quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Pardais na eira
Na Eira dos Pardais, é um livro de contos de Maria José Carvalho Areal, que fala de pessoas simples, mas com um coração de poeta.
Fala da vontade de ser feliz e da vida que às vezes impede de o ser.
Fala de pessoas que ontem como hoje têm os mesmos anseios, os mesmos medos e a mesma vontade de viver.
Gostei muito de ler estes contos, duma autora que não conhecia e que pude conhecer através da Livraria Lumière!
"Era um jovem sem asas para voar por ser pobre, mas a sua imaginação, vontade e querer, faziam dele uma autêntica águia em pleno e constante voo. [...]
A única alternativa era viver um dia de cada vez e fazer do pouco muito e do nada alguma coisa." (pág.30)
"Os dias foram correndo nesta aprendizagem, no conhecimento das gentes e dos espaços que a rodeavam. Havia um certo encantamento que não estava de todo, previsto no seu imaginário, Afinal, não era assim tão difícil ensinar a ler, escrever e contar, nem tão penosa a saudade da ausência e da lonjura da família. Ia superando estes e outros constrangimentos com alguma arte." (pág.61)
"-Ufa!... A vida dá cada volta! E que volta!..." (pág.63)
"Saí a correr. Tinha medo que a guerra fosse ali perto e que me encontrasse pelo caminho. E tinha medo também, porque a minha mãe já estaria preocupada, pois a minha casa ainda ficava longe e o sol já tinha abraçado a noite.
Naquela noite sonhei com a guerra." (pág.75)
"As pessoas precisam de tempo para entenderem o coração..." (pág.97)
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Isabel, tinha a certeza que ia gostar de o ler.
ResponderEliminarÉ um livro que nos prende da primeira à última palavra e ficamos com pena quando termina; tal é a riqueza das descrições, das pessoas, dos cheiros e sabores, de um Minho que ainda está bem presente na memória das suas gentes... MJCA liga tudo isso de uma forma magistral e poética.
Na Eira dos Pardais, é um autêntico manjar para os sentidos e é o reflexo da pessoa sensível e bonita que a autora é!
Um beijinho.:))
Concordo completamente com tudo o que diz! É um livro que se lê de seguida, com gosto.
EliminarGostei muito!
Obrigada porque me deu a conhecer a autora e o livro!
Um beijinho grande :)
Como é difícil falar de nós!
EliminarAgradecer não basta.. e que mais possso fazer?
Há uma forte vontade de dar vida às Memórias que herdamos dos nossos que já eram de outros. Nestes "novelos"/narrativas houve a preocupação de colocar no altar do dia o "modo vivendis" daqueles que por mim e em mim deixaram pedaços de vida. Esta relação eu/ eles/outros, assume o desejo de perpetuar a memória colectiva, numa postura interactiva.
Obrigada pelas palavras ditas. Maria José areal
Boa noite, Maria José
EliminarTal com a Cláudia, gostei imenso do seu livro, porque é muito autêntico e estas suas memórias, trazem-nos pessoas simples com as quais simpatizamos, histórias onde" reconhecemos" pessoas, lugares e situações com as quais também nos identificamos. Senti isso.
Gostei muito.
Agradeço-lhe por ter vindo até aqui e pelo seu comentário.
Boa noite!
Boa partilha
ResponderEliminarBj
Ainda bem que gostou, Mar Arável.
EliminarUm beijo
Tem muito boa pinta, se estivesse em Portugal havia de o procurar. Espero que a Maria José Areal em breve tenha um blog onde possamos todos ler as coisas bonitas que há para contar, ela que sabe fazê-lo tão bem.
ResponderEliminarBom finde, beijinhos
Acho que não tem blogue.
EliminarO livro é lindo, Maria, acho que ias gostar. Pode ser que a autora um dia destes crie um blogue...
Um beijinho e bom finde!
Obrigada Isabel.
EliminarBlog não tenho e vontade de o fazer nascer tb. não.
Porque o tempo é pouco, porque os dias são curotoa para o tanto que necessito fazer.
As minhas ausências do dia são para escrever, na solidão da criação. A partilha com os outros vai acontecendo com a ajuda dos amigos.Fico muito grata.
A Cláudia tem sido maravilhosa e sei que o faz com ternura. Deixo-me ficar no vosso espaço de atenção...Êxitos!
Passarei por aqui. Abraços Maria josé areal
Maria: Escrevi este livro pensando nas minhas avós, a quem o dedico, e toda a ternura por elas, em mim, semeada.
EliminarA mulher e o Rio Minho, são dois caminhos paralelos, e às vezes, cruzam-se no dor e no amor.
Escrito em prosa simples, fala das coisas da vida das emoções promotoras de uma dinâmica de vida.
Agardeço o interesse. Pode ser que um dia... Maria José areal
Maria José Areal
Eliminarum blogue seu seria certamente muito interessante. É pena que não caiba nos seus projectos.
A Cláudia é uma pessoa encantadora e uma amiga para sempre (dos seus amigos) !
Muito obrigada pela sua presença, aqui no blogue, e pelas suas palavras.
`
Boa noite!
(Vou dizer à Maria que tem aqui o seu comentário)
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