Para atingir o desapego total,
não basta a desgraça.
É preciso a desgraça sem consolação.
Não é preciso ter consolação.
Nenhuma consolação visível.
Então descerá
a inefável consolação.
Perdoar as dívidas.
Aceitar o passado,
sem pedir compensação ao futuro.
Parar de repente o tempo.
É também aceitar a morte,
"Esvaziou-se da divindade".
Esvaziar-se do mundo.
Revestir a natureza de um escravo.
Reduzir-se ao ponto
que se ocupa no espaço e no tempo.
Para nada.
Despojar-se
da realeza imaginária do mundo.
Solidão absoluta.
Ter-se-á então
a verdade do mundo.
Simone Weil
À porta do farol faz escuro, pág.20/21
Nao conhecia o poema.
ResponderEliminarGostei muito da foto.
Bjos : )
Muito obrigada, Catarina:)
EliminarUm bom fim-de-semana para si:)
Olá!
ResponderEliminarDecidi mudar o nome do meu blogue por achar que, actualmente, o nome anterior não se identifica comigo.
Por isso, se quiseres continuar a seguir-me, acho que é melhor adicionar o novo link à tua lista de leitura.
Obrigada!
http://the-freckled-girl.blogspot.pt/
:)
EliminarBom fim-de-semana, Diana:)
Haja luz em todos os apeadeiros
ResponderEliminarOxalá que sim!
EliminarÀs escuras corremos o risco de algum trambolhão!!
Bom fim-de-semana, Mar Arável:)
Nem me atrevo a comentar o que a S.W. disse !...
ResponderEliminarMas gostei da porta, Isabel !
É um poema forte e de conteúdo discutível.
EliminarMuito obrigada, fico sempre muito feliz com um elogio de um expert na matéria! Ganhei o dia!
Um beijinho e um excelente fim-de-semana:)
Talvez a verdade nos chegue com tal despojamento. Mas não sei de que vale, quando estamos tão vazios de tudo.
ResponderEliminarTransmite-nos uma sensação de indiferença perante a vida. Uma espécie de incapacidade de seguir vivendo. É muito forte, muito duro.
EliminarBom fim-de-semana:)
Também não conhecia o poema, conhecia-a a ela. Triste! Anda tudo um pouco desalentado por este mundo fora! Toca a andar em frente. Então não há a Utopia???? beijinhos
ResponderEliminarPois anda! Se ouvirmos as notícias, é só coisas deprimentes!
EliminarMas também há coisas boas e alegrias e é isso que temos que ver e procurar.
Gosto do seu optimismo! Também sinto assim:)
Um beijinho grande:)
Primeiro achei a foto um encanto.
ResponderEliminarO poema é intenso e dá que pensar, um desapego tão radical que acho difícil de atingir.
Um beijinho e bom fim de semana Isabel
Obrigada, pela foto:)
EliminarTambém acho que um desapego assim só o atinge quem se desinteressou da vida. É como diz a Bea: que restaria?
Um bom fim-de-semana para a Fê, também:)
Beijinhos:)
Também não conhecia o poema. A foto é linda.
ResponderEliminarE a propósito do comentário de MJ Falcão: celebra-se este ano o 5.º centenário da publicação da Utopia. :)
Bom fim de semana,
Manuela
Há tempos andei a ver no Wook para comprar, mas está esgotado. É um livro que gostava de ler. Pode ser que um dia destes o reeditem.
EliminarBom feriado, MR:)
A fotografia é belíssima, tal como o poema!
ResponderEliminarBeijinhos :)
Muito obrigada, Graça:)
EliminarBeijinhos e um bom feriado:)
Gostei do poema e da porta. A porta é de Monsanto?
ResponderEliminarBom Domingo.
Beijinhos. :))
Obrigada, Ana:)
EliminarA porta é de Monsanto, sim. Fui lá há dias:)
Beijinhos e um bom feriado:)
O poema de Simone Weil é profundo e encerra uma consciência difícil de alcançar.
ResponderEliminarGostei muito da foto. Muito sugestiva :)
Um beijinho, Isabel, e um bom domingo
Uma consciência, na minha forma de ver o poema, não procurada propositadamente, mas aceite, por circunstâncias da vida.
EliminarObrigada:)
Beijinhos e um bom feriado:)
Olá, Isabel.
ResponderEliminarPoema bonito e que dá a volta à cabeça - pelo menos, à minha deu!
Numa primeira leitura, discordei da autora.
Mas depois, na leitura seguinte, tentei transpor a ideia explícita nas palavras para a vida real e, sim, acontece!
A desgraça sem consolação, implica solidão. E viver a desgraça sozinho é desgraça dobrada. Se acrescentar a isso a total ausência de luz ao fundo do túnel, agrava mais ainda. Só, em desgraça, sem perspectivas de vida, sem um réstia de sonho que lhe instigue força, não será difícil ao desinteresse e ao desapego tomar conta da criatura. E, quantas vezes, ao nosso lado, sem que levemos em conta, há criaturas a viver tal martírio numa dor calada, chegando a por termo à própria vida...
Nos voltando para coisas bonitas: a sua foto. Trouxe-me à lembrança uma porta que havia na velha casa dos meus avós paternos que dava para uma eira. A porta de madeira pesada, o chão de pedra polida pelo tempo... já não existe, há pouco acabaram com esse pedaço do passado, agora só existe nas memórias ;)
bj amg
Vejo da mesma forma; concordo com a sua interpretação do poema, completamente.
EliminarObrigada por gostar da foto. Fico contente que lhe tenha trazido boas recordações:)
Um bom feriado para si, Carmem:)
Gosto do desapego da última parte do poema...
ResponderEliminarÉ-me necessário um pouco todos os dias... para ver e sentir mesmo a verdade do mundo, à minha maneira!... E depois... adoro apreciar a minha própria companhia... não conseguiria viver cheia de gente à minha volta, o tempo todo... tal para mim, seria absolutamente sufocante... gosto de dar espaço a quem convive comigo... e detesto que não me dêem espaço a mim...
A imagem... está espectacular!!!! ADORO!!!!
Beijinhos! Boa semana!
Ana
Também gosto do silêncio e do sossego e de estar sozinha. Até sou um bocado barulhenta, no convívio com família, mas depois preciso e gosto do meu espaço e do meu tempo.
EliminarObrigada!
Beijinhos e um bom feriado, para si, Ana:)
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ResponderEliminarEste convite à eremitania parece inspirado na
filosofia do também mítico Giurdziev...
A foto está muito interessante.
Ótima semana, Isabel.
Beijinhos.
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Não conhecia Giurdziev e fui espreitar na net. Pareceu-me algo diferente, talvez pela minha interpretação deste poema, mas não sei...
EliminarObrigada, no que toca à foto...
Desejo-lhe um excelente feriado, Majo:)
O que importa é a porta (bonita fotografia) e a Simone Weil, senhora de muitos predicados, soube passar por ela, quando muros se erguiam.
ResponderEliminarGostei muito da postagem, Isabel.
Muito obrigada, Agostinho:)
EliminarUma boa semana, para si:)