Floriram por engano as rosas bravas
No Inverno: veio o vento desfolhá-las...
Em que cismas, meu bem? Porque me calas
As vozes com que há pouco me enganavas?
Castelos doidos! Tão cedo caístes!...
Onde vamos, alheio o pensamento,
De mãos dadas? Teus olhos, que um momento
Perscrutaram nos meus, como vão tristes!
E sobre nós cai nupcial a neve,
Surda, em triunfo, pétalas, de leve
Juncando o chão, na acrópole de gelos...
Em redor do teu vulto é como um véu!
Quem as esparze - quanta flor! - do céu,
Sobre nós dois, sobre nossos cabelos?
Adoro a Primavera de Vivaldi!
ResponderEliminarO poema é lindo, lindo. Gosto muito de Camilo Pessanha!
Obrigada, um beijinho GRande! :))
Também gosto muito, tanto da música, que é fácil de ouvir, como do poema.
ResponderEliminarFico contente que tenhas gostado, Ana.
Um beijinho grande
Um belíssimo soneto de um grande poeta, um estupendo trecho de um admirável músico. Obrigado, Isabel!
ResponderEliminarJá somos três a gostar...
ResponderEliminarEu é que agradeço, a sua visita, e fico feliz que tenha gostado.
Um abraço