Os amigos
Amigos cento e dez, e talvez mais,
Eu já contei. Vaidades que eu sentia!
Supus que sobre a terra não havia
Mais ditoso mortal entre os mortais.
Amigos cento e dez, tão serviçais,
Tão zelosos das leis da cortesia,
Que eu já farto de os ver, me escapulia
Às suas curvaturas vertebrais.
Um dia adoeci profundamente.
Ceguei. Dos cento e dez houve um somente
Que não desfez os laços quase rotos.
- Que vamos nós (diziam) lá fazer?
Se ele está cego, não nos pode ver...
Que cento e nove impávidos marotos!
Camilo Castelo Branco
Renoir
Pura verdade, dita de forma agradável, mas triste...não pelos amigos que se fartam, mas por nós que não aprendemos.
ResponderEliminarA tela é belíssima...claro, Renoir.
5 bjs
Como sabia o nosso Camilo! Os amigos verdadeiros contam-se com os dedos de uma mão, dizem os entendidos.
ResponderEliminarNo entanto as relações amistosas são válidas, necessáris, bonitas e enriquecem-nos, sempre que estejamos dispostos a dar para poder receber.
Querer receber sem dar nada a cambio é puro narcisismo, não achas, querida Isabel?
Um beijinho
Amigas
ResponderEliminareu acho que todos em determinada altura falhamos, mas também todos em outras alturas somos capazes de surpreender positivamente. Nós e os nossos amigos.
Mas há sempre os amigos especiais.
5 beijinhos
Querida Maria
ResponderEliminarconcordo completamente.
Um abraço grande
Durante anos tive esse cartaz emoldurado em casa! Não por desconfiança da amizade, mas por gostar do Camilo...
ResponderEliminarAmigos é bem verdade que se vêem melhor em certas ocasiões.
Tambem eu gostei muito do Renoir que escolheste!
um beijinho
Concordo, querida Maria João
ResponderEliminarObrigada por gostar
Um beijinho grande