É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
Luís de Camões, Poemas de Amor , Colectânea de vários autores, pág.25
Alma Azul
Atala no Sepulcro, Anne-Louis Girodet de Roussy-Trioson
Museu do Louvre
Camões deve ter tido uma daquelas paixões, enormes, francas e fortes. Talvez tenha sido um bom amante também. Independente de qualquer coisa esse poema é magistral.
ResponderEliminar5 bjs
É verdade.
ResponderEliminarÉ uma maravilha este poema.
De tão conhecido vai ficando de parte, por isso me apetedeu colocá-lo aqui.
5 beijinhos grandes e obrigada pela vossa presença amiga.
É um clásico da melhor poesia de Camões e da grande loucura que é amar com paixão, nunca cairá no esquecimento. Há coisas que nunca morren.
ResponderEliminarBeijinhos
Eterno!
ResponderEliminarBjs. :)
Boa noite Maria
ResponderEliminareste é um poema eterno e que todos conhecem, porque ninguém lhe fica indiferente.
É o amor!
Um beijinho grande
Enquanto respondia ao comentário da Maria, deixaste o teu Ana. Parece que combinámos: Eterno!É mesmo a palavra certa.
ResponderEliminarUm beijinho