De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei-de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive) :
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes,Poemas de Amor, vários autores, pág.55
Alma Azul
Caravaggio, O Tocador de Lira
Achar o infinito dentro daquilo que dura, do tempo que permanece...poucos amaram assim, Vinicius foi um deles.
ResponderEliminar5 grandes bjs, a tela é linda, Caravaggio, claro.
ISABEL
ResponderEliminarEu também irei postar esta FIDELIDADE em breve. Mas a origem foi outra.
Depois, verás.
Um beijo.
Porque embora a gente gostasse às vezes que assim fosse, nada é infinito, não é?
ResponderEliminarGosto muito da poesia de Vinicius de Moraes.
5 beijinhos
Boa tarde João
ResponderEliminarfico curiosa para ver a "roupagem" que lhe vai dar. É um poema lindo. E tenho outro igualmente belo para colocar "Soneto do Amor Total". Toda a poesia de Vinicius de Moraes é linda.
Um beijo e obrigada pela sua visita
Isabel,
ResponderEliminarVinicius de Moraes encanta com a profundidade das suas palavras.
Beijinhos! :)
Olá Ana
ResponderEliminarencanta sim. Gosto muito.
Parece que por agora este irritante problemazito de "voarem" comentários, ficou resolvido.
Felizmente.
Um beijinho