Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me me crer
O que nunca poderei ser.
Fernando Pessoa
Modelo Reclinado, Henri Matisse, 1919
Isabel,
ResponderEliminarÉ o meu poeta maior, este poema hoje caiu muito bem.
Adoro-o.
O desenho de Matisse é lindo!
Bjs. :)
Como ele tinha a certeza do engano !
ResponderEliminarPessoa e Matisse. Não me lembro de tal associação...mas vai muito bem !
Um beijo.
Tão triste Isabel, melancólico talvez. Que essa hora dure mais que apenas uma hora. Os sonhos impossíveis e as tristezas prementes.
ResponderEliminarSe chegarem, hão de passar como um verso.
bjs grandes das 5
Olá Ana
ResponderEliminarTambém gosto muito de Fernando Pessoa.
Espero então que o poema te tenha feito bem.
Um beijinho
Boa noite João
ResponderEliminarobrigada por ter gostado da associação.
Ao poema juntou-se naturalmente o desenho que para mim transmitem o mesmo.
Um beijinho
Boa noite amigas
ResponderEliminaré um bocado triste na verdade, mas muito bonito.
Era bom que essa hora durasse para sempre; a realidade não deixa.
Mas os sonhos impossíveis continuaremos a sonhá-los, não é?
5 beijinhos
Vim agradecer o carinho no blog do João. Fiqeui muito feliz em receber o selo.
ResponderEliminarVenha na curiosa e veja que lindo ficou o premio recebido.
http://sandraandrade8.blogspot.com/
Amei.
Sandra
Fernando Pessoa é maravilhoso!!!
ResponderEliminarLindo poema.
Sandra
Olá Sandra
ResponderEliminarobrigada pela visita.
O selo do blogue do João...bem merecido.
Vou espreitar o seu blogue sim.
Um abraço
Tão triste, como dizem as vurdóns, e tão absurdo: está escrito por um génio, que tinha que saber "que sempre teria uma obra", ao contrário do que escreve.
ResponderEliminarNo entanto nós, a maioria dos simples mortais, não temos porquê viver acabrunhados pelo facto de não ter essa obra, o importante é que tenhamos outras,à medida das nossas possibilidades, e que "essa hora, esses ramos, esse luar" durem toda a vida, a ser possível...
Beijinhos, um finde cheio de esperanças
Olá Maria
ResponderEliminartu vês sempre as coisas duma maneira bem interessante...e optimista.
Ele tinha obra, uma grande obra, ao contrário do que escreve, mas como ele mesmo diz" O poeta é um fingidor, finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente."
Mas é muito reconfortante a tua forma de ver que "não temos porquê viver acabrunhados pelo facto de não ter essa obra..."
Gosto sempre de falar contigo.
Bom finde cheio de alegrias
Um beijinho
E diz mais:" És feliz porque és assim,/ todo o nada que és é teu./Eu tenho-me e estou sem mim,/ pertenço-me, e não sou eu"(Gato que bricas na rua).
ResponderEliminarPessoa era um grande neurótico, mas se nem sequer vamos passar à história, mais nos vale ser normaizinhas...
Uma grande beijoca, eu também gosto muito de falar contigo, como vês quase todos os dias.
Não conhecia estes versos. São bonitos.
ResponderEliminarÉs engraçada Maria, como sempre. Pois vale mais ser normaizinhas, já que não temos génio para passar à história...
(e habituei-me à tua presença quase diária )
Um beijinho grande
Até contrariados com o seu pessimismo, temos de o admirar mesmo!
ResponderEliminarDiz tanto e tanto e tanto!
"Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente
[o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais,
[se puder ser,
Ou até se não puder ser..."
reste-nos "ser" -já que génios não somos!
beijinhos
Beijos
Lindo.
ResponderEliminarDiz tanto...
Pois é Maria João...resta-nos "ser" e apreciar o génio, "já que génios não somos", não é?
Um beijinho grande
Muito Lindo esse poema
ResponderEliminarAinda bem que gostou.
EliminarBoa semana:)