Comprei-o no último fim-de-semana na Bertrand.
Um livro que fala da história
O Principezinho e do seu autor.
Conta como nasceu e foi tomando forma, um dos mais belos livros de sempre. Como a história foi tomando conta do autor duma forma quase obsessiva.
Em
O Principezinho, há muito das vivências do próprio autor, da sua personalidade e das memórias da infância.
Esta edição comemorativa tem a história integral de
O Principezinho, uma primeira parte sobre a vida e a personalidade do autor
e ainda um capítulo dedicado a diversas
leituras da história.
É um livro interessante; um álbum com desenhos, esboços, fotografias, testemunhos dos amigos, episódios e curiosidades sobre a publicação...
Um pequeno tesouro!
Capa da Edição comemorativa dos 70 anos do Principezinho
Capas das primeiras edições americanas e francesas
«Esse Principezinho, eu já o tinha visto muitas vezes surgir no meio dos seus papéis, antes de me arriscar a perguntar a Saint-Exupéry como é que aquele diabrete o tinha assim dominado. Explicou-me que um dia, quando olhava fixamente para uma folha em branco, o miúdo tinha surgido como uma aparição.
- Quem és tu? - Perguntara Saint-Exupéry.
- Sou o Principezinho.
E desde aí tornara-se uma presença constante.»
John Phillips
Repórter fotográfico norte-americano
Au revoir Saint-Exupéry, Gallimard, 1994
(pág.42)
«...Durante a tarde, ouvíamos as histórias de Saint-Exupéry [...]. Levava-nos [...] em viagem [...], da Indochina aos bairros suburbanos de Paris, do Sara ao Chile. Era um prodigioso contador de histórias. [...]. À meia-noite ia para o gabinete de trabalho, onde ficava até às sete da manhã, escrevendo (e desenhando) as aventuras desse Principezinho simbólico que era, no seu minúsculo planeta, uma projeção do autor. De madrugada, chamava-nos, gritando, para nos mostrar um desenho. Um dos traços do génio é o de obrigar os outros a partilhar a sua vida.»
André Maurois
Romancista e ensaísta da Academia Francesa
Les Nouvelles littéraires, 7 de novembro de 1946
(pág.38)