim-de-semana!
gosto, gosto e gosto de Monet, e de voce! mas me diz como faz para "roubar", pode claro, so gostaria como vc consegue!!!!
ResponderEliminarbeijos
É fácil "roubar" as pinturas ou o que quer que seja. Basta clicar em cima da imagem com o lado direito do rato e "copiar". Depois "colar" numa pasta e fica guardado, pronto a utilizarmos quando quisermos.
EliminarGosto muito de Monet, também!
Um beijinho, Myra.
Sensibilzada, e sabes porquê, um beijo grande minha amiga!
ResponderEliminarÉ um poema lindo! Muito lindo!
EliminarUm beijinho grande e um bom fim-de-semana! :)
Obrigada, Isabel. Eles ficariam contentes, acho eu!
ResponderEliminarBoa sexta-feira! Já corrigi o que me disseste no meu post. Tive uma amiga em Telavive que se chamava Myrna, daí a confusão com Myra, obrigada!
O Seu pai devia ser uma pessoa extraordinária!
EliminarSão bem parecidos, os nomes.
Bom fim-de-semana.( Hoje vou ao cinema.)
Um beijinho grande
O poema é atravessado por uma paz que contagia.
ResponderEliminarPrecisamos de tempo para que a Felicidade seja [pres]sentida.
Um beijo
Concordo em tudo, Lídia.
EliminarO poema inspira a paz que o amor transmite.
É preciso tempo para poder ser feliz.
Hoje em dia há pouco tempo para sê-lo.
Um beijo e bom fim-de-semana!
Gostei muito do poema de Feliciano Falcão, um escritor-poeta e médico de grande sensibilidade, que é sempre bom recordar!
ResponderEliminarUm beijinho e bom fim de semana.
O poema não era de Feliciano Falcão, Maria Eduardo. Foi-lhe dedicado.
EliminarFoi um grande médico, muito humano, muitíssimo culto e privou com grandes escritores.
A biografia dele é muito interessante.
Um beijinho e bom fim-de-semana
Creio entender que estes belos versos vão dedicados ao Dr, Falcão. Vou procurar, porque não explicas muito, e eu sou muito curiosa...
ResponderEliminarBeijinhos, tenho andado fatal de tempo ( que também anda fatal...). Boa semana.
São sim Maria.
EliminarJá tive oportunidade de ler o livro sobre ele (não o tenho, mas descobri agora que está à venda no site Wook e já o pedi).
O livro é muito interessante e revela-nos uma pessoa com a qual simpatizei imenso.
Estranhei e senti a tua ausência. Deixei-te um recado no teu blogue (porque sei que não vais muito ao mail) mas tu não disseste nada...
O que importa é que está tudo bem contigo!
Boa semana também para ti!