Parem os relógios, desliguem os telefones,
Não deixem o cão ladrar ao ver os ossos.
Mantenham os pianos fechados e batam em tambores,
Tragam o caixão, e a segui-lo o cortejo fúnebre.
Que o avião circule sobre nós em sinal de luto
escrevendo com fumo no céu: Ele morreu,
Enfeitem com laços as pombas da cidade,
E aos polícias de trânsito ponham luvas pretas de algodão.
Ele era o meu Norte, o meu Sul, o meu Este e Oeste,
A minha semana de trabalho, a folga de domingo,
O meu dia e noite, a minha conversa e a minha canção.
Pensei que o amor era eterno: enganei-me.
As estrelas não são precisas: apaguem-nas todas,
Embrulhem a lua e escondam o sol,
Esvaziem o oceano e varram a floresta,
Porque o que resta não vale a pena.
W. H. Auden, Poemas de Amor, vários autores, pág.59
Alma Azul
Meditação, Domenico Fetti
Tudo perfeito, do poema que tive o prazer de ler pela primeira vez a tela que não conhecia.
ResponderEliminarainda continuamos te achando bela...e ponto.
5 bjs
Muito obrigada amigas.
ResponderEliminarQue bela maneira de começar o dia!
E que bom que gostaram do poema e da tela.
5 beijinhos
Sublinho o comentário das 5 amigas. O post é muito bonito. Conheço o poeta mas não conhecia o poema.
ResponderEliminarBeijinhos e que nasçam as estrelas! :)
Obrigada Ana
ResponderEliminarE que nasçam as estrelas pois, ainda que o poema diga o contrário...
Beijinhos
ainda que eu não goste de títulos para poemas, o desse amei.
ResponderEliminarLindo poema, ainda que fúnebre.
Lindo o quadro, ainda que intrigante.
Olá Mônica
ResponderEliminarEngraçado, eu gosto de títulos. Quando não têm, para mim, falta-lhes qualquer coisa.
Acho este poema muito bonito.
Um abraço