quarta-feira, 20 de junho de 2012

Poema


ÁGUA DO ENTENDIMENTO

A cerzir o entendimento
por leves canais de rega
- com a chuva filha do tempo
ou com água das reservas
que sustêm as torrentes -
alguém segue o chamamento
de tentar que essa rega
vá deslizando em refegos
sem os ressaltos da mágoa
(que arrasa terras e casas)
sem as fragas do tormento
(que faz perder tanta água):
seguindo mansa e calada
em seu percurso nas quentes
planícies da terra arável.



Lavra e Pousio, João Rui de Sousa, pág.126
Publicações Dom Quixote




Poça de água, xilogravura
M.C.Escher
                                                                          

20 comentários:

  1. Gosto muito da poesia de João Rui de Sousa, aqui muito bem ilustrada com esta gravura (que não conhecia) de Escher.

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    1. Muito obrigada, MR.
      Também estou a gostar muito da poesia. E fico feliz por gostar do conjunto que aqui coloquei.
      Obrigada

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  2. Isabel;

    seguindo mansa e calada
    em seu percurso nas quentes
    planícies da terra arável.

    me aqueceu a alma.

    bjs meus e nossos

    a equipe.

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    1. Aquece sim. É bonito.
      Um poeta que desconhecia, e de cuja poesia gostei bastante.

      Beijinhos para todas

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  3. Gostei do poema e a xilogravura está muito interessante e bonita.
    Beijinhos

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    1. Fico contente que tenha gostado Cláudia.
      Gosto dos dois: a poesia de João Rui de Sousa e os desenhos fantásticos de Escher (o que conheço, que não é muito).

      Beijinhos e continuação de bom trabalho

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  4. Isabel, um belo poema e uma bela ilustração. Um abraço.

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    1. Muito obrigada Manuel, por gostar da escolha.
      Fico feliz.
      Um beijinho

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  5. Não conhecia o autor.
    Este poema tem conteúdo.
    Ampliei a xilogravura e está perfeita para a AGUA DO ENTENDIMENTO.

    Parabéns e obrigado, Isabel.

    Um beijo.

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    1. Eu é que agradeço as suas palavras.Muito obrigada.
      Também não conhecia o autor e não fui eu que o descobri. O livro foi oferecido.
      Gostei muito da poesia.
      Um beijo

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  6. Como pode ser bela a água (mesmo numa poça de água!) e gostei do poema...
    beijinhos

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    1. Mas esta é uma poça de água muito especial, não é? E reflecte o luar. É lindo.
      Fico contente que tenha gostado do poema escolhido.
      Uma boa noite para si, Maria João.

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  7. Isabel,
    Tão bonito o poema! De Escher gosto muito.
    Beijinhos. :))

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    1. Também acho lindo Ana. Gostei deste poeta.
      E gosto dos desenhos de Escher. São muito interessantes.
      Beijinhos e continuação de bom trabalho.

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  8. Uma imagem deveras preciosa!
    O poema é belíssimo.

    Lídia

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    1. Muito obrigada Lídia. Fico contente que tenha apreciado.
      Um abraço

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  9. Adoro Escher. Há uns tempos, tive a sorte de ver em exposição grande parte dos seus trabalhos. :)

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    1. Que bom, quem me dera! E onde viu?
      Gosto muito dos trabalhos dele. Muito interessantes.

      Costumo visitar o seu blogue.
      Obrigada pela visita.
      Um abraço

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  10. Isabel, vi essa exposição do Escher, que ocupava várias salas, por mero acaso, no palácio da rainha em Haia.

    Obrigada pelas visitas à minha "casa".
    Um abraço. :)

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    1. Maravilha!

      Cheguei ao seu blogue há uns meses, através de um outro, que neste momento está parado, o "Portinho de Abrigo". Gostava que a "dona" voltasse a ele, porque também gostei.
      Um abraço

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