Sonho, e estranhos poderes difusos
Ajudam ao meu sonho iluminado;
Um som como o de chuva iminente
Rasteja ao meu encontro, alto silvando;
E eis que todas as horas esquecidas
Me cercam como uma névoa envolvente.
Os fantasmas dos meus perdidos eus
Tecem à minha volta falsa malha;
Vagos elfos, meus sonhos insonhados,
Fazem parte agora da minha carne;
E todo eu sou arquivos de sonhos
De não-ser de mim distanciados.
Posso tocar as coisas impalpáveis,
Sinto-me ao sol de passados dias;
Sons remotos como asas a voar,
Rodeiam os caminhos do espírito;
E do outro lado da grande colina
Um sino toca e chama p'ra rezar.
Mas eu estou cansado de sonhar,
Cansado de ser eu mesmo sempre
Sobre espaços desertos de parecer,
Jogador involuntário de um jogo
Com a vida, astro distante a brilhar
Em terras mortas, sem um nome ter.
Poesia Inglesa (I), Fernando Pessoa, pág.175
Assírio & Alvim
Frida Kahlo
Tudo belo e do meu agrado! A árvore que nasce da cama e envolve Frida é a árvore da vida, a árvore que me maravilha como as árvores do bosque.
ResponderEliminarBeijinhos e uma boa noite!
Ainda bem que gostaste Ana.Fico contente.
ResponderEliminarE somos duas admiradoras da Frida.
Um beijinho e bom fim-de-semana
Muito belo! Desta vez até gostei muito da Frida!
ResponderEliminarO fernando Pessoa surpreende-nos sempre e é bom...
beijos
Maria João
ResponderEliminarcom o tempo ainda há-de gostar MUITO da Frida. NÃO?
Pronto. só um pouco mais...
Também não lhe sei explicar porque gosto.
Um beijinho grande