Como nunca tinha lido nada de Rosa Montero e tinha comprado este livro há tempos ( depois de me terem falado dela) , resolvi lê-lo.
Ao longo do livro achei-o às vezes interessante, outras monótono e aborrecido, outras pretensioso, outras ainda, estranho, para não dizer um bocado confuso...
Mas no final, e ligando tudo, o que prevaleceu foi o interessante. Não é um livro indispensável, mas gostei de o ler e aprendi algumas coisas sobre livros e escritores, porque se, ao longo do livro, me deparei algumas vezes com a dúvida « Isto será verdade?», a autora esclarece no final que tudo o que conta sobre outros livros ou outras pessoas, é verdadeiro, sobre a sua própria vida é que não. Este esclarecimento é importante. Para mim foi importante, para consolidar a ideia que finalmente tinha formado sobre o livro e que ao longo da leitura não conseguira decidir.
Creio que estas dúvidas me surgiram, porque a escrita o provocava intencionalmente.
Enfim, gostei do livro!
Logo, vou ouvir Rosa Montero e só depois colocarei este post, para ver se acrescento ou não alguma coisa .
Entretanto, comprei A ridícula ideia de não voltar a ver-te, que vou começar a ler já de seguida!
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Ouvir os autores, ao vivo, faz-nos muitas vezes perder (ou confirmar) as ideias feitas, que temos, sobre os mesmos.
Destes dois autores fiquei com uma imagem bastante positiva. Gostei muito da naturalidade dos dois e de os ouvir falar, sem pretensões, sobre os livros e os temas que lhes estão associados.
Foi uma Viagem Literária que valeu a pena!
(Estou a publicar este post, um dia depois de ser escrito. A Viagem Literária foi ontem. )
Se reparar, Isabel, os títulos da Senhora vão muito na esteira dos da "nossa" Margarida Rebelo Pinto..:-)
ResponderEliminarUm bom domingo!
Fui espreitar os títulos de uma e outra ao site Wook. Talvez...não sei dizer bem...mas não comparava as duas, ou antes, não as colocava no mesmo grupo. Talvez esteja a ser injusta, porque também não conheço quase nada da Margarida Rebelo Pinto; li o primeiro ou o segundo livro dela e não gostei nada. Ainda li uma ou outra crónica. Tenho mais um livro dela que nunca cheguei a ler. Das pessoas: gostei muito mais de ouvir a Rosa Montero do que a Margarida Rebelo (que ouvi uma vez ou outra na TV).
EliminarNa verdade, conheço tão pouco de cada uma...
Mas vou acabar (espero) este segundo livro da Rosa Montero, que já comecei ontem.
Desejo-lhe um bom domingo:)
Desculpe-me voltar à carga, Isabel.
EliminarA minha opinião, sincera, é que são ambas "publicitárias" - não têm a qualidade de verdadeiras escritoras, no sentido literário do termo - daí os títulos apelativos, para chamariz.
Mas têm um faro apurado: sabem qual é a "mainstream" do tempo, vivem intensamente nele, conhecem aquilo que as pessoas gostam de ler. São de estilo fácil, nem obrigam a pensar.
Depois há diferença de idades: 15 anos. A Rosa deve ter acompanhado a "movida" madrilena. A Margarida é mais "yuppie", mais Bairro Alto... Não só: a Rosa capricorniana é mais fria, racionalmente metódica, com certeza; enquanto a Margarida, Gémeos de signo, tem o coração ao pé da boca, mais desbocada, por certo... Mas ambas sabem viver. Da escrita.
Uma boa tarde de domingo!
(E desculpe qualquer coisinha.)
Ah!Ah!Ah!
EliminarAcho muito bem que volte! E até concordo que tem razão. Da Margarida Rebelo é exactamente essa a imagem que tenho !
Quanto às características dos signos, também sei pouco, mas acredito que temos mesmo algumas características dos nossos signos.
Bem, mas ainda assim vou continuar a leitura do meu livrito :)
Muito obrigada por este diálogo, que é sempre interessante:)
Desejo-lhe a continuação de um bom domingo:)
Os títulos não convencem, de facto! Não sei o que haverá para além deles. Ainda não li nada da autora.
ResponderEliminarBom domingo!
Também há pouco tempo que conheço e apenas li este livro. Estou a ler o segundo. Se gostar, depois ainda coloco aqui alguma nota.
EliminarBom domingo, para si, Lídia:)
Olá, Isabel!
ResponderEliminarEstou a comentar numa coisinha minúscula a que chamam smartfone... por isso...
Julgo que lhe referi em comentário anterior alguma reserva em relação à Rosa que ouvi em entrevista na rádio. poderá ser preconceito pois nao li nada dela.
Ha tanto para ler... Agora vou começar Amada Vida da Alice Munro.
Boa semana de leitura.
Sei mais ou menos o que é o smartfone, que não sou muito informada sobre essas tecnologias. Fico-me pelo computador e um telemóvel de modelo quase pré-histórico:)
EliminarTem toda a razão: há tanta coisa boa para ler, tanto escritor para conhecer, mas o tempo não dá para tudo. Todas as semanas compro livros, que vou amontoando...
Está a gostar desse que lê? ...
Desejo-lhe também uma boa semana, se for de férias, bom descanso:)
Sabia que ias gostar de Rosa Montero, porque ainda que não li esse livro, nem muitos dos que escreveu, tenho a certeza que em todos reflexa de uma maneira ou de outra a sua grande sensibilidade e lucidez. Gostaria que lesses o seu primeiro livro, tão simples, mas que chega muito dentro. Para mim, lê-la todas as semanas en El País é encontrar-me comigo mesma, é ver escrito por uma maravilhosa escritora aquilo que penso e sinto mas não sei dizer, já sabes o que é isto. Todos os livros não vão ser igualmente bons, depois acontecerá como à maioría dos que permanecen, que às vezes só são recordados por um, por "esse" que merece passar à história. Cada vez é mais difícil permanecer, em qualquer arte, com a quantidade de artistas que há, bons, regulares e péssimos. Também é verdade que para passar à história tm que ser mesmo bons, não sei se será o caso de Rosa Montero, é uma incógnita que só se sabe com o tempo. De momento já leva quase 40 anitos aí, e cada vez é mais reconhecida fora de España.
ResponderEliminarFeliz semana, beijinho
Gostei de a ouvir falar. Muito natural. Soube que, desde que o marido morreu, passa alguns meses do ano em Portugal, em Cascais, onde possui um apartamento, que estava em acabamento, quando o comprou, pouco antes do marido falecer (falou disto no sábado). De vez em quando vou a Cascais, pode ser que ainda a por lá encontre (ah!ah!ah!).
EliminarEstive a ver qual foi o primeiro livro que escreveu, mas parece-me que não está traduzido. Ainda quero ler algum romance dela, para ver e opinar, porque tanto a Louca da Casa, que li, como este que estou a ler agora, não são romances.
Aqui em Portugal, não sei se já era conhecida, mas eu só ouvi falar dela desde que tenho o blogue e tu foste a primeira ou das primeiras pessoas a quem ouvi falar (bem).
Um beijinho grande e desejo-te uma boa semana.