Poema do livre arbítrio
Há uma fatalidade intrínseca, insofismável,
inerente a todas as coisas e nelas incrustrada.
Uma fatalidade que não se pode ludibriar,
nem peitar, nem desvirtuar,
nem entreter, nem comover,
nem iludir, nem impedir,
uma fatalidade fatalmente fatal,
uma fatalidade que só poderia deixar de o ser
para ser fatalidade de outra maneira qualquer,
igualmente fatal.
Eu sei que posso escolher entre o bem e o mal.
Eu sei que posso fatalmente escolher entre o bem e o mal.
E já sei que escolho o bem entre o mal e o bem.
Já sei que escolho fatalmente o bem.
Porque escolher o bem é escolher fatalmente o bem,
como escolher o mal é escolher fatalmente o mal.
O meu livre arbítrio
conduz-me fatalmente a uma escolha fatal.
António Gedeão
Myra Landau
Crer na fatalidade já é crer em algo muito concreto. Pessoalmente só creio nas casualidades, e na minha capacidade de escolher num 10%, mais ou menos...
ResponderEliminarFELIZES E MERECIDAS FÉRIAS!!
Eu também sou um bocado fatalista...de certa forma acredito que o destino nos vai levando.
EliminarMuito obrigada, Maria. Por acaso, há muitos anos que não tinha um ano lectivo tão, mas tão difícil. O próximo vai ser mais leve com toda a certeza.
Estão a ser umas boas férias:)))
Beijinhos e bom fim-de-semana:)
Isabel,
ResponderEliminarPontuação máxima para o poema e para o quadro de Myra Landau!
O livre arbítrio levou-a a uma fatal boa escolha!
Pontuação máxima também para si!!
Beijinhos.:))
Ah!Ah!Ah! "Uma fatal boa escolha"! Obrigada:)))
EliminarBeijinhos e um bom fim-de-semana:)))
Um poeta resplendente que leio sempre com prazer. Obrigada por mo relembrar.
ResponderEliminarQue bom que gostou, Bea! Fico contente:)))
EliminarUm bom fim-de-semana:)
"O mal não existe. O mal é a ausência do bem."
ResponderEliminarMas há mil e uma desculpas para não fazer o bem.
Decidir pelo bem foi o que a Isabel fez nesta edição.
Bj.
Ah!Ah!Ah! Ainda bem que assim foi, então! Obrigada:))))
EliminarUm beijinho e um bom fim-de-semana:))