A revista Máxima faz 23 anos em Outubro.
Compro-a desde o primeiro número e tenho-os todos ( 277 ).
Há 23 anos, quando saiu o primeiro número não havia praticamente nenhuma revista feminina portuguesa e o que havia não tinha grande qualidade.
Na mesma altura, com um mês de diferença, sairam a Máxima, a Elle portuguesa e a Marie Claire portuguesa.
Na época eram três revistas muito boas, dentro do género e para o público a que se destinavam.
Eu comprava esporadicamente a Elle e a Marie Claire francesas. Fiquei entusiasmada quando começaram a sair as edições portuguesas.
Destas três revistas, sempre foi a Marie Claire a minha preferida.
Comprei mensalmente as três até a Marie Claire ser extinta ( desta última guardo também todos os números).
Entretanto larguei algures no tempo a Elle, mas a Máxima continuei a comprá-la até hoje.
Mais por hábito e fidelidade que por outro motivo. Às vezes nem sequer a folheio. Fica para ali...
Deixei de me identificar com ela. Tornou-se numa revista de moda, para um público a que não pertenço. E eu também mudei.
Há imenso tempo que digo que vou deixar de a comprar, mas continuo fiel.
Acompanhou-me durante 23 anos da minha vida, em que aconteceram coisas importantes - as mais importantes.
Custa-me cortar com este laço fútil.
Custa sempre cortar laços.
Mas vamos mudando e crescendo e o que ontem fazia sentido, hoje pode ser diferente.
Porque a vida é feita de mudanças.
Mesmo que doam.
Ri-me sozinha, eu compro uma meia dúzia de revistas por semana, e nada mais acabar de ler a última palavra, já estão no lixo ( nunca terei o "síndrome de Diógenes, a minha mãe era na mesma).
ResponderEliminarUma coisita: as coisas mais importantes são sempre as que estão por viver. Penso!
Um beijão
Tu ris-te Maria, mas olha que este feitio de guardar tudo é terrível.
ResponderEliminarJá mudei um pouco. Na minha última mudança de casa, deitei fora muita coisa, mas custou-me.
Deito fora algumas coisas, mas pouco. Guardo porque gosto, porque acho que ainda pode dar jeito, porque tem valor afectivo, porque...porque...
E vou guardando tudo!
É muito chato ser assim, mas ainda não consegui mudar. Gosto das coisas. Pronto.
Acho que tens razão: as coisas mais importantes estão por viver.
Um beijinho grande