domingo, 8 de fevereiro de 2015

Lençóis de Lua


                                                                                      
 
Picasso
Escultor, modelo e cabeça esculpida, 1933
 
Lençóis de Lua
 
Amar-te,
Não pode, somente, ser um gesto vago
Tão pouco beber-te, demente.
Apenas de um trago.
Amar-te
É dar-te a alma, a voz, só por este prazer
De junto de ti, saber ser mulher.
 
Com lençóis de lua
Abro a minha cama
E deito-me nua,
Só, como quem ama.
Com lençóis de lua,
Hora madrugada,
Abraço o teu corpo
Não preciso de mais nada.
 
Amar-te
É este desejo, aceso na alma
A fome maior, dum teu beijo,
Que nunca se acalma.
Amar-te
É ter em cada manhã, teus olhos nos meus
Dizer-te até logo e nunca um adeus.
 
 
Mário Rainho
Tudo Isto É Fado 1, pág.262
deplanoboks
 
 

10 comentários:

  1. http://www.gulbenkian.pt/Institucional/pt/Agenda/Exposicoes/Exposicao?a=5156

    Temos que visitar esta Bela! Beijinhos

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  2. Poesia simples...
    "Amar-te
    É ter em cada manhã, teus olhos nos meus
    Dizer-te até logo e nunca um adeus."
    Pintura mais complicada... beijinhos e boa semana!

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    1. É uma letra de um fado.
      O desenho também o achei simples e muito lindo. Descobri-o numa revista de decoração, Habitania, e pensei logo guardá-lo aqui!

      Um beijinho grande e uma boa semana também para a Maria João :)

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  3. Respostas
    1. Obrigada, Maria:)
      Bom finde para ti, e bom Carnaval.
      Um beijinho grande:)

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  4. Adorei, Isabel! E o final do poema, é de derreter corações, mesmo...
    Excelentes opções, por aqui!
    Beijinhos. Bom domingo e bom Carnaval!
    Ana

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    1. Muito obrigada, Ana. Fico contente que goste de passar por aqui e fico agradecida pela presença sempre simpática:)

      Obrigada:)

      Bom Carnaval para si também:)

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