segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Para sempre


A Morte

[...]

Só no ouvido dos versos,
Onde a seiva não corre,
Uma rima perdura
A dizer com brandura
Que um poeta não morre.


Miguel Torga

                                                                                
 
 

domingo, 29 de setembro de 2013

Leituras


«Não direi que "o século XXI será religioso ou não será". Mas direi, certamente, que o século XXI será fraterno ou fracassará. Cabe a cada um de nós, seja qual for a fé ou o pensamento que o anima, fazer com que essa certeza se torne realidade.»

Abbé Pierre

( Na contra-capa do livro)

                                                                                    
 
 

sábado, 28 de setembro de 2013

"O Tempo a envelhecer!"


O Cinzento Teimoso...

O cinzento teimoso ensombra a dia.
O sol recusa aparecer, distante,
seus raios dormem como se a manhã
não tivesse acordado. O dia gris,

e difícil será dizer-se quando
sem luz irá mudar o colorido.
Há quanto esta mordaz monotonia
pela minh'alma inteira me acompanha.

Sombras e sombras, brumas desenhando
a solidão completa e depois tanto
que outro assombro pior me rói o espírito.

Meu Deus, dai-me um amparo, mesmo lene.
Julgando embora como tudo é breve,
não me deixes por hoje sucumbir.


António Salvado, Sonetos do Interregno, pág.48
Fólio Exemplar


 
 
 
Obs.  O Outono é o tempo a envelhecer é o título de um pequeno e precioso livro de Maria Isabel César Anjo, com ilustrações de Maria Keil
                                                                             

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

À espera que me digas...


À espera que me digas como ornar-te
com palavras singelas, folha branca,
vou olhando pessoas a passar
apressadas - será longe a distância

do seu destino. Aqui, ao lado, as árvores
cheias de verde e sol julgo que cantam
de alegria por verem que nos bancos
debaixo delas vibram namorados.

E um céu azul, de pássaros orquestra
com seus trinados vários que enlouquecem
de prazer os ouvidos de quem vê,

e tal como eu que à espera continuo
nesta manhã tão límpida que tu
me digas, folha branca, que fazer.


António Salvado, Sonetos do Interregno, pág.18
Fólio Exemplar

                                                                              

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Haiku e uma pintura, ou vice-versa


                                                                                 
 
Myra Landau
 
 
crescem flores bravas
no penhasco de ninguém -
só a voz do mar
 
 
Leonilda Alfarrobinha
De Frente para o Mar, Poesia haiku contemporânea, pág.83
Palimage
 

domingo, 22 de setembro de 2013

Amor


"há tantas pequenas coisas simples
de valor próprio inestimável..."

Pedro Strecht

                                                                              
 
Amândio Silva
Para além da Eternidade
(Tapeçaria)
 
 
Imagem retirada do livro Amândio Silva, Edição Caleidoscópio
 

sábado, 21 de setembro de 2013

Generosidade


Acredito, que quando as pessoas praticam o bem e a generosidade, duma forma desinteressada, há a chamada lei do retorno.

Tinha visto este video, há dias, num blogue e hoje recebi-o por mail...
Acho-o bonito, por isso aqui o deixo.


                                                                                 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Marcadores - XXXV


E uns que comprei nas férias...





                                                                   

Marcadores - XXXIV


E mais um marcador artesanal, comprado em Castelo Branco.

                                                                     
 
 

Marcadores - XXXIII


Três belíssimos marcadores que vieram enriquecer a minha colecção!

                                                                              


 
 

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Para as fãs dos Nirvana...


...Maria João e Ana!


                                                                           
                                                                                                                               

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Nirvana


Para além do Universo Luminoso,
Cheio de formas, de rumor, de lida,
De forças, de desejos e de vida,
Abre-se como um vácuo tenebroso.

A onda desse mar tumultuoso
Vem ali expirar , esmaecida...
Numa imobilidade indefinida
Termina ali o ser, inerte, ocioso...

E quando o pensamento, assim absorto,
Emerge a custo, desse mundo morto
E torna a olhar as coisas naturais,

À bela luz da vida, ampla, infinita,
Só vê com tédio, em tudo quanto fita,
A ilusão e o vazio universais.


Antero de Quental


                                                                             
 
 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Canção infantil


No regresso à escola...
...uma canção de Outono!


 
                                                                           

domingo, 15 de setembro de 2013

Prenúncio de Outono!


As uvas que já têm cor e sabor
As folhas que já despiram o verde de Verão e começam a vestir-se de Outono
Os dias mais curtos
As noites mais frescas
E as aulas que já começam!

Ah! O Verão que vai partindo com as andorinhas...

Estou a aprender a gostar do Outono!


                                                                        
 
Vestidas de Outono



 
 
Prontas para apanhar!

 
Ainda brincadeiras de Verão!
 
 
 
Ei-las que partem...
 
                             

sábado, 14 de setembro de 2013

Portas


Pelas ruas de Cascais...

                                                                            






 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Carminho

Alma

Hoje vou ouvi-la no Cine-Teatro Avenida!
Alguém quer vir?

                                                                              

Bom dia!


Libertad
Nana Mouskouri


                                                                             

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Canção


Quando estiver morta, querido amor,
            Não cantes canções tristes por mim,
Não plantes rosas sobre a minha cabeça,
            Nem um ombroso cipreste:
Que nasça a verde erva sobre mim
            regada de gotas e orvalho;
E se te apetecer, recorda,
            E se te apetecer, esquece.

Eu não mais verei as sombras,
            Não sentirei a chuva,
Nem ouvirei o rouxinol
            A cantar como se sofresse:
E sonhando num crepúsculo
            Que não nasce nem se põe,
Talvez possa recordar
            Talvez possa esquecer.


Christina Georgina Rossetti,
pág.93, Os Pré-Rafaelitas, antologia poética
Assírio & Alvim


                                                                              
 
Devaneio
Dante Gabriel Rossetti

           

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Hino À Razão


                                                                            
 
Da Série Capricho nº43 « O Sonho da Razão Produz Monstros »
Água-forte e água-tinta
 
Explicação desta estampa no manuscrito do Museu do Prado: A fantasia desligada da razão produz monstros impossíveis: aliada a ela, é a mãe das artes e a origem das maravilhas.  | Manuscrito da Biblioteca Nacional: Capa desta obra: quando os homens não ouvem o grito da razão, tudo se converte em visões.
 
 
 
O sonho da razão
Goya recupera o género dos "sonhos", muito difundido na época medieval e retomado por Quevedo no séc.XVII. Concebia o produto da sua imaginação como sonhos que explicavam o absurdo e a irracionalidade do homem da sociedade a que pertencia, e pretendia dar exemplo e sólido testemunho da verdade. Mostra-nos uma sociedade que não se adapta aos novos tempos, à mercê de mentes obscurecidas e confundidas por falta de discernimento ou acaloradas devido a paixões desenfreadas. Através do sonho libertado da razão apresenta-nos todo o tipo de monstros e de animais que simbolizam o mal, os vícios humanos, a superstição, a bruxaria e a loucura de uma sociedade desgovernada.
 
 
Imagem e texto retirados do catálogo da exposição Francisco de Goya, Caprichos | Desastres da Guerra | Provérbios,  que esteve patente ao público no Centro Cultural de Cascais de Junho a Setembro
 
 
 
 

Hino À Razão
  
Razão, irmã do Amor e da Justiça,
Mais uma vez escuta a minha prece.
É a voz dum coração que te apetece,
Duma alma livre, só a ti submissa.

Por ti é que a poeira movediça
De astros e sóis e mundos permanece;
E é por ti que a virtude prevalece,
E a flor do heroísmo medra e viça.

Por ti, na arena trágica, as nações
Buscam a liberdade, entre clarões;
E os que olham o futuro e cismam, mudos,

Por ti, podem sofrer e não se abatem,
Mãe de filhos robustos, que combatem
Tendo o teu nome escrito em seus escudos!
 
 
Antero de Quental
 
                                                                                                                

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Grandes Vozes Americanas 16


E com o número dezasseis, Dinah Washington, termina a colecção!

                                                                      
 
 
 
 
"Eu canto tudo, qualquer coisa. Canto blues, pop, e se tiver que cantar música de igreja posso fazer isso. Gosto de entrar numa canção e fazê-la significar algo para as pessoas que a ouvem. Alguma coisa a mais do que apenas um combinado de letra e música."
 

domingo, 8 de setembro de 2013

Coração de criança...


A lógica de um coraçãozinho de criança...
Recebi por mail há algum tempo. Vale a pena perder uns minutos a ver.

Bom domingo!


                                                                              

Grandes Vozes Americanas 15


Sammy Davis Jr.

                                                                                  
 
 
 
"O medo de perder o sucesso começa quando ficas entrincheirado nele. No meu caso, isso tornou-se numa obsessão. Quando saí do exército, desesperado para fazer sucesso, se o diabo me tivesse proposto um pacto, teria aceite."


                                                                                

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A Vida Íntima de Laura


A história um pouco desconcertante de uma galinha, não muito inteligente, nem bonita, mas simpática e de bem com a vida.
Uma pequena história que incentiva a observar.
E quem sabe observar, sabe contar histórias!

                                                                          
 
 

Grandes Vozes Americanas 14


Anita O'Day...
                                                                                


 
 
"Aderir ao glamour, usando luvas brancas longas, cabelo louro-champanhe, era minha maneira de esconder a minha reputação como consumidora (de drogas). [...]"
 
 
                                                                                    

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

De relance...


                                                                              













 
 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Vidinha de cão!


Um sono profundo!
Será ressaca?


                                                                          

 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Lustres


Os "lustres" da Joana Vasconcelos e os do Palácio Nacional da Ajuda.
Um pretexto para espreitar também os belíssimos tectos do palácio.