terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

À procura de um sonho

Se eu pudesse, comprava uma casa na praia.

Perto do mar.
Para o poder ver da minha janela, ou tranquilamente sentada à porta, desfrutando do azul das águas e do grito estridente das gaivotas.

De preferência, uma casa rasteira, que no Inverno teria sempre a lareira acesa e no Verão, portas e janelas abertas.

Nela caberiam, como diz a Elis Regina, os meus livros, os meus discos e os meus amigos.
Seria uma casa onde haveria sempre um lugar para aqueles que amo.

As paredes estariam cheias de quadros.
Pintados pelos amigos.
Ou pelos sobrinhos  (já tenho alguns)...
Ou até por mim... que hei-de ganhar-lhe algum jeito.

Teria também muitas fotografias e todas as coisas de que gosto.
Todas as minhas coisas.

A cadeira de baloiço, as caixinhas de música, as bonecas, as miniaturas, a loiça com flores, a velha mesa que veio da aldeia e que me deu tanto gosto restaurar... a...o...as...os...

...os meus objectos e móveis que me dizem tanto, porque cada um tem a sua história.

Se eu pudesse, teria esta casa feita de simplicidade, onde a certeza de pertencer a um lugar, a um mundo, sem tempo, sem pressa, sem complicações, seria uma constante.


Sabem onde se vendem sonhos?





10 comentários:

  1. Isabel,
    Não sei onde se compram sonhos mas partilho deste teu pois também é um velho sonho ter uma casa virada para o mar.
    Parabéns pelo texto.
    Partilho do gosto pelas caixinhas de música, desde pequenina quando uma tia me deu uma; abri-a e saltou uma bailarina a dançar o Lago dos Cisnes... até hoje as caixinhas são a minha perdição.
    Beijinhos e que o sonho se concretize!:))

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  2. Obrigada Ana
    Sei quais são essas caixinhas.
    São lindas.
    Se alguém me disser onde se compram os sonhos, eu conto-te...
    Beijinhos

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  3. Não, não sabemos onde se vende sonhos. Mas sabemos que eles devem evoluir conosco, mudando um pouco as cores da parede, a disposição das fotos, a colcha da cama ... e se o alimentarmos, ele resiste. São feitos de tecido, do mesmo que cobrem as nossas almas, portanto se acreditar em você, nãovai precisar comprá-los, eles brotaram como alecrim a beira mar.

    assim são nossos sonhos, mas podemos conversar com o desejo, parente dos sonhos.

    bjs de todas nós.

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  4. Que pena não saberem onde se vendem sonhos...
    Vou continuar a procurar...pode ser que alguém saiba...

    Vou alimentando os sonhos sim senhor. Sem eles morre-se.
    E enquanto isso também vou fazendo mudanças por aqui. Já foi uma mania mais frequente, mas com a idade, fiquei menos irrequieta, que isto de andar a arrastar moveis pesados arrasa com a coluna. Mas curiosamente ontem andei a ver umas revistas de decoração e fiquei com vontade de fazer mudanças. No próximo fim-de-semana vou mudar a disposição dos moveis no meu quarto. Radical. Vamos ver se resulta ou se tenho que voltar a por tudo como está.
    Gosto destas mudanças. Já que não posso mudar para a casa da praia...

    Andaram nos festejos de Carnaval? Eu não gosto do carnaval.
    Beijinhos amigos para todas

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  5. Os sonhos não se podem comprar, por isso convem ir aprendendo a vivir de realidades: esta casa, esta paisagem, estes amigos, este pedacinho de céu, este dia para viver, como se fosse o último!
    Beijinhos grandes

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  6. Pois não Maria.Não se compram, mas não vale desistir dos sonhos possíveis. Tenho dois e não desisto deles. São possíveis e nem sou muito ambiciosa.

    Mas...de qualquer forma...esta casa, esta paisagem, estes amigos, este pedacinho de céu, este dia para viver como se fosse o último!
    Beijinhos para ti.Divertiste-te no carnaval?
    (Detesto o carnaval)

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  7. Isabel, tal como disse a Maria, os sonhos não se compram e a Isabel não precisa de os comprar pois já os tem. Precisa sim é de alimentá-los e fazer com que se tornem realidade...
    Pode ser que a Lumière abra uma sucursal perto da praia...Era a loucura total! Ha, ha, ha!
    Também não ligo ao Carnaval. O dia foi passado com a família.
    Beijinhos

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  8. Pronto!
    Uma sucursal da Lumière...conte comigo! Ha,ha,ha!
    Isso é que era o máximo. Mar e livros...

    Bem, mas voltemos à realidade, também passei o carnaval com família, nem saí de casa.
    Um beijinho

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  9. Ó Isabel! Eu gostava muito de ir à tua casa ao pé do mar!Às vezes há sonhos que se realizam...
    E até ficava lá uns dias ao pé de ti!
    Beijinhos

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  10. Querida Maria João
    como eu gostava que assim fosse. Está prometido.Fica lá uns dias.
    Um beijinho grande

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