Aqui, junto ao mar latino,
digo a verdade:
Sinto em rocha, azeite e vinho,
a minha antiguidade.
Oh, que velho sou, Deus meu;
oh, que velho sou!...
Donde vem o meu canto?
E eu, para onde vou?
Conhecer-me a mim próprio
já me vai custando
muitos momentos de abismo
e o como e o quando...
E esta claridade latina,
de que me serviu
à entrada da mina
do eu e do não eu?...
Nefelibata contente,
julgo interpretar
as confidências do vento,
da terra e do mar...
Umas vagas confidências
do ser e do não ser,
e fragmentos de consciências
de agora e de ontem.
Como no meio de um deserto
pus-me a clamar;
e vi o sol morto
e pus-me a chorar.
Rubén Darío, O Mar Na Poesia Da América Latina, pág.299 e 301
Assírio & Alvim
digo la verdad:
Siento en roca, aceite y vino,
yo mi antigüedad.
Oh, qué anciano soy, Dios santo;
oh, qué anciano soy!...
De dónde vienne mi canto?
Y yo, adónde voy?
El conocerme a mí mismo,
ya me va costando
muchos momentos de abismo
y el cómo el cuándo...
Y esta claridad latina,
de qué me sirvió
a la entrada de la mina
del yo y el no yo...?
Nefelibata contento,
creo interpretar
las confidencias del viento,
la tierra y el mar...
Unas vagas confidencias
del ser y el no ser,
y fragmentos de conciencias
de ahora y ayer.
Como en medio de un desierto
me puse a clamar;
y miré al sol como muerto
y me eché a llorar.
(pág.298 e 300)
Retirada da Net
Sim, querida "Isa", tu já sabes que penso que a poesía é também música, e que traduzida perde essa magia.
ResponderEliminarA foto em branco e preto é dessas que gostaríamos de fazer nós, não é?
ResponderEliminarÉ verdade Maria.
ResponderEliminarE a língua espanhola também tem uma sonoridade interessante. Este poema é bonito, soa muito bem em espanhol.
A foto a preto e branco é de fazer inveja...
Lá chegaremos!
Um beijinho grande
(gostei da Isa. Em tempos, no liceu, havia quem me tratasse assim)