Há alguma coisa cá dentro que o atrai...
domingo, 30 de março de 2014
sábado, 29 de março de 2014
"À Deriva" entre livros e poemas
Quando vagueamos à deriva entre os expositores de uma livraria, uma das coisas que pode atrair-nos ou repelir-nos é a capa dos livros.
Há capas tão bonitas, que apetece só por isso, trazer o livro para casa, mesmo que depois se revele uma desilusão, e vice-versa: capas horrorosas às vezes escondem bons livros, que nos surpreendem.
Mas gostos são gostos! Seja nas capas ou no conteúdo dos livros!
Esta é uma capa que eu acho muito bonita, quer o grafismo, quer o título.
À Deriva, um livro de poemas de Maria José Areal cuja capa é pormenor de "Sem Título" de Luís Carlos Areal.
Janelas de Esperança
Abram-se as janelas
Da esperança!
Neste tempo de desilusão
O mundo entulha-nos
Com pactos de desgraça,
Ondas de desdém,
Ventos de cobiça
Arremessando a esperança
Para o universo do sonho.
É o desamor
Que assola este tempo
No tempo de todos nós.
A criança caminha
Sem rumo certo,
O jovem não vê
As coordenadas do caminho
Os homens e as mulheres
Procuram na noite o abrigo
Para tamanha dor.
A incerteza cultiva a desgraça
E...não sabemos por onde ir.
Abram-se as janelas da esperança!
Pág.21
sexta-feira, 28 de março de 2014
quinta-feira, 27 de março de 2014
quarta-feira, 26 de março de 2014
Despreocupação
Um barquinho de papel
sem rumo
e
os meus sonhos
de menina
Devolveu-mos o vento;
guardei-os na velha caixa de música
Quem dera
que a vida fosse feita assim:
barquinhos de papel ao vento,
caixinhas de música
e
sonhos guardados...
terça-feira, 25 de março de 2014
segunda-feira, 24 de março de 2014
domingo, 23 de março de 2014
quinta-feira, 20 de março de 2014
Ela aí está! Chegou hoje: a Primavera!
Canta, canta, passarinho,
Canta, canta, até mais não,
Quanto melhor tu cantares
Mais se alegra o coração.
Cantares e todo o ano, pág.64
Selecção de Júlio Evangelista
quarta-feira, 19 de março de 2014
Dia do Pai
"O mundo tem uma necessidade infinita de pais carinhosos."
A frase foi retirada de Para um Pai muito especial, de Pam Brown e Juliette Clarke, da Texto Editora
A ilustração pertence a O Meu Pai de Anthony Browne, da Caminho
terça-feira, 18 de março de 2014
segunda-feira, 17 de março de 2014
domingo, 16 de março de 2014
Vergonha
De manhã, enquanto limpava o pó, na sala ( malditas tarefas domésticas! ) liguei a televisão e dava na TVI um programa sobre a Cáritas. A certa altura, o que me fez olhar com mais atenção foi ver uma jovem, que poderia ser um daqueles jovens com quem nos cruzamos todos os dias, poderia ser um dos meus sobrinhos ou um dos seus amigos, poderia ser um jovem qualquer do nosso país!
Pelo que entendi essa jovem recorria à ajuda da Cáritas e dizia:
- Não, não tenho vergonha. Vergonha é andar por aí a fazer coisas feias ou a roubar...
Eu fiquei a pensar.
Vergonha, é um país que deixa os seus jovens (formados ou não) sem emprego, sem recursos e que se vêem na necessidade de recorrer à Cáritas, aos pais ou a emigrar.
Vergonha é ter um país onde os governantes só olham para o seu umbigo e para os seus interesses, esquecendo-se que estão onde estão, porque muita gente lhes confiou a sua voz.
Vergonha é ter um país onde os governantes esquecem que a sua primeira obrigação é promover as condições para que todos possam viver com dignidade.
Vergonha é um país onde os cidadãos não têm o suficiente para viver.
Isso é que é vergonha!
sábado, 15 de março de 2014
Hildegarda de Bingen
"O que mais impressiona em Santa Hildegarda de Bingen (1098-1179) é a sua espantosa atualidade. Ela é uma das figuras mais fascinantes e multifacetadas do Ocidente europeu. Os seus escritos sobre as propriedades medicinais das plantas e as virtudes das pedras preciosas e dos metais; as suas três obras proféticas que resultam de uma faculdade visionária que a tornaram célebre; as extraordinárias composições musicais que criou sem ter recebido nenhuma educação musical; a intensa correspondência com os personagens mais importantes da sua época, desenham o perfil de um destino inspirador. Um bálsamo para o racionalismo asfixiante dos nossos dias."
(Na contracapa do livro)
sexta-feira, 14 de março de 2014
quarta-feira, 12 de março de 2014
...e só para finalizar...
Para meu contentamento: uma referência à minha cidade!
" E se Castelo Branco não tivesse escola de música? Portugal perderia um grande pianista e eu um grande amigo."
Pág.221
Vai-te embora depressão!
"Interessei-me sobre o que acontece ao nosso corpo depois de morrer e li morbidamente até ao fim. Reproduzo na íntegra:
[...]
Ainda bem que li, já não me apetece morrer."
Pág.224
E para finalizar: a amizade!
"De vez em quando conversamos, mas nem precisaríamos. Um grande amigo é isso: um coração que conforta, só por bater."
Pág.234
(Fico à espera do II ...)
terça-feira, 11 de março de 2014
Com sabedoria...
"A bravura consegue-se graças a pequenas renúncias diárias em silêncio, numa luta íntima sem testemunhas, ao longo de uma vida, e nisto não há equivalências. Nem era justo que houvesse."
Pág. 178
segunda-feira, 10 de março de 2014
Com sentido de humor...
"A morte é uma rameira que nos fila de cima e se compraz a imaginar o modo como nos ceifará. Olha-me , vê-me fumadora e comilona, e pensa voluptuosamente numa forma de me fintar. «Cancro nos pulmões? Trombose? Demasiado óbvio...» Queria partir a dormir, com um enfarte ou um acidente, mas há muitos inscritos e poucas vagas. Estamos nas mãos dela, que é vaidosa e gosta de surpreender."
Pág.56
Veneza Pode Esperar, Rita Ferro
D. Quixote
domingo, 9 de março de 2014
Estados de espírito
"Nunca é o pensamento que assusta, é a gramática pesada que o serve, as mil remissões do discurso académico. Nem são as resmas de papel nas mãos dos oradores, a prometerem-se infinitas; é a palidez de algumas caras e a suspeita de que não será preciso tanta renúncia ao sol e ao prazer para entender a vida e aceitar a morte."
Pág.33
"Quando rezo, nunca peço para que os problemas se resolvam. Deus não é uma varinha mágica. Peço força e equilíbrio para os enfrentar e, só de formular, arranjo-os.
[...]
A minha vida social também se alterou. Perdi o gosto de me relacionar gratuitamente e arrependo-me quando saio de casa. Talvez não seja feliz, mas ninguém me oferece mais. Agora , gosto de petiscar. Um livro, um verso, um filme, dois dedos de conversa, uma roupa confortável, três horas seguidas de sofá a repensar a vida. Tirem-me isto e é um martírio. Dantes, gostava de conhecer pessoas; agora as que tenho chegam-me."
Pág.38
quinta-feira, 6 de março de 2014
terça-feira, 4 de março de 2014
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