A pequena Bailarina
cansou-se de ficar quieta
lá no cantinho da estante
(Ainda para mais
tendo como vizinhos
uns livros sisudos
e pouco simpáticos !
Antes estivesse junto das histórias infantis
que certamente
a ajudariam a passar o tempo
contando as peripécias
que as suas páginas
silenciosamente
guardam...
Mas não! )
E lá foi ela...
...
Deixou-me vazio
o cantinho da estante.
A marota!
Alguém a viu?...
* Porque descobri ontem que a minha máquina (que tenho há uns seis anos) tira fotografias a sépia e a preto e branco.
"Durante as férias de Verão, os estudantes japoneses têm de efectuar um certo número de trabalhos ou actividades que deverão mostrar ao professor no regresso às aulas: participação em sessões de ginástica radiofónica de bairro, diário pessoal com desenhos, lista de livros lidos e com os respectivos comentários, relatório sobre um tema á escolha, etc."
Pág.145, A Magia dos Números, Yoko Ogawa
"Não saber não era vergonhoso, pois permitia tomar outra direcção na busca da verdade." (pág.77)
Tinha seis ou sete anos e nunca tinha visto televisão.
Não sei exactamente qual foi o primeiro dia em que fui ver televisão pela primeira vez.
Havia apenas duas na minha rua. Uma dessas televisões estava nesta casa.
Sei que durante algum tempo eu e os meus irmãos íamos aqui, a "casa da Senhô Júlia" ver o Bonanza, o Chaparral e outros filmes, à noite, creio que nas férias de Verão. Nós morávamos um pouco mais abaixo.
Até que um dia, chegou uma televisão a minha casa. O meu pai tinha-a comprado e foi uma surpresa.
Lembro-me do primeiro dia de televisão em minha casa. Foi uma alegria inesquecível!
Nesse primeiro dia, estive a tarde toda a espreitar a "mira" da televisão. Não dava nada, porque naquele tempo a emissão só começava lá para a tardinha. Mas estava uma imagem parada, no ecrã e ouvia-se música (pelo menos é assim que recordo este primeiro dia).