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A minha maior conquista foi aceitar a morte do meu pai e a impossibilidade de o ter de volta, e também aceitar que Mabel não podia continuar comigo. O livro acaba com a aceitação de que tudo muda. Não é uma questão de ultrapassar o luto: há que incorporar a perda. De cada vez que perdemos alguém, tornamo-nos uma pessoa diferente."
Excertos da entrevista a Helen Macdonald, na LER nº142/Verão 2016 (acabadinha de sair)
pág.54 e 56.
A propósito do seu livro A de Açor publicado pela Lua de Papel, onde a autora fala da forma como se isolou do mundo, após perder o pai e como, durante esse isolamento, treinou um açor - Mabel.
Não é açor, mas é da família :)
Quando li em incorporar a perda de um Pai ou de uma Mãe, fico sem saber o que dizer.
ResponderEliminarMais doloroso e ainda mais eterna será a perda de um filho, digo eu.
Um beijo muito amigo.
Concordo consigo. Perder um filho deve ser uma dor inigualável.
EliminarUm beijinho e espero que já esteja totalmente recuperado!
É uma revista que também gosto de ler mas pouco compro que não existe para os meus lados. Tenho de investigar se a biblioteca a assina.
ResponderEliminarVerdade, nada é o mesmo duas vezes. Tudo muda. Não conseguimos para a vida e nem talvez fosse do nosso interesse. Mas dentro de toda a mudança, não havendo alguma coisa que nos fixe, é complicado viver.
Se calhar mora em alguma terra pequena...mas se a Bea quiser recebê-la pode assinar e recebe-a pelo correio. É prático e fica um pouco mais barata. Mas possivelmente a biblioteca até a assina. É uma revista que às vezes leio de uma ponta à outra, outras mal lhe toco!
EliminarÉ verdade, a morte de uma pessoa próxima muda-nos inevitavelmente. Passa a haver um "lugar" sempre vazio. Um lugar físico e um lugar no coração. Nada volta a ser como era.
Boa noite:)
A morte não vaga os lugares do coração. O afecto é contra a morte. Não é bem assim:o que quero dizer é que a morte não neutraliza o afecto, ele mantém-se sob forma diversa. Deixa de haver expressão onde se resolva, não há corpo em que assente, o objecto do amor deixou de ser, mas não é por isso que o sentimento morre de todo. Transformamo-lo sem o matar, até por necessidade própria. Temos essa faculdade transformadora e vital.
EliminarConcordo completamente, em relação ao afecto. De certa forma, para mim, de quem me morreu, é como se apenas esteja muito longe, mas está lá e um dia voltaremos a estar juntos.
EliminarMas que fica um vazio, fica! Alguma coisa de nós, parte com essa pessoa.
Gosto sempre muito de "conversar" consigo, Bea:)
Muito interessante como fez a apresentação do livro
ResponderEliminare da nova revista Ler.
O tema do livro agrada-me.
Beijinho, Isabel.
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Muito obrigada, Majo:)
EliminarTambém fiquei interessada em ler o livro e já o tenho na minha lista de compras.
Um beijinho:)
Isabel,
ResponderEliminarGostei do trecho que escolheste. Não li este livro. A perda do pai é difícil, isso sei.
Gostei das fotos. São mochos?
Beijinho.:))
Obrigada, Ana:)
EliminarTambém não li o livro, mas fiquei interessada.
Apontei o nome.
Não tenho a certeza, por isso não coloquei, mas acho que é um Bufo Real, a maior espécie de coruja. Fotografei-a na Falcoaria de Alter. Tirei várias fotos, mas no momento do click, ela voltava a cabeça...era mesmo bonita. Lá consegui estas duas fotos e uma cortei-a um pouco.
Um beijinho e continuação de boa semana:)
Já vi este livro, mas não me suscitou interesse, para além da capa que está muito bem conseguida. Hei de folheá-lo.
ResponderEliminarBom dia!
"Se bem me lembro" nunca o vi, mas fiquei com vontade de ler, porque gostei do que a autora diz na entrevista.
EliminarBoa tarde, MR:)
Sem dúvida!... Digo eu... que me comecei a habituar a perdas, desde bem cedo...
ResponderEliminarFiquei curiosa sobre o livro... talvez o descubra no Verão...
As imagens ficaram uma maravilha... pena a segunda ter ficado ligeiramente turva... mas o bichito mexeu-se... nada a fazer... nunca tinha visto nenhum tão perto... e a plumagem, é linda... e os olhos... espectaculo!!!!!
Beijinhos! Bom fim de semana!
Ana
O Bichinho é muito bonito, mas irrequieto! Paradinho, paradinho...eu apontava a máquina e...virava-se de repente. Foi isto uma série de vezes, até que lá fiz estas duas. É lindo e apesar de gostar de os ver e de saber que são bem tratados, faz-me sempre pena ver animais selvagens presos. Deviam andar a voar livres e soltos.
EliminarUm beijinho e continuação de bom domingo:)
É isso, aceitar que tudo vai mudando,a começar por nós. O instinto de sobrevivência é brutal, só assim se compreende que tudo volte à normalidade depois de certas despedidas...
ResponderEliminarQuando tens as "férias grandes"? Beijinho
Tens razão Maria. A vida continua, sempre.
EliminarEste mês já trabalho a meio tempo, as férias só as começo no finalzinho de Julho.
Um beijinho e bom domingo :)
Também comprei, num dia em que tive de ir ao Porto e passei numa Bertrand (aqui não chega), e também li a entrevista. Este número da revista tem artigos e entrevistas que vale a pena ler. :)
ResponderEliminarPor acaso, esta li quase duma ponta à outra. Tenho mais tempo e também me interessou. Às vezes deixo andar por aqui a revista e acabo por guardá-la sem quase a ler.
EliminarQuase de férias não é Luísa? Sabem bem!
Estou ansiosa pelas férias. Ainda não consegui respirar. Boa semana, Isabel. :) Beijinhos
ResponderEliminarEu tenho tido uns dias mais calmos, com algum trabalho, mas nada de especial. Mas estava também a precisar.
EliminarQue cheguem depressa! :)