sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Allanis Morissette/Pablo Neruda

Ainda e sempre a Utopia



Faremos pão

Do mar e da terra
faremos pão,
plantaremos de trigo
a terra e os planetas.
O pão de cada boca,
de cada homem,
em cada dia
chegará, porque fomos
semeá-lo
e fazê-lo,
não para um homem, mas
para todos.
O pão, o pão
para todos os povos,
e com ele o que possui
forma e sabor de pão
repartiremos:
a terra,
a beleza,
o amor,
 tudo isso
tem sabor de pão,
forma de pão,
germinação de farinha.
Tudo
nasceu para ser partilhado,
para ser entregue,
para se multiplicar.


Pablo Neruda
retirado de Um Mundo de Crianças, pág.77
Uma publicação da Unicef


8 comentários:

  1. Ad'a teyavel.(que assim seja).
    Ainda e sempre a utopia.
    Nais tukê.

    day yulli.

    5 grandes abraços.

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  2. Belíssimo post, Isabel, onde ressalta um olhar sensível e abrangente...

    Beijo

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  3. Vamos sim Maria João
    mas podemos fazer tão pouco...
    um beijinho

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  4. Um hino à partilha, à solidariedade, ao equilibrio e ao amor. Assim é a poesia de Pablo Neruda.

    L.B.

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  5. Linda não é?

    Obrigada pela visita.
    Seja bem-vinda.

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