Quando penso que os dias a passar
Em passos breves, mas em peso sentidos,
Minh´alma levam a espaços temidos
E a juventude à morte vai dar,
Por estranho e triste que me pareça
Que em breve (ora vivo) eu vá morrer,
Vaga, incerta dor que pesa em meu ser
Faz com que a mente em pavor desfaleça.
Contudo mesmo em raiva, choro e pena
Cada instante é consolo ao coração
E com riso acolherei cada gemido:
Do fundo desespero e esp´rança acena.
Na morte não vejo a libertação -
É melhor o mau que o desconhecido.
Retirado de Poesia, Alexander Search, pág.11
Assírio & Alvim
O Anjo da Morte, Evelyn De Morgan
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